
A história registra que as guerras foram eventos que sempre estiveram acompanhados do avanço tecnológico. Desde a substituição dos cavalos por veículos automotores e suas respectivas armas até a bomba atômica, o ápice da Segunda Guerra Mundial.
De lá para cá nada mudou e os regimes totalitários têm utilizado datas significativas para exibirem seu potencial em armas cada vez mais avançado e sofisticado como ocorreu esta semana em Pequim. O evento que reuniu os principais ditadores do mundo e seus apoiadores de outros países incluindo o Brasil. Lá estiveram presentes Dilma Rousseff e Celso Amorim.
O Brasil virou chacota na diplomacia internacional. Nunca estivemos num buraco tão obscuro! A mídia tentou vender a imagem de um “desfile de líderes mundiais”, mas a realidade foi escancarada: não eram líderes, eram ditadores de regimes autoritários.
Mas vamos retomar o tema do título deste post e, desde já, não é difícil dissociá-lo das palavras guerra e avanço tecnológico. Em artigo anterior falamos dos motores da IA e suas oportunidades e desafios para sua instalação sem mencionar guerras.
Aqui, entretanto, o texto abaixo referindo-se ao avanço tecnológico está diretamente vinculado ao uso de IA por forças militares sem a utilização de data centers.
A inovação está no uso da IA processada diretamente nos laptops, smartphones e drones dos soldados, eliminando a necessidade de uma conexão estável com a nuvem e/ou data centers. A aplicação de IA equipa os soldados com a capacidade de identificar rapidamente ameaças inimigas, como um local de lançamento de drones ou uma posição oculta de tropas, e o contexto necessário para decidir como responder sem depender de analistas a quilômetros de distância. A infantaria usará o software para identificar drones e outras ameaças, mesmo quando os sinais estão bloqueados.
Soldados americanos estão começando a carregar inteligência artificial nos bolsos e mochilas, resultado de um contrato de US$