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31 janeiro 2018

LULA ESTÁ PAGANDO O PREÇO PELO SEU CV

Do ponto de vista jurídico, a ex-juiza Denise Frossard deixou bem esclarecido como se julga um crime cometido sem a sua foto, como aconteceu no caso Triplex-Guarujá com o Lula. 

Do ponto de vista político, não custa lembrar que o Lula foi tragado pelas lideranças, políticas e econômicas, que sempre usurparam a Nação, em busca do poder e de suas benesses, nem que para isto a corrupção fosse a moeda utilizada. 

E também nesse campo o Lula nunca foi inocente. Lula sempre soube, tinha plena consciência, do que estava acontecendo e do que já tinha acontecido nas entranhas do poder deste nosso Brasil, desde que mergulhou no movimento sindical, em 1972. Muitas vezes isto foi objeto de seus discursos e entrevistas, principalmente para os seus seguidores.

Também é conhecida a sua capacidade de metamorfose pessoal, do ambiente público para o de gabinete, ou vice-versa. Por exemplo, para chegar ao poder em 2003. 

Isso só se tornou viável após ele concordar, de forma consciente, com as exigências das tais lideranças em troca do apoio destas à sua candidatura nas eleições de 2002. 

No campo econômico o fez, por escrito, ao assinar a "Carta ao Povo Brasileiro", em 2002, contendo essas exigências, carta esta redigida e/ou revisada por tais lideranças (econômicas e políticas), usada para acalmar o mercado financeiro e à sociedade em geral.

No campo político, as conversas de gabinete, lideradas por José Dirceu vararam madrugadas, muito vinho, até conseguir o apoio de ACM, Sarney, Pedro Simon, Roberto Requião, Orestes Quércia, estes últimos do PMDB. 

Os demais peemedebistas, bem aquinhoados com cargos e verbas no governo FHC preferiram ficar no governo e apoiaram à candidatura do Serra e vetaram a filiação de José de Alencar ao partido para candidatar-se ao cargo de vice na chapa de Lula.

Em decorrência disso, José de Alencar filiou-se ao PL sob o comando de Waldemar da Costa Neto que foi o interlocutor nas negociações ocorridas, nesse sentido, nas noites brasilienses.  

A moeda utilizada no acordo foi grana mesmo. Apoio contra um pedido de R$ 20 milhões e fechado em R$ 10 milhões, adicionado de cargos e verbas no governo, segundo relato contido no livro "DIRCEU - A BIOGRAFIA", do autor Otávio Cabral.

Os dias foram se passando, a casa caiu, até que chegou o momento em que as duas faces do Lula vieram à público.

Agora Lula está pagando o preço de seu curriculum.  E não sairá barato, no momento só chegou a primeira parcela.

Como consequência,  os seus "amigos" de gabinete, além da maior parte da população do País, querem vê-lo enterrado politicamente e na cadeia pelos crimes que cometeu.

#LulaCondenado #LulaAcabou #LulaNaCadeia


 

28 janeiro 2018

ACORDA BRASIL, A DEMOCRACIA ESTÁ SENDO AGREDIDA

"O Supremo Tribunal Federal é protagonista de uma democracia em desencanto. Os lances mais sintomáticos da recente degeneração da política brasileira passam por ali. A Corte está em dívida com muitas perguntas, novas e velhas, e vale lembrar algumas delas antes que os tribunais voltem do descanso anual nos próximos dias". Há perguntas para todos os gostos.

O artigo completo onde encontrei o parágrafo acima, sob o título "Na prática, ministros do STF agridem a democracia, escreve professor da USP", está na Folha de São Paulo deste domingo, 28/01/2018. Recomendamos fortemente a sua leitura.

Além do que menciona o artigo publicado, também na Folha e em outros veículos de comunicação nos deparamos com afrontas à democracia brasileira provocada por autoridades ocupantes de cargos públicos. Não foi à toa que a decadência desta foi objeto do editorial, "No Brasil, uma democracia em declínio", do Le Monde deste último sábado.

Portanto, não é sem razão que, diariamente, vemos nas redes sociais vídeos da população achincalhando os membros dos três poderes da República, inclusive no exterior. Estamos à perigo, no limite para que algo mais grave possa ocorrer no País.

