30 junho 2025

Lula é 'incoerente no exterior' e 'impopular no Brasil', diz revista britânica The Economist

 Lula afunda ainda mais e os motivos são gerados por ele mesmo


A revista britânica The Economist classificou o ex-presidiário Lula como "incoerente no exterior" e "impopular em casa", em reportagem publicada no final de semana. 

Logo no início, o texto menciona que, em 22 de junho, o Itamaraty condenou os ataques de Israel e dos Estados Unidos ao território iraniano e declarou que a ofensiva representou uma "violação da soberania" do Irã e "do direito internacional". 

A publicação diz que esse posicionamento do Brasil sobre a guerra entre Israel e Irã foi de encontro à postura de outras democracias ocidentais, que apoiaram o ataque dos Estados Unidos ou apenas expressaram preocupação.

Para a The Economist, "a simpatia do Brasil com o Irã" terá continuidade com a participação de ambos os países nos Brics, que se reunirão em uma cúpula de líderes em 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.

"O papel do Brasil no centro de um Brics expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula", diz a The Economist.

O afastamento da Argentina desde a eleição de Javier Milei em 2023 e as demonstrações de apoio à Venezuela no início do seu governo também são apontadas como parte da "incoerência" em política externa de Lula.

A The Economist afirma que a fraqueza de Lula no cenário mundial "é agravada pela queda da popularidade em casa" e cita a pesquisa Genial/Quaest que apontou a desaprovação ao governo chegou a 57% no início de junho, o maior índice do seu terceiro mandato.

A reportagem termina dizendo que o americano Donald Trump raramente se refere ao Brasil em suas críticas constantes ao resto do globo. 

"Mas seu silêncio também pode se dever ao fato de o Brasil, relativamente distante e geopoliticamente inerte, simplesmente não ter tanta importância quando se trata de questões de guerra na Ucrânia ou no Oriente Médio. Lula deveria parar de fingir que tem e se concentrar em questões mais próximas", conclui a publicação.



29 junho 2025

Manifestações na Avenida Paulista deste domingo (29) continuam bombando

    Remotamente, pelo menos, as manifestações da Avenida Paulista bombaram e continuam bombando. Entre às 15 e 16 horas - só no canal da revista Oeste no Youtube - o número de telas ao vivo ultrapassava 70 mil. Neste momento, às 19:00 h esse número é de 624.472 visualizações. Na Auri Verde o número de visualizações já ultrapassou 684 mil.


    Concluídos os pronunciamentos de tais manifestações, tornou-se óbvia e mais clara a indesejável situação em que se encontra o Brasil: o desajuste na execução das atribuições do Supremo Tribunal Federal. Algo só encontrado nos registros históricos das piores ditaduras do mundo. Mas já há quem diga que o Brasil as superou lembrando o que disse Rui Barbosa.


    A esquerda, como já era esperado, pronunciou-se dizendo que “Anistia não é a pauta do povo. O povo está pensando em emprego, salário, justiça tributária. Nada disso estava no palanque e nos discursos golpistas”, disse a deputada Gleisi Hoffmann à CNN.

    A deputada deve estar esquecida que - no atual governo Lula - o Brasil passou a conviver com nova confusão econômica e com escândalos, como o do INSS. Nessa pauta se inclui: inflação e juros altos, mais impostos para financiar a gastança, escândalos se multiplicando e insegurança nas cidades. A VERDADE precisa ser dita: a situação só piora a cada dia.



Bolsonaro já está em São Paulo. Público já começa a chegar à Avenida Paulista. O Pixuleco também está presente

 




    Bolsonaro encontrou os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de Minas Gerais, Romeu Zema, e de Santa Catarina, Jorginho Mello, na manhã deste domingo (29) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, antes do ato convocado na Avenida Paulista.

    Bolsonaro deixou Brasília rumo à capital paulista neste sábado (28). Pelo Instagram mostrou a receptividade dos passageiros diante de sua presença na aeronave. Confira acessando este link.


    O Pixuleco também está em exibição na Paulista. O boneco agora segura um saco de café, uma abóbora e um ovo de galinha.



28 junho 2025

Lula perdeu mais uma vez. CIDH nomeou candidata apoiada pelos EUA apesar da pressão do Brasil

    A cubana Rosa María Payá, que recebeu o maior número de votos na Assembleia Geral da OEA, comemora após ser eleita como nova membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) durante a 55ª Assembleia Geral da OEA, nesta sexta-feira, em Saint John's (Antígua e Barbuda). 

    A insistência política do Departamento de Estado dos EUA na Assembleia Geral da OEA em Antígua determinou que Rosa María Payá seja a nova membro da CIDH, apesar da forte pressão contra sua nomeação do Brasil, juntamente com Colômbia, México e Chile.

    Payá, renomada defensora de direitos humanos na América Latina, foi indicada à CIDH pelos Estados Unidos e obteve o maior número de votos, superando os candidatos indicados por Bahamas, México, Brasil, Peru, Honduras e Colômbia.

