A Venezuela, dona das maiores reservas de petróleo do planeta e com uma localização física estratégica, mergulhou no abismo nas últimas décadas, após Hugo Chávez assumir o comando do país em 1999.
Eleito em 1998 com a promessa de tirar a Venezuela da crise em que se encontrava e com o compromisso de conduzir os venezuelanos ao desenvolvimento, Hugo Chávez desperdiçou a fortuna arrecadada durante a bonança petroleira - A VENEZUELA E SEUS ANOS DE OURO - para financiar um modelo de mundo com base em uma intricada rede de organizações políticas e criminosas. Suas digitais estão espalhadas em todo o planeta, desde a explosão da violência na América Central e no México até o financiamento de organizações terroristas e outras bizarras relações.
Hugo Chávez minou todas as bases dos sistemas econômico, político e social da Venezuela. Com sua morte, entregou nas mãos de Nicolás Maduro o detonador que arruinou esses pilares, mas, sobretudo a institucionalidade venezuelana. Desde as suspeitas de fraudes eleitorais, até o fechamento da Assembléia Nacional, o país se enterrou ainda mais no abismo da incerteza.
"O chavismo passou a ter controle sobre os cidadãos não só pela violação do sigilo do voto, como também, pela fome e pela violência. Como consequência direta do suporte do governo ao narcotráfico, a Venezuela, que era um petroestado, passou a ser um narcoestado, para enfim evoluir para uma versão mais complexa de hibridação entre o poder político e o crime, cuja melhor definição seria de "estado-narco". O governo venezuelano deixou o status de parceiro no crime para o ator principal no tráfico de cocaína." É o que nos diz Leonardo Coutinho em seu livro "Hugo Chávez: o espectro", p. 177 (capa dura).
O governo passou a empregar o aparato estatal a serviço do tráfico, e os agentes estatais passaram a coordenar o negócio. Tal como em Cuba nos anos 1980, a Venezuela de Hugo Chávez fez do narcotráfico uma "política de governo".
"Não foi apenas o caminho da delinquência estatal que Cuba trilhou para a Venezuela. Chávez e Maduro foram buscar inspiração revolucionária na ilha de Fidel Castro, que desempenhou o papel de mentor em assuntos de narcotráfico e terrorismo. Em troca do petróleo a preços amigos, os irmãos Castro deram ao chavismo o verniz revolucionário. O "Socialismo do Século 21" de Chávez foi erguido com bases no stalinismo do século XX e o nacionalismo do século XIX. O Chavismo arruinou a Venezuela na metade do tempo que Castro fez em Cuba, enquanto a economia cubana tinha apenas açúcar como combustível." Ibidem, p. 177.
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"Essa presença fantasmagórica e sombra fez de Chávez o espectro que assombra, sobretudo, a América Latina, mas que se manifesta, nas guerrilhas africanas, no terrorismo islâmico e na tragédia da explosão no consumo de cocaína e crack e de toda a viol6encia derivada desse mercado." Ibidem, p. 180.
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Em 2017, no campo político e com as suspeitas de fraudes eleitorais, os chavistas realizaram duas eleições:
... "em outubro, uma que elegeu governadores em 23 estados e os chavistas venceram em 17; em dezembro, com abstenção de 53% dos eleitores, o regime arrematou 300 das 355 prefeituras venezuelanas. Um "espetáculo de democracia " comemorado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), no Brasil". Ibidem, p. 181.
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"A terra arrasada deixada no rastro da Revolução Bolivariana é indício inapagável do potencial destrutivo do chavismo. As feridas abertas na América Latina serão de difícil recuperação. Mesmo quando chegar o dia em que essas chagas forem cicatrizadas, elas deixarão suas sequelas. Chávez quis mudar o mundo e conseguiu: deixou-o muito pior do que quando o encontrou." Ibidem, p. 182.
E o Brasil com isso? Leia os posts citados a seguir, tire suas conclusões e, especialmente, lições.
Desenmascarando al Foro de São Paulo
Narcobolivarionismo visitou o Brasil
Eleições de Chávez e Maduro sob o comando de Lula
Lula e Dilma sob as ordens de Chávez
Estamos no mesmo caminho e logo chegaremos ao mesmo destino. Lamento
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