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20 setembro 2016

O CRETINISMO PARLAMENTAR

Após a divulgação de um projeto, forjado na calada da noite, para anistiar os políticos envolvidos com o crime do caixa 2 nas campanhas eleitorais e em seguida abortado, o Senador Aloysio Nunes, do PSDB-SP, publicou em sua conta no Twitter: "A Câmara quase sucumbiu à doença identificada por Marx no livro sobre Napoleão III: o cretinismo parlamentar".

O fato mostra que os parlamentares brasileiros não se vacinaram contra essa doença. Muito ao contrário, ela tem se manifestado com frequencia. Os que dela padecem são muitos e estão presentes em praticamente todos os partidos.

Entretanto, o Senador Aloysio Nunes se esqueceu, ou não quis citar, que o Senado não está imune à doença.

Não faz muito tempo, há apenas quinze dias, por ocasião da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o Brasil e o mundo foram surpreendidos por uma maracutaia, promovida nos bastidores, tendo como líder o presidente do Senado e a aquiescência do presidente do Supremo Tribunal Federal, resultando na não aplicação da pena prevista na Constituição Federal para presidentes que são condenados por crime de responsabilidade.

De novo, conforme noticiou a Folha de São Paulo, nessa nova maracutaia houve também a participação do presidente do Senado, segundo relato de alguns deputados e senadores, mas negado por ele.


A pergunta que não quer calar é quando os hospedeiros das epidemias políticas brasileiras, do cretinismo parlamentar, deixarão a vida pública e passarão a ver o sol nascendo quadrado ?

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