    Payá obteve 20 votos contra 19 para Marion Bethel, representante das Bahamas. Ambos foram admitidos diretamente na CIDH.

    Rosa María Payá sempre defendeu os direitos humanos, inclusive por mérito próprio: seu pai, Oswaldo Payá, foi assassinado pelo aparato repressivo de Fidel e Raúl Castro, quando era uma opção política sólida para enfrentar o regime cubano e forçar uma transição eleitoral rumo à democracia.

    Naquela época, Rosa María Payá batia em todas as portas da América Latina e agora é protagonista de um inesperado paradoxo pessoal: ela se juntará à CIDH, a peça central institucional do fórum regional que comprovou que seu pai foi assassinado por ordem da ditadura de Castro.

    Marco Rubio conhece Rosa María Payá há muitos anos e não hesitou em apoiar sua candidatura à CIDH como Secretária de Estado.


    Por razões políticas e ideológicas, Lula da Silva, Gustavo Petro e Claudia Sheinbaum se opuseram à proposta dos EUA. Os presidentes do Brasil, Colômbia e México têm laços abertos com Miguel Díaz-Canel, o ditador de Cuba.


    Até quarta-feira, Rosa María Payá tinha quase nenhuma chance contra os candidatos das Bahamas, Brasil e México, que atuavam em bloco com os votos da CARICOM — 14 no total — e de membros da OEA próximos a Cuba, Venezuela e Nicarágua. Mas um discurso do subsecretário do Departamento de Estado, Chris Landau, alertando sobre o cansaço do governo Trump com a OEA, sinalizou uma mudança na tendência de votação que favoreceu Payá.

"Como vocês devem saber, o presidente Trump emitiu uma ordem executiva nos primeiros dias deste governo instruindo o secretário de Estado (Marco Rubio) a revisar todas as organizações internacionais das quais os Estados Unidos são membros para determinar se tal filiação atende aos melhores interesses dos Estados Unidos e se essas organizações podem ser reformadas. Após a conclusão dessa revisão, o secretário deve relatar suas conclusões ao presidente e recomendar se os Estados Unidos devem se retirar de alguma dessas organizações. Essa revisão está em andamento e, obviamente, a OEA é uma das organizações que estamos revisando", lembrou Landau.

    Antes de concluir seu discurso, Landau reiterou o apoio dos Estados Unidos a Payá. E, nas 40 horas seguintes, o subsecretário realizou inúmeras reuniões em Antígua para apoiar a defensora cubana dos direitos humanos.

    Os argumentos de Landau foram sólidos e claros: Payá será uma voz importante na CIDH e não pode ser deixada de fora quando o governo Trump acredita que a OEA não está fazendo nada de substancial contra as ditaduras na América Latina.

    Ao final das negociações diplomáticas, a candidata apoiada pelos EUA superou os esforços de lobby do Brasil e de seus aliados regionais e garantiu sua nomeação para a CIDH.

"Minha prioridade é aproximar a Comissão das vítimas, dos mais vulneráveis, e proteger e defender a democracia na região", declarou Payá minutos após a votação na Assembleia da OEA.

    Assim, Payá começou a fechar seu círculo pessoal: chegou a Washington D.C. para denunciar à CIDH que a ditadura cubana havia assassinado seu pai. Anos depois, ele ocuparia um cargo na Comissão para tentar pôr fim aos regimes totalitários na América Latina.

Cármen Lúcia quer impedir 213 milhões de pequenos tiranos de serem soberanos na internet


    A ministra usou o argumento para ser a favor de responsabilizar big techs pelo conteúdo de posts de usuários; em 2022, ela já havia dito ser possível abrir exceção para bloquear um vídeo antes da publicação e sem ter assistido ao conteúdo.

    Cármen Lúcia afirmou que é preciso “impedir que 213 milhões de pequenos tiranos soberanos dominem os espaços digitais no Brasil”. A declaração se deu durante o julgamento da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet e a responsabilidade das plataformas por conteúdos publicados por usuários. A ministra usou o argumento para defender a ampliação da responsabilização das big techs por publicações de usuários mesmo sem ordem judicial. Segundo ela, a democracia assegura o direito de crítica e insulto, mas não pode tolerar discursos de ódio ou atos violentos impulsionados por conteúdos na internet.

    A magistrada votou para derrubar a necessidade de ordem judicial para remover um conteúdo relacionado a crime ou ato ilícito –sem que ficasse claro como as plataformas sozinhas poderão definir os critérios de derrubada. Ela acompanhou a corrente majoritária da Corte. Os ministros, Anderson Torres, Fachin e Nunes Marques, que divergiram justificaram os votos como uma defesa da liberdade de expressão ampla. Durante o julgamento, Cármen Lúcia afirmou que o tema da discussão representava um desafio característico de regimes democráticos: dosar o direito de expressão e os seus limites.