A história nos ensina como isto pode acontecer e tem acontecido em todo o mundo. Aqui já se passaram algumas décadas, mas no nosso continente, neste momento, há um caso em andamento.

Entretanto, o estágio em que nos encontramos não pode perdurar. O Brasil parou, aliás tem caminhado para trás e as novas gerações não podem continuar sendo penalizadas.

Estamos sendo ultrapassados, quotidianamente, por outros países, inclusive, nossos vizinhos que há poucos anos tinham índices comparativos de uma sociedade pior do que a nossa.

Bem ao contrário do que gostaríamos de estar lendo no século XXI, as noticias diárias sobre a situação vigente no Brasil, situação esta que já atingiu o patamar do horror, em qualquer meio de comunicação e em todo o planeta.

ACORDA BRASIL !

EDUCAÇÃO SE TORNOU MERCADORIA

A proposta do candidato ao Palácio do Planalto nas #Eleições2018 , #JoãoAmoêdo , do Partido NOVO, está bem distante da do Chile, país este que acabou de tornar também gratuito o ensino universitário e que entrará no grupo das nações desenvolvidas na próxima década, o primeiro da América do Sul, possivelmente já a partir de 2020.

A presidente Michelle Bachelet escreveu no Twitter que a Lei das Universidades Estatais, aprovada no Congresso, que fortalece sua gestão institucional, devolve ao Estado o papel principal de assegurar um ensino superior público de qualidade. “Cumprimos nossa promessa!”.

O candidato, vide imagens anexas, quer jogar fora a água e o bebê que ainda temos e não enfrentar, não resolver os problemas existentes nas escolas públicas e, portanto, da educação brasileira que deve estar presente em todo os lugares do território nacional. 

Os números atuais do ensino público secundário (nível:escolas/professores/alunos), são os seguintes: infantil: 117.111 / 417.061 / 6.145.863; fundamental: 141.215 / 1.358.514 / 22.742.259; médio: 20.287 / 431.581 / 6.960.072.

Bem ao contrário, o candidato deixou claro que, no seu entendimento, #Educação é como mercadoria !





25 janeiro 2018

A TURMA DO POWERPOINT

Desde o julgamento do mensalão, muito se tem falado em organização criminosa - ORCRIM (e em suas várias facções) que se estabeleceu no Brasil.

Um dos aspectos que mais surpreende os brasileiros é o número de agentes envolvidos e, principalmente, quem a chefia, quem detém o poder.

Dois são os componentes principais desse tipo de organização.

Um deles é o agente público, encontrado em praticamente todo o organograma do Estado.

O outro componente é de natureza privada, oriundo de praticamente todos os setores da economia.

Todos eles querendo as benesses governamentais, perseguindo o aumento de poder e/ou de seus patrimônios.

Pelo o que já se conhece, desse conluio, e para a surpresa(?) da sociedade, as atividades de ORCRIMs, que já são mais do que sexagenárias, nunca foram interrompidas e sempre tiveram a cumplicidade (ou incentivo) de componentes da direção dos três poderes da República em seus diversos níveis.

Para ficarmos só no Palácio do Planalto e nos últimos 30 anos, verifica-se, nas revelações publicadas até o momento, que todos os ex-presidentes já foram mencionados, dando conta de que a corrupção esteve presente em seus governos. Em termos de gabinete palaciano, talvez só se salve o ex-presidente Itamar Franco.

Quanto a chefia da organização, quem de fato a exerce? O núcleo do poder está na política, ou na economia? Há controvérsias.

Isto ficou evidente nos conchavos realizados em 2002, entre os donos da economia brasileira e as forças políticas de então que levaram Lula ao poder. 

Por exemplo, banqueiros que declararam, em 1989, que deixariam o Brasil se Lula fosse eleito presidente da República, nas eleições de 2002 bancaram a sua vitória, após o obrigarem a divulgar a famosa Carta aos Brasileiros (antes revisada por eles, claro!).

