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26 outubro 2021

NARCOBOLIVARIANISMO VISITOU O BRASIL

No contexto das delações feitas por ex-castristas e ex-chavistas, Leonardo Coutinho em seu livro "Hugo Chávez - o espectro", nos traz o que disse um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez revelando que a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro. 

Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo.

De forma didática, o cubano convenceu Chávez de que, ao oferecer apoio total e irrestrito aos colombianos, não só fomentaria a revolução no país vizinho como causaria danos aos Estados Unidos. O incremento do tráfico, ensinou Fidel, obrigaria os americanos a gastar mais dinheiro com as ações de repressão e com os tratamentos dos adictos. 

O casamento do castrismo com o narcotráfico ocorreu após superadas as exigências de Pablo Escobar que resistia a se aproximar dos irmãos Castro. Estes cada vez mais desesperados por dinheiro, pois as esmolas que recebiam dos russos estavam diminuindo.

A isca lançada pelos cubanos foi a possibilidade de empregar todo o seu aparato militar para acobertar as rotas de tráfico. A ferramenta, vislumbrou Escobar, que possibilitaria burlar a fiscalização dos Estados Unidos. Quando apertou as mãos de Escobar, os cubanos haviam aceitado receber 1 milhão de dólares por dia para que o Cartel de Medellín pudesse usar livremente o espaço aéreo, as águas, os portos e aeroportos e montar um entreposto para estocagem de cocaína. 

Cumprimentados por Fidel Castro, Escobar e seu companheiro Roberto Suárez (o maior produtor de folhas de coca e pasta base do planeta) ouviram do ditador: "Vocês serão o míssil com o qual perfuraremos o bloqueio e o injusto embargo que sofre meu país”.

A tese do líder cubano se alicerçava também sobre outro pilar - o da expansão do regime cubano na América Latina. O dinheiro originário do tráfico era uma forma de patrocinar partidos de esquerda e grupos guerrilheiros em todo essa região. E o melhor: esse dinheiro que financiaria a expansão da revolução no continente teria origem, de certo modo, nos Estados Unidos. Assim, por meio desse argumento, Fidel Castro celebrou a união do tráfico de drogas com os movimentos insurgentes do continente, criando o que se convencionou chamar de narcoguerrilha.

No início de 2015, o guarda-costas, Leamsy Salazar, um capitão de corveta da Marinha venezuelana, recém-exilado nos Estados Unidos, declarou às autoridades americanas ter presenciado, em 2013, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, despachar quatro lanchas de cocaína a partir de uma praia localizada na Península Paraguana, porção do território venezuelano que avança pelo Mar do Caribe.

Em junho de 2015, Diosdado, visitou o Brasil a convite da maior indústria de carnes do país e principal fornecedora da Venezuela, a JBS Friboi. Ciceroneado pelo presidente do Conselho da companhia, Joesley Batista, Diosdado foi recebido duas vezes pelo descondenado Lula da Silva na sede do instituto que leva seu nome, em São Paulo. 

E embora não tivesse comunicado sua presença ao Itamaraty ou sequer marcado previamente, conseguiu “furar” a agenda das principais autoridades da política nacional e foi recebido pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo vice-presidente Michel Temer, e pelo presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros. 


Oficialmente, o tour pelo Brasil tinha como meta renegociar dívidas da Venezuela com os fornecedores e atrair mais investimentos para o país, apesar da crescente insolvência junto aos exportadores brasileiros. 

Mas o périplo de Cabello tinha um objetivo estratégico. Por causa das afinidades com o governo brasileiro, o Brasil foi escolhido como laboratório para verificar se os americanos apresentariam alguma ordem internacional de captura. Ele sabia que em um país amigo as chances de uma prisão seriam remotas.

Bom, esses laços de "amizade" não se iniciaram só a partir desse dia. Há muito tempo Lula e Dilma já viviam sob as ordens de Chávez. Confira isto clicando aqui.





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