“Censura é proibida constitucionalmente, eticamente, moralmente, eu diria até espiritualmente. Mas não podemos permitir uma ágora em que haja 213 milhões de pequenos tiranos soberanos. Soberano é o Brasil, soberano é o Direito brasileiro.”

    A declaração beira o surreal. Tirania exige concentração de poder; poder, em última análise, é a faculdade de impor obediência pela coerção. O cidadão comum — carente de instrumentos coercitivos — jamais poderia ser chamado de tirano. Já os ministros do Supremo, apenas onze, detêm poder concreto e o dever precípuo de resguardar a Constituição, zelando pelas leis e pelos direitos fundamentais. É daí, e não do povo, que emana o risco autoritário.

    Novamente temos que olhar para a Declaração de Independência dos Estados Unidos: vida, liberdade e busca da felicidade. Esses ideais seriam selados nas palavras inaugurais da Constituição americana — We The People, “Nós, o Povo” — inequívoca afirmação de que todo poder emana dos indivíduos e apenas por concessão é confiado ao Estado. Numa ordem verdadeiramente liberal, a autoridade não repousa em reis, presidentes ou juízes, mas nos cidadãos que compõem a nação. É precisamente essa lógica que a ministra Cármen Lúcia intenta subverter.

    Eis, pois, o perigoso retrato do momento: um tribunal constitucional que, em nome de combater tiranos imaginários, segue abertamente modelos autoritários bem reais.


    De mulher para mulher, uma lição para a ministra com letras minúsculas de uma PROFESSORA com letras maiúsculas.




"A Lista"


 

    "A Lista" — e é um arquivo secreto de gênios da IA. Apenas alguns pesquisadores selecionados possuem as habilidades para a área mais promissora da tecnologia, mesmo que isso exija salários de US$ 100 milhões.

    Em todo o Vale do Silício, as mentes mais brilhantes da IA ​​estão comentando sobre "A Lista", uma compilação dos engenheiros e pesquisadores mais talentosos em inteligência artificial que as big techs passaram a elaborar.

    Os recrutas na "Lista" geralmente têm doutorado em instituições de elite como Berkeley e Carnegie Mellon. Eles têm experiência em lugares como a OpenAI em São Francisco e a Google DeepMind em Londres. Geralmente têm entre 20 e 30 anos — e todos se conhecem. Passam os dias olhando para telas para resolver os tipos de problemas inescrutáveis ​​que exigem quantidades espetaculares de poder computacional. E seus talentos, antes obscuros, nunca foram tão valorizados.

    Os CEOs de gigantes da tecnologia e capitalistas de risco de peso estão se aproximando de algumas dezenas de pesquisadores nerds porque seu conhecimento especializado é a chave para lucrar com a revolução da inteligência artificial.

    Ninguém nesta "corrida armamentista" em rápida escalada está perseguindo os recrutas mais valorizados como Zuckerberg, que tentou invadir os principais laboratórios de pesquisa do Vale do Silício, oferecendo pacotes de pagamento de US$ 100 milhões a alguns poucos superstars na esperança de capturá-los.

    O universo de engenheiros com vasta experiência nesse tipo de pesquisa em IA é pequeno. A lealdade entre eles transcende as empresas. Enquanto decidem se vão para a Meta, eles comparam ideias, trocam informações e planejam seus futuros juntos. Eles tentam descobrir quem mais se juntará ao laboratório — e quem mais está na "Lista". Alguns estão se unindo em pacotes. Outros estão negociando contrapropostas generosas para permanecer em suas empresas.

Doutorados em timing perfeito

    Com essa bonança de gastos e o frenesi de movimentações, os geeks de IA estão sendo tratados mais como agentes livres da NBA. Mas, no esporte, existem métricas facilmente acessíveis que quantificam o desempenho de atletas famosos, e as pessoas sabem exatamente quanto dinheiro seus jogadores favoritos ganham — e se eles realmente valem a pena.

    É mais difícil mensurar o valor de pesquisadores cujo trabalho a maioria das pessoas desconhece completamente e não consegue entender. As pessoas que recebem mensagens de Zuckerberg têm algumas coisas em comum. Elas precisam entender de cálculo, álgebra linear e teoria da probabilidade, como um dos contratados recentes da Meta, que se diz fascinado por design de algoritmos.

    Um diploma de graduação em ciência da computação não é treinamento suficiente. Esses pesquisadores obtêm doutorados em programas de elite — Berkeley, Stanford, Carnegie Mellon, MIT — cujas áreas mais seletivas admitem menos de 1% dos candidatos e se tornaram um sistema de alimentação para laboratórios de IA.

    Os pesquisadores de hoje também tiveram um timing perfeito. Quando muitos embarcaram em seus trabalhos de doutorado, uma década atrás, eles estavam abordando tópicos esotéricos em robótica e inteligência artificial generativa. Não havia nada remotamente atraente em suas áreas. Mas eles estavam explorando a fronteira da IA ​​— e suas áreas de interesse renderam avanços revolucionários.