Em tempos mais antigos, pode-se recordar a crise provocada no governo Vargas, em 1953, quando este promoveu um reajuste de 100% no salário mínimo e implantou a política de restrições de remessas de lucros de empresas ao exterior.

Essas decisões colocaram empresários brasileiros e estrangeiros na linha de frente contra Vargas. O final dessa história é por demais conhecido pela Nação.

O exercício real do poder não tem partido nem ideologia.

Essa turma não tem opção partidária. Apoiar ou pertencer, eventualmente, a uma sigla partidária é mera conveniência.

Portanto, seja de um lado, ou do outro, a intenção de todos é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis aos seus objetivos - poder e/ou lucro -, não importando os meios para que isto ocorra, inclusive a corrupção.

A condenação do ex-presidente Lula, ocorrida hoje no TRF-4, vem se somar as outras sentenças já proferidas e lançou esperanças para um Brasil melhor.

A frase mais repetida durante o dia foi a de que ninguém está acima da lei.

Que isto, daqui por diante, seja cumprido permanentemente.

A fila andou. Next, please !



21 janeiro 2018

"EMPREENDEDORISMO É UMA OPORTUNIDADE DE CRIAR O FUTURO"

O título deste post está na entrevista à Folha de São Paulo, em 09/01/2018, de Paulo Veras, fundador da startup 99Taxis que acaba de ser adquirida pela chinesa Didi Chuxing, por um valor que a coloca como o primeiro "unicórnio" brasileiro (apelido para startups que valem mais de US$ 1 bilhão), de um total de 230, aproximadamente. Metade delas são americanas

No decorrer da entrevista, ele cita alguns desafios sobre o exercício do empreendedorismo no Brasil, dentre os quais destacamos dois deles, detectados há mais de 20 anos, quando se iniciou no País, de forma sistemática, o ensino do empreendedorismo e a geração de novas empresas (startups).
  • Quando empresas brasileiras vão passar a comprar startups no exterior? Ainda estamos muito longe disso. Na China, hoje, você acessa capital muito facilmente. No Brasil, é todo o problema que temos. Existem bons empreendedores. Mas, quando a empresa chega a determinado patamar, não encontra mais recursos.
  • Que outro desafio enfrentam empreendedores brasileiros? Poucos têm ambição global. Muitas vezes, eles pensam que ter algo que se destaque localmente é suficiente. Na América Latina, por outro lado, todos começam querendo atacar o mercado brasileiro, pois nosso mercado é muito maior do que o deles.
Primeiramente, devemos reconhecer que nos últimos 20 anos houve avanços no entendimento e no apoio às iniciativas que fizeram crescer e se expandir o empreendedorismo no Brasil.

Por outro lado, entretanto, persistem problemas cruciais como os citados acima. Além deles e de outros também, é muito  lenta a velocidade em que os avanços são aqui conquistados e implementados. 

Nessa área, e em outras também (educação, por exemplo), diversos países, na América Latina e no resto do mundo, se encontravam classificados em posições inferiores ao Brasil. Fomos ultrapassados por muitos deles em apenas duas décadas. Até Botsuana está vendo o Brasil pelo retrovisor. Decuplicou seu PIB nas últimas quatro décadas. Sua renda per capta em medida que compara os poderes de compra, ultrapassou a brasileira em 2014 e não vai parar tão cedo de abrir distância.

Qual então a receita para vencermos as dificuldades apontadas e ganharmos velocidade ?

A resposta está nas palavras do Paulo Veras: "EMPREENDEDORISMO É UMA OPORTUNIDADE DE CRIAR O FUTURO".

O Veras disse também: "sem empreendedores não se constrói a ponte entre o mundo atual e o que está por vir".

Contudo, é preciso que esse conceito seja entendido da forma mais ampla e o mais cedo possível, ou seja, em todos os segmentos da sociedade, pública e privada, a começar no ambiente familiar e na escola fundamental.

Já passou da hora de enterrarmos definitivamente a Lei de Gerson (que o Gerson me perdoe): "Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também", proferida há mais de 40 anos. Junto com ela, outra recentemente enunciada pelo PMDB, traduzida no post O PMDB NO PODER.

