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09 agosto 2020

O DESCOMPASSO ENTRE O QUE ACONTECE DE FATO NO BRASIL E A COBERTURA DA GRANDE MÍDIA

Acabo de ler no Twitter mensagens que, mais uma vez, apontam os descompassos entre o que acontece de fato no Brasil e a cobertura da grande mídia. Descompassos estes que se tornaram tão frequentes que se tem a sensação, muitas vezes, de que se trata de dois países. 

Especialmente ilustrativo dessa disparidade é o Jornal Nacional, da Rede Globo e os conteúdos que circulam nas redes sociais, os quais indicam que as pessoas já não se deixam enganar com a mesma facilidade dos tempos em que não tinham alternativa para se informar. Milhares de brasileiros já descobriram que não faz mais sentido acreditar no noticiário do horário nobre ou nas primeiras páginas dos jornais. A hashtag #GloboLixo tem sempre ocupado os trending topics das redes sociais.

Como se pode constatar diariamente, está cada vez mais difícil encontrar na grande mídia, supostamente imparcial, conteúdos que não sejam apresentados de forma distorcida e politicamente enviesada. Curiosamente, porém, a despeito de todo o clamor contra as chamadas fake news nas redes sociais, a complacência é generalizada quando se trata de inverdades ou manipulações propagadas pelos meios jornalísticos. A maioria das pesquisas já indica que a credibilidade e o prestígio da imprensa estão em queda livre há algum tempo. As estatísticas recentes, figuras abaixo, demonstram a perda de assinantes pela mídia impressa. O mesmo ocorre em relação aos que assistem a programação tradicional das redes de TV abertas.

  

Além disso, como se sabe, a grande imprensa nacional pauta a internacional, e a distorção se reproduz na maior parte dos veículos estrangeiros — basta acompanhar o que tem sido publicado sobre o Brasil em veículos como o norte-americano The New York Times, o inglês The Guardian, o espanhol El País e o francês Le Monde, entre outros. O que estes divulgam chega a ser aflitivo, tão evidente fica a parcialidade ideológica e o descompromisso com a verdade dos fatos. Claramente alinhada com a agenda dita “progressista”, a grande imprensa parece ter abraçado o princípio de que os fins justificam os meios
Na essência, essa nova visão embute, sobretudo, a perigosa ideia de que a verdade seria relativa, um conceito elástico, que pode ser moldado à vontade, conforme os interesses políticos de cada jornalista.
Cabe, portanto, a sociedade discutir até que ponto é legítimo direcionar a cobertura do noticiário segundo determinada linha partidária ou ideológica enquanto se mantém, oficialmente, uma suposta isenção.

Um comentário:

  1. No mesmo tom do artigo acima, leio no Blog do Percival Puggina o seguinte texto:
    A NAÇÃO PEDE RESPEITO
    por Percival Puggina. Artigo publicado em 10.08.2020
    O Estadão deste sábado (08/08/2020) estampa editorial atribuindo ao presidente da República responsabilidade pessoal nas 100 mil mortes causadas pelo novo coronavírus. No esdrúxulo raciocínio do editorialista, não fosse Bolsonaro, o vírus, por si só, transitaria pelo Brasil sem produzir vítimas.

    Diz o jornal, novo queridinho da esquerda brasileira:

    “Por fim, construiu-se essa tragédia porque falta a muitos cidadãos um espírito de coletividade, o reconhecimento do passado formador comum e a comunhão de aspirações ao futuro. Com tristeza, viu-se que não raras vezes a fruição imediata de alguns se sobrepôs ao recolhimento exigido para o bem de todos. Aí está o resultado.”

    Aí está também, num mau português, o sumário da lição de engenharia social proporcionado pelo coronavírus. A aula virtual, em sala global, é cotidianamente oferecida ao mundo, de modo especial ao Ocidente, pela mentalidade totalitária em suas mais recentes roupagens. Aí estão, igualmente, o desprezo à liberdade individual, ao trabalho humano e a politização do vírus. A propósito, é bom ter em mente que a politização de tudo, a radicalização e o clima de amplo antagonismo não são peculiaridades do tempo presente. Vista de frente, olho no olho, a verdade mostra que até 2018 a radicalização tinha um lado só. A vanguarda do atraso vencia por WO.

    Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade.
    http://www.puggina.org/artigo/puggina/a-nacao-pede-respeito/17194

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