    Um dos motivos pelos quais todas essas empresas estão dispostas a inundar os recrutas com dinheiro é que mesmo uma superequipe de engenheiros de IA custa apenas uma fração do preço de uma infraestrutura de IA, como data centers. Só neste ano, a Meta planeja investir cerca de US$ 70 bilhões em IA, enquanto Amazon, Microsoft e Alphabet estão investindo ainda mais. Ao lado de hardware, humanos parecem uma pechincha.


    Pessoas na comunidade unida de IA dizem que os pesquisadores cujas habilidades nunca foram tão lucrativas não são motivados principalmente por enormes quantias de dinheiro. Até recentemente, muitos estavam perfeitamente felizes em se tornar professores. Hoje em dia, eles estão se tornando pesquisadores em laboratórios de IA — mas não apenas por causa do salário. Isso porque apenas empresas de tecnologia com recursos aparentemente ilimitados oferecem o poder de computação, os dados, a infraestrutura e a liberdade de que precisam para executar seus experimentos e escalar seus modelos.

O "conhecimento tribal" da IA

    Os pacotes salariais de oito e, às vezes, nove dígitos são tentadores, e a abordagem de Zuckerberg é lisonjeira, mas o histórico desastroso da Meta em IA generativa deixou alguns recrutas hesitantes. Quando a empresa lançou seu modelo mais recente com pouca repercussão, alguns pesquisadores da Meta se distanciaram do modelo, removendo o projeto, chamado Llama 4, de suas biografias no LinkedIn.

    Os poucos pesquisadores mais inteligentes em IA acumularam o que se descreveu como "conhecimento tribal", quase impossível de replicar.


Fonte: WSJ, 27/06/2025.

27 junho 2025

Lula e outros sonhando com a segunda Guerra Fria para destruir o império ianque

     Em pleno século XXI o governo Lula repete o que sabíamos sobre a esquerda desde o final da Segunda Guerra Mundial, cuja bandeira anti-ianque nas Américas era hasteada pelo ditador Fidel Castro na companhia de Che Guevara, seu "secretário de comunicação". Ambos em obediência a Moscou que infiltrava em todos os países da América Latina os "professores" da cartilha comunista, treinando aplicados alunos como alguns que compõem a imagem abaixo.


    No final da década de 50, o Brasil crescia a 7%/ano. Foi então que surgiu na vida pública brasileira um tétrico e inacabável período de grandes contrafações políticas, começando com a renúncia de Jânio Quadros. Nada então poderia ter sido melhor para os comunistas. Era como eles queriam: o poder caiu inesperadamente em suas mãos despreparadas, inexperientes e que não aceitavam nem o desconforto, nem as inibições oriundas de quaisquer tipos de escrúpulos. A partir daí, os investimentos sumiram, a classe empresarial e os trabalhadores logo sentiram suas consequências e só começou a ser estancada em 1964.

    Em 2003 essa turma voltou ao poder após o sucesso da trama conhecida como "Política das Tesouras", iniciada com a criação do  Foro de São Paulo, forjado por Lula e Fidel Castro, através do que ficou conhecido como Pacto de Princeton.


    O Pacto de Princeton foi um combinado de uma falsa oposição e da aplicação dos métodos de doutrinação de Gramsci, feito por Lula e FHC, ocorrido em janeiro de 1993 na cidade de Princeton, EUA. No Pacto, Lula representando o Foro de São Paulo que fomenta o socialismo comunista na América Latina e FHC representando a Diálogo Interamericano ligada ao Partido Democrata americano com pele socialista-fabiano.

    No Pacto, os dois comunistas - Lula e FHC- demonstraram para a grande imprensa que eram adversários, adotando os ideais da política das tesouras, de Lênin, como única solução para implantar o socialismo-comunismo no Brasil. Forjaram uma falsa oposição para culminar com o grande projeto de instalação do socialismo em toda a América Latina. Desta forma, qualquer um dos dois que fosse eleito pelo voto democrático, estava comprometido com os ditames socialistas em toda a extensão da América Latina, objeto do Foro de São Paulo.

Além de forjar uma falsa oposição, o Pacto tinha como objetivos: a participação de revolucionários comunistas de 1964 nas eleições, bem como o controle populacional através do estímulo de uniões homossexuais, legalização do aborto, enfraquecimento da Igreja Católica para se prevenir de reações contrárias aos projetos estabelecidos, e também o enfraquecimento das Forças Armadas.

No ano de 1995, FHC ganhou a eleição presidencial no Brasil e começou a por em prática os métodos de desconstrução dos valores estabelecidos na sociedade brasileira e a fomentar o crescimento socialista no País.