20 janeiro 2018

ASSALTO AOS COFRES PÚBLICOS: ANO NOVO SEM SURPRESAS

Em outubro de 2017, após tramitação no Congresso Nacional, duas leis foram sancionados pelo presidente da República que criaram e regulamentaram o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para custear as campanhas eleitorais em 2018.

Esse fundo terá AO MENOS R$ 1,7 bilhão de recursos públicos. A elaboração do texto aprovado contou com a colaboração (ou iniciativa) do líder do governo no Senado, o já tão conhecido Senador Romero Jucá, autor da proposta inicial que previa reunir aproximadamente R$ 3,6 bilhões. Sim, ele mesmo, o Senador que já responde a 14 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Aliás ser denunciado e responder a inquéritos tem sido a marca na equipe do andar superior do Palácio do Planalto. Dessa marca não escapou nem o Chefe do Governo.

As torneiras também foram abertas em negociações políticas para barrar as duas denúncias contra o presidente da República que podem ter alcançado R$ 32,1 bilhões, segundo publicou o uol.noticias.com.br , R$ 6 bilhões a mais que os recursos previstos para pagar o Bolsa Família.

O Palácio do Planalto também vai abrir as torneiras das emendas parlamentares para aprovar a reforma da Previdência antes do fim de fevereiro e consolidar a estratégia de montar uma ampla frente eleitoral com todos os partidos da base aliada. 

Do ano passado, somente em restos a pagar de emendas parlamentares – que podem ser destinadas por deputados federais e senadores a redutos eleitorais – e novas emendas do Orçamento deste ano são mais de R$ 20 bilhões.

Somados outros R$ 10 bilhões que o governo estima economizar ainda neste ano caso a reforma da Previdência seja aprovada, e que seriam usados em obras que podem render dividendos eleitorais aos aliados neste ano, o valor do “arsenal” de Temer pode superar R$ 30 bilhões.

Os assaltos aos cofres públicos não param por ai e as armas não são os fuzis da Rocinha. A arma mortífera para os cofres da Nação é o poder de legislar em benefício de grupos que não desejam perder seus mandatos, da preservação da bandidagem engravatada, oriunda de eleições para as quais os candidatos aos cargos não são escolhidos pelo eleitor, como já dissemos no post SOMOS REFÉNS .

Não é difícil nominar quem são as vitimas desses assaltos. Podemos citar: aquelas que sucumbem por falta de remédios e hospitais. Aquelas que morrem nas ruas por falta de segurança pública. Aquelas cujo futuro se extingue precocemente nas escolas por falta de condições mínimas de funcionamento.

A nossa crise é decorrente do nosso sistema político. Mas entre o melhor e o pior tudo pode acontecer, inclusive nada e, desta forma, continuaremos afundando nesse pântano fedido. A impunidade continua sendo a moeda corrente da política brasileira.

A nossa elite política é a nossa tragédia !

06 janeiro 2018

HAJA PACIÊNCIA !

Repetindo 2017, até parece que aquele ano ainda não acabou, a autodefesa de membros dos poderes públicos do País continua em curso.

O caso mais recente, sem falar no famigerado indulto de Natal proposto pelo presidente da República, tem sido notícia na imprensa nacional. Trata-se do também famigerado auxílio-paletó aprovado no apagar das luzes em dezembro/2017 na Assembléia Legislativa do Amapá

A justificativa do deputado, ironicamente filiado a um partido que se denomina AVANTE, que propôs a medida, é a que nas demais assembléias legislativas de todo o País isto já ocorre. Neste ponto o deputado tem razão.

A faxina política no Brasil poderá continuar sendo apenas um sonho. A vassoura está permanecendo atrás da porta, alimentando a crise moral, ética e política porque passa o nosso País. A composição do atual governo que a diga.

O prêmio concedido a Roberto Jefferson, presidente do PTB, com a nomeação da filha, Cristiane Brasil, para a pasta do Trabalho, mostra que o sucesso das operações anticorrupção pouco alterou os costumes políticos nacionais. 
A nossa crise é decorrente do nosso sistema político. Mas entre o melhor e o pior tudo pode acontecer, inclusive nada e, desta forma, continuaremos afundando nesse pântano fedido. A impunidade continua sendo a moeda corrente da política brasileira.

