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22 novembro 2020

AVERSÃO DOS ELEITORES AOS POLÍTICOS DISPONÍVEIS PARA ESCOLHA

Concluído o primeiro turno das eleições 2020, para prefeitos e vereadores, seus resultados mais uma vez demonstram como os eleitores continuam sendo reféns do sistema político da Nação.

No Rio de Janeiro, essa percepção veio à tona com os resultados mostrando que a soma de abstenções, votos nulos e brancos chegou a 39%, porcentagem superior à obtida pelo candidato mais votado, um indicador bastante eloquente da aversão dos eleitores aos políticos disponíveis para escolha.

A suposta renovação continua sendo de fato ilusória, já que, a despeito de algumas caras novas, a maior parte dos eleitos carrega velhos e conhecidos sobrenomes. Os dos inúmeros clãs que se mantêm no poder há décadas, dominam todas as esferas e instâncias de governo, que transformaram a política brasileira num lucrativo negócio de família.

Para piorar, sabemos que terminadas as eleições, os políticos agem como se a conquista do mandato fosse um salvo conduto para legislar e atuar em causa própria. E, a partir desse momento, não há limites para a corrupção. É um "tchau otários" para os eleitores e a corrida dos larápios com malas de dinheiro.

Em sua última passagem pelo Brasil, durante o evento Cidadão Global, Barack Obama reforçou a importância da democracia, que, em sua definição, “é a melhor forma de governo, mas é difícil e exige trabalho e engajamento”.

Sem dar soluções fáceis, ele defendeu que políticos velhos abram espaço para a participação de jovens no debate público. “A política sofre quando fica sempre com os mesmos líderes e não surge sangue novo.” 

No Brasil é pior, mudam os nomes mas as oligarquias permanecem no poder.

19 novembro 2020

CHUPA ESSA PETEZADA!

Em seu livro de memórias, “A Promised Land”, Barack Obama aponta o ex-presidiário Lula como um criminoso que recebia “propinas na casa dos bilhões”

Bom, agora o mundo inteiro passou a conhecer a verdade, o significado real da frase do Obama, pronunciada na reunião do G20, em Londres, no dia 02 de abril de 2009,  quando disse: “Lula é o cara”.  


Desde então, tal expressão tinha deixado os petistas ajoelhados, louvando o Obama. Agora, ao tomarem conhecimento da tradução literal do que disse o Obama, a petezada caiu na real, espernearam e já começaram a difamar o ex-presidente americano. Vejam o que disseram, recentemente, Gleisi Hoffman e Celso Amorim.


Em seu Twitter, Gleisi Hoffmann escreveu: “Obama passou 8 anos fazendo guerras e espionagem, a serviço da indústria de armas e do establishment de seu país. Acobertou um vice investigado por corrupção e quer dar conselhos ao Brasil. Tem de explicar a sua participação no golpe e na Lava Jato”.


Por sua vez, o ex-ministro Celso Amorim fez surgir 
em diversas publicações manchetes como esta:


Bom, para concluir vou, de novo, pegar carona em mais uma manchete sobre a petezada.






16 novembro 2020

OS MENOS RUINS?

O "day after" de nossas eleições não surpreendeu os brasileiros segundo o que se ler nas diversas matérias publicadas sobre os vencedores e perdedores para o cargo de prefeito das capitais estaduais.

Ênfase também foi dada sobre quais as perdas políticas relativas  do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva e seu PT. Em São Paulo, a maior e a mais importante cidade do País, o atual prefeito Bruno Covas festejou a derrota do candidato de Bolsonaro. O segundo colocado, também nada disse de útil para os interesses da população.

De ambos, e de outros vencedores também, nada se ouviu sobre ganhos, até porque para a população não houve ganho nenhum. Em todo o Brasil foi assim, confirmando que o máximo que se possa ter obtido foram as escolhas dos menos ruins.

Culpa dos eleitores? Não. Os eleitores nunca mandaram em coisa alguma. Apenas são obrigados, periodicamente, a votarem em candidatos que, previamente, nunca o escolheriam para estarem presentes nas urnas eleitorais.

O sistema político-partidário brasileiro é vencido, obsoleto desde o seu nascimento, e é o maior responsável pelos resultados eleitorais em todo o País. Esse grau de disfuncionalidade de nosso sistema político e do domínio de ferro das oligarquias impedem o avanço da democracia brasileira, desde a Primeira República.