    Em 2003/2006 foi a vez de Lula ganhar as eleições, ficando no poder até o final de 2010, período esse onde aparelhou todas as instituições, investiu bilhões em nações socialistas e forjou pesado na implantação das disciplinas que compõem o marxismo cultural, colocando classes contra classes e pulverizando a discórdia entre pobre e rico, negro e branco, sulista e nortista, homossexual e heterossexual, filho e pai, sociedade civil e polícia. Apoiou a ideologia de gênero, incentivou a corrente feminista, buscou meios para legalizar o aborto, incentivou à promiscuidade e a impunidade, desarmou a população contra resposta do referendo de 2005, sucateou as Forças Armadas, investiu em ONGs trapaceiras que defendem os ideais do globalismo-comunismo e nos artistas consagrados através da Lei Rouanet para se aproveitar do público seguidor dos mesmos no sentido que eles ajudassem falar bem do sistema.

    No cenário externo, em todo esse período petista no poder, Lula afundou o Brasil e agora, desde 2023, segue executando os procedimentos impostos pela cartilha do século XX. Lula continua sendo anti-ianque e propagando sua amizade pelas ditaduras e já dizendo publicamente que Israel é um país genocida. As imagens abaixo ilustram as prioridades de Lula e todo o seu trajeto no poder desde 2003.




    Lula e todos eles continuam sonhando com uma segunda Guerra Fria para destruir o império ianque. Entre o bem e o mal Lula sempre torce pelo bandido. Entre a treva e a luz Lula sempre lutou pela escuridão. O Brasil se tornou sem importância para quem fala sério sobre política internacional. Não há maneira mais eficaz de defender os interesses nacionais brasileiros do que andar na companhia dos EUA e da luz do seu progreso. Em vez disso, Lula quer o Brasil na treva dos grupos terroristas aliados do Irã, do Iêmen, ... e dos narcoestados.

    Nesta sexta-feira, o Cel Gerson Gomes, em seu comentário na rádio Auri Verde, fala como a  delação do ex-general venezuelano Hugo Carvajal nos Estados Unidos pode impactar o governo Lula, inclusive esclarecendo o que é um narcoestado. Ouça-o.




25 junho 2025

Haja Fôlego ou é melhor ir para Assunção?

    O título acima e sua possível resposta se encontram no artigo publicado nesta segunda-feira, cópia mais abaixo. Entre outras coisas que se possa discutir, o assunto nos traz um mote para se falar, de uma maneira mais ampla, sobre o momento atual vivido pelo Brasil, cuja denominação não precisa de muitas palavras e, bem ao contrário,  de apenas uma: CRISE.

    Olhando-se para o mundo encontraremos o registro histórico de crises em todos os continentes. Duas delas são mencionadas desde o ensino fundamental: A grande depressão, 1930-1933 - e a Guerra Fria, iniciada logo após o fim da IIGM. Entretanto, mais importante do que lembrar as suas denominações, é recordar a denominação dos grandes planos para solucioná-las, New Deal e Plano Marshall, respectivamente. Em comum entre os dois planos estão a presença de uma grande Nação, os EUA, e, principalmente, de lideres que os conceberam e/ou os conduziram: do presidente americano Franklin Delano Roosevelt e George Marshall, Secretário de Estado do presidente americano Harry Truman.

    Nesse mesmo período histórico, o Brasil foi lembrado, por Emil Farhat, com o que aqui aconteceu nos primeiros dez anos após o rasteiro fascismo do "Estado Novo". 

[...] "Nessa década, o crescimento da renda nacional chegara a atingir a sólida cifra de 7% ao ano. Com esse algarismo estimulando sua capacidade criadora, homens de empresas brasileiras e estrangeiras "apostavam" no futuro do Brasil somas que chegaram a atingir 500 bilhões de cruzeiros (valor de 1960), de novos investimentos. Isso ampliava continuamente o mercado de trabalho, garantindo emprego certo e esperançosas oportunidades para o quase MILHÃO de jovens que, anualmente, estavam "chegando para a vida" no País. O Estadão publicava um suplemento dominical no qual havia a média semanal de até 40 páginas oferecendo empregos qualificados. Caía no Brasil vinda da América, da Europa e da Ásia uma média de 350 milhões de dólares, em capital de risco e de empréstimos. E não para por aqui. Em 1962 o Brasil possuía 20 vez mais automóveis do que a China com 700 milhões de chineses. Foi então que surgiu na vida pública brasileira um tétrico e inacabável período de grandes contrafações políticas, começando com a renúncia de Jânio Quadros. Nada então poderia ter sido melhor para os comunistas. Era como eles queriam: o poder caía inesperadamente em mão despreparadas, inexperientes e que não aceitavam nem o desconforto, nem as inibições oriundas de quaisquer tipos de escrúpulos."

     A crise logo chegou ao Brasil, os investimentos sumiram, a classe empresarial e os trabalhadores logo sentiram suas consequências e só começou a ser estancada em 1964. A partir de 2023 e mesmo antes, o filme recomeçou a gravação interrompida em 31 de março de 1964.

    Em períodos mais recentes, seu resumo está neste vídeo. Assista-o.



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As dificuldades da Base Industrial de Defesa em exportar e avançar no mercado internacional 

Nelson During
Editor-chefe DefesaNet

23 de junho de 2025 - Atualizado 15:16

1 – Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?