Como já dissemos anteriormente em outro post, A NOSSA ELITE POLÍTICA É A NOSSA TRAGÉDIA !


Haja paciência !


Posted: 06 Jan 2018 10:39 AM PST

01 janeiro 2018

2017 SE ENCERROU. O QUE POR EM SEU LUGAR ?

Passadas as principais festividades de final de ano, constatamos que para o ano que se inicia a roupa suja exposta em 2017 continua por ser lavada.

No cenário político, essa constatação foi expandida e a sensação mais presente na sociedade é que continuamos sem governo, com um modelo de fisiologismo que nos enche de vergonha. O que atualmente ocupa o Palácio do Planalto é constituído de pessoas pertencentes a um dos grupos: os culpados e os cúmplices.

As correções/punições cabíveis não foram implementadas tais como as denúncias surgidas contra o presidente da República. 

Esse, aliás, no apagar das luzes desejou beneficiar os políticos corruptos e, eventualmente, a si próprio, com a edição de um famigerado indulto natalino que, segundo a PGR, trata-se de um decreto "arbitrário", "inconstitucional"e "indiscriminado", com favorecimento à impunidade, benefícios a condenados por crimes de corrupção e invalidez sob a ótica da lei.

No campo ético, voltou a surgir o temor por um eventual desmantelamento da operação Lava Jato, eliminando-se a oportunidade do País ser passado a limpo e, com isto, os principais responsáveis pela corrupção saírem ilesos de todo o processo. Há indícios que nos levam a esse temor instalados nos três poderes da República.


No plano econômico há controvérsias se os resultados obtidos até então com a queda de juros e da inflação irão permanecer em um ano eleitoral. Tomara que sim, mas há muito chão a ser percorrido, por exemplo, a diminuição do desemprego que assola o País. A economia dá sinais de recuperação, mas ainda não há investimento para garantir um novo ciclo de crescimento. Não há investimentos porque a confiança não se recuperou. O País está à espera das eleições presidenciais de 2018.

No que tange aos problemas estruturais, estes persistem. As noticias de 2017 nas áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura não trouxeram nenhum alívio aos brasileiros. 

Portanto, após a sobrevivência em 2017 continuamos com o mesmo desafio: o que por em seu lugar ? 

A primeira dúvida que surge, neste momento totalmente sem resposta, tem a ver com a eleição presidencial. Quem daqui a doze meses, na Praça dos Três Poderes, irá receber a faixa verde e amarela ?

Entretanto, a saída crise atual está na mudança política e esta não se resume a troca do presidente. Com um Congresso desmoralizado, partidos fracos, líderes envelhecidos e desacreditados, não será possível fazer a Nação acreditar que apenas a mudança do presidente nos permitirá retornar à superfície do poço em que afundamos. Torna-se imprescindível uma reforma do sistema político, após a realização de eleições gerais, quiçá, até mesmo, através de um nova Assembléia Constituinte.

Para as demais questões, as respostas são conhecidas pela maioria da população. Elas passam pela necessidade de se mudar o funcionamento arcaico da gestão pública, o de se acabar com os privilégios do corporativismo e da cumplicidade da elite política com os métodos ilícitos do sistema político. 

Fortalecer o funcionamento da operação Lava jato, o das instituições da República e, obviamente, o de nossa democracia também estão presentes nas mentes daqueles que compõem a sociedade de bem deste País.

Last but not least, continuarmos com o engajamento da sociedade, dos meios de comunicação, das ações promovidas pelas redes sociais são imprescindíveis para se por o Brasil no seu devido lugar.

Em sua recente passagem pelo Brasil, durante o evento Cidadão Global, no Teatro Santander, Obama reforçou a importância da democracia, que, em sua definição, “é a melhor forma de governo, mas é difícil e exige trabalho e engajamento”.

Sem dar soluções fáceis, ele defendeu que políticos velhos abram espaço para a participação de jovens no debate público. “A política sofre quando fica sempre com os mesmos líderes e não surge sangue novo.” 

Revisado em 04/01/2018.