As principais empresas da chamada Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), produção de armamento e munição do Brasil começam a olhar e planejam deixar o país e mudar para o Paraguai.

O motivo não seria somente a energia barata e impostos mais baixos além de uma lei trabalhista mais branda. Segundo um importante gestor do setor, as empresas estão simplesmente embretadas em uma batalha surda, sutil e quase sadomasoquista, mas mortífera nos gabinetes de Brasília.

O campo de batalha, em um jogo no qual as empresas estão perdendo contratos duramente conquistados por não estarem recebendo licenças de exportação do Ministério das Relações Exteriores  (MRE). Mesmo apresentando documentos e certificados de usuários finais (End User), as exportações estariam sendo atrasadas ou embargadas pela burocracia do governo brasileiro e os clientes internacionais cancelando os contratos. “Viajamos pelo mundo, participamos de feiras e promovemos nossos produtos. Quando conquistamos um importante negócio não conseguimos trabalhar”.

2 – Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?

Outro ponto que após conseguir a licença de exportação é a obtenção de garantias bancárias. Nas negociações de defesa há a troca de garantias, tanto de quem compra como para o que vende.

Aqui não importa o cadastro bancário da empresa, mas sim as “compliances” das entidades financeiras. Não importa o VP Geraldo Alckmin declarar apoio e o primeiro nível do BB, BNDES, etc.  jurarem apoio pois o terceiro escalão boicotará firmemente. Tudo em nome de uma entidade “limpinha” e “imaculada”.

– Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?  

Após ter folego jurídico, político e financeiro, para completar esta maratona a análise no MRE a Secretaria de Assuntos Multilaterais Políticos (SAMP), com o Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento (DDEF)   

Sim, deveria ser esse, o roteiro final, mas agora surge o Monte Olimpo, siga a nova trilha:
 
a – após o DDEF o assunto sobe à Secretaria Geral do MRE;
b – depois ao próprio Gabinete do Ministro, e no caso atual,
c –  a decisão última vai ao Palácio Planalto com o Conselheiro Internacional Celso Amorim e certamente o próprio Presidente Lula (que já vetaram operações de interesse das Forças Armadas).

Final – Haja Fôlego ou é melhor ir para Assunção?


Afinal o mote da Tecnocracia de Brasília é de não vender equipamentos de Defesa ou Segurança para países ou regiões que tenham conflitos. 

23 junho 2025

Bombas de profundidade americanas jogadas por Trump debaixo das barbas do Aiatolá Khamenei


     Há os que temem a escalada da guerra no Oriente Médio. Não há o que temer. Israel já reduziu o poder bélico iraniano a quase zero com seu domínio completo dos ares sobre o Irã. O Exército de Israel realizou, durante a madrugada desta segunda-feira, 23, uma série de ataques aéreos contra o Irã. As operações atingiram aeroportos e instalações de armazenamento e lançamento de mísseis do regime islâmico. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), os alvos incluíram locais usados para lançar mísseis contra o território israelense. Mais de 15 jatos da Força Aérea israelense bombardearam Kermanshah, no oeste do Irã.

Putin critica EUA, mas frustra pedido de ajuda militar do Irã

    Dmitry Peskov, porta-voz de Putin, disse que a Rússia já ofereceu ao Irã um esforço de mediação e que já "declarou a sua posição" contra o ataque americano. Em outras palavras, Putin parece disposto a oferecer ao Irã um sonoro "se vira aí", tal como fez na Síria e Armênia. A Rússia não consegue dar conta de uma guerra nem no seu quintal. Putin com seu exército obsoleto e despreparado tem se mostrado um tigre de papel.

China


    Xi Jinping está focado no comércio internacional e no controle doméstico para não perder o poder no PCC. Os chineses sempre preferiram mais o comércio do que a guerra.

Paquistão


    O Paquistão, responsável maior pelo programa nuclear iraniano, desenvolvido com a ajuda inicial dos EUA na década de 50, depois da França, China e Rússia, tem um problema muito maior no leste para cuidar: a Índia, que também tem armas nucleares para usar.


O Mundo

    O mundo sempre esteve sentado sobre um barril de pólvora radioativa desde o sucesso do Projeto Manhattan que varreu Hiroshima e Nagasaki do mapa. Depois que o mundo viu o preço que o Japão pagou por seu fanatismo imperialista e belicista, ninguém tem dúvidas: o problema não é a bomba, é o fanatismo, exceto para Lula e sua "cumpanheirada". 

    A bomba do Trump jogada sobre Fordow, vai enterrar mais do que o programa nuclear dos aiatolás. Ela pode ser a semente para a mudança de regime e a instituição da paz para Israel para os próximos 50 anos.

No Brasil, o consórcio Lula-STF adota o mesmo roteiro das tiranias clássicas

    No Brasil, opositores políticos são perseguidos, calados, presos ou exilados sob o pretexto de combater “desinformação” ou “atentados à democracia”. Parlamentares, militares, jornalistas e cidadãos comuns enfrentam inquéritos secretos, prisões arbitrárias e censura aberta - numa democracia que cada vez mais copia o modus operandi de regimes como o bielorrusso. Como lá, o consórcio Lula-STF adota o mesmo roteiro das tiranias clássicas: transforma adversários em inimigos, opiniões em crimes, e tribunais em instrumentos de repressão. 

    A libertação de Sergei Tikhanovsky prova que regimes autoritários só recuam diante de força e pressão legítima - nunca por apelos morais vazios. Ditaduras temem a exposição, não o diálogo.

    Sergei Tikhanovsky, líder da oposição bielorrussa e símbolo da resistência contra a tirania de Alexander Lukashenko, foi libertado, neste sábado, em 21 de junho, após 5 anos preso por desafiar o regime. A soltura veio horas depois de uma visita do enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, enviado por Donald Trump a Minsk — uma prova de que ditaduras só recuam diante de pressões internacionais.     Tikhanovsky foi encarcerado em 2020, logo após anunciar sua candidatura contra Lukashenko, e condenado a absurdos 18 anos de prisão por “organizar motins” e “incitar ódio” - acusações amplamente vistas como políticas. Tudo isso por ousar disputar uma eleição contra o ditador que domina a Bielorrússia com mãos de ferro desde 1994. A esposa de Sergei, Sviatlana Tsikhanouskaya, assumiu a candidatura e, mesmo no exílio, se tornou a principal voz da resistência.     Além dele, outros 13 presos políticos - incluindo jornalistas e blogueiros - foram soltos e levados para Vilnius, na Lituânia. Um alívio, mas não uma vitória: ainda há mais de 1.150 presos políticos no país, enquanto o Ocidente assiste, muitas vezes, em silêncio cúmplice.     Tsikhanouskaya comemorou o reencontro com o marido com uma única palavra: “LIVRE” - e avisou: “Ainda não terminamos”. Ela agradeceu diretamente a Donald Trump e aos aliados europeus pela pressão que possibilitou a libertação. Já o governo Biden e outros líderes progressistas preferiram o silêncio.






22 junho 2025

A ideia de direitos humanos não nasceu com a Revolução Francesa

    Roberto Motta, através de um pequeno texto reproduzido a seguir, nos traz ensinamentos preciosos e importantes para esse início de século XXI, especialmente para o Brasil, cujos membros do poder republicano vigente os esqueceram, ou não aprendeu como é o caso do atual presidente da República. Porém, muitos deles frequentaram os bancos escolares, inclusive de universidades famosas. É hora, é recomendável que todos façam essa leitura e que nunca mais a esqueçam.

    Boa leitura.

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    Um dos erros da modernidade é acreditar que a ideia de direitos humanos nasceu com a Revolução Francesa. Essa ideia é difundida por elites que ignoram o legado das tradições inglesa e americana.

    Muito antes de 1789, quando eclodiu a primeira revolução na França, liberdades civis já estavam sendo garantidas por leis, documentos e movimentos políticos graduais e legalistas.     Em 1215, na Inglaterra, a Magna Carta foi imposta ao rei João Sem Terra pelos barões feudais.


    O documento limitava pela primeira vez o poder do soberano e reconhecia direitos fundamentais dos súditos, garantindo que nenhum homem livre seria preso ou despojado de bens sem julgamento legal.

    Não houve guilhotinas, nem revoluções sangrentas, mas estabeleceu-se ali o princípio de que o governo deve respeitar leis.

    No século XVII, esse princípio seria posto à prova com a Guerra Civil Inglesa. Entre 1642 e 1651 o rei Carlos I enfrentou o Parlamento em um conflito que misturou disputas religiosas, políticas e sociais.


    Carlos I acabou decapitado, a monarquia foi abolida e a Inglaterra virou, por algum tempo, uma república liderada por Oliver Cromwell — que, na prática, se tornou um ditador militar.

    Foi esse colapso, e a matança produzida por ele – duzentos mil ingleses seriam mortos no conflito - que inspiraram Thomas Hobbes a escrever Leviatã (1651).


    Observando o caos e a guerra civil, Hobbes defendeu que um Estado forte, soberano absoluto, era necessário para garantir a paz. Para ele, o homem em seu estado natural é egoísta e violento. Sem uma autoridade forte viveríamos em guerra constante.

    Observando o caos e a guerra civil, Hobbes defendeu que um Estado forte, soberano absoluto, era necessário para garantir a paz. Para ele, o homem em seu estado natural é egoísta e violento. Sem uma autoridade forte viveríamos em guerra constante.

    Assim, a liberdade só poderia existir sob um governo que impusesse ordem e cuja autoridade não fosse questionada. Hobbes criou uma justificativa racional para o absolutismo. Na sua obra Hobbes busca compatibilizar duas teorias sobre o poder dos reis que eram discutidas na época.

    A primeira era a teoria absolutista, que dizia que o poder real era uma concessão divina, e por isso todos deviam obediência ao monarca.     A segunda ideia era a de que o monarca precisava, para governar, do consentimento dos governados.

    Hobbes juntou essas duas ideias propondo que o governo era necessário para evitar que a sociedade caísse em um estado selvagem, onde todos guerreavam contra todos. Hobbes justificou o absolutismo sem apelar para a religião ou a moral.


    Em 1661 a monarquia inglesa foi restaurada com a coroação de Carlos II. Em 1688, a Inglaterra viveria a Revolução Gloriosa.

    Desta vez, sem derramamento de sangue, o rei católico James II foi deposto, e o Parlamento convidou sua filha Mary e seu marido William de Orange para assumir o trono.


    Nascia a monarquia constitucional britânica, na qual a supremacia do Parlamento era confirmada. Em 1689 a Declaração de Direitos - Bill of Rights - consagraria direitos como julgamento por júri, eleições livres e proibição de criação de impostos sem a concordância do Parlamento.


    Nesse mesmo ano John Locke publicaria sua obra Dois Tratados sobre o Governo, defendendo que todo governo deve existir para proteger os direitos naturais do homem — vida, liberdade e propriedade.     Se não cumprir essa função, o governo deve ser substituído.

    Locke rompe com Hobbes ao afirmar que o poder vem do consentimento dos governados, não da imposição.

    As ideias de Locke são:         (1) todos os homens são criados iguais e com os mesmos direitos         (2) existem direitos fundamentais, dados ao homem pelo seu                 criador, que precedem a existência do Estado e independem dele e         (3) a função primordial do Estado é preservar esses direitos.


    Essas ideias atravessariam o Atlântico e influenciariam os líderes da Revolução Americana, iniciada em 1765.     As 13 colônias inglesas da América do Norte, cansadas de impostos e abusos por parte da coroa britânica, proclamaram sua independência em 1776.


    Thomas Jefferson, se inspirou em Locke para escrever, na Declaração de Independência: “temos essas verdades como evidentes, que todos os homens são criados iguais, dotados por seu Criador de determinados direitos inalienáveis, entre os quais estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.”


    Enquanto isso, na França, o filósofo Jean-Jacques Rousseau denunciava a “desigualdade” e propunha a refundação do contrato social. Em sua obra O Contrato Social (1762), Rousseau afirmava que a soberania reside no povo e que uma certa vontade geral deve guiar as leis.

    Para Rousseau, o contrato social deveria refletir essa "vontade geral", representando o interesse comum e não apenas a soma das vontades individuais. Para Rousseau o homem era puro e pacífico em seu estado selvagem – ao contrário do que dizia Hobbes – e era corrompido pela civilização.

    Era papel do Estado regular a vida e a sociedade e educar o homem para que ele se tornasse um cidadão modelo. Rousseau era um cínico que pregava o que não praticava. natural,

    Sua obra "Emílio, ou Da Educação" é um tratado filosófico que explora ideias sobre a educação natural, defendendo que as crianças devem ser educadas de acordo com as etapas de seu desenvolvimento, longe das influências corruptoras da sociedade.

    Mas Rousseau não entendia nada de educação de crianças. Ele teve cinco filhos com Thérèse Levasseur, sua companheira de longa data.

    Todas as cinco crianças, recém-nascidas, foram abandonadas na porta de um orfanato, um destino cruel em uma época de condições precárias e alta mortalidade. Ainda assim, sua obra influenciou fortemente pensadores, pedagogos e movimentos sociais.


    As ideias de Rousseau influenciaram a Revolução Francesa, iniciada em 1789, que se tornou uma orgia de radicalismo e violência. Em nome da liberdade, milhares foram mortos, inclusive líderes da própria revolução.

    A guilhotina virou símbolo do terror. Ao final, apesar de toda a retórica e matança, o poder foi concentrado nas mãos de um novo tirano, Napoleão Bonaparte, que tomou o poder em 1799 via um golpe e se declarou imperador em 1804.

    Depois de espalhar guerra e destruição por toda a Europa, Napoleão cai e a monarquia é restaurada na França. O país ainda veria mais revoluções e mais sangue: em 1830 (trocando o rei Carlos X por Luís Filipe), em 1848 (trocando o rei por um presidente) e, por fim, a Comuna de Paris em 1871, um governo revolucionário que dominou a capital da França e terminou com 25 mil mortos.

    A trajetória francesa é marcada por rupturas violentas, ao contrário da tradição inglesa, que construiu liberdades pela via institucional e legal, e da americana, que fundou uma república duradoura com base em ideias claras de liberdade – e acabou gerando a nação mais rica e poderosa do planeta.


    Ideias importam muito. Algumas libertam, enquanto outras matam. Conhecer a diferença entre elas é fundamental. Hobbes quis paz. Locke quis liberdade. Rousseau quis igualdade e virtude. Nenhum deles imaginou os horrores do século XX. Mas todos foram usados — e às vezes distorcidos — por aqueles que vieram depois.

PS.: Artigos de Roberto Motta, como o acima citado, podem ser recebidos por email assinando-se: robertomotta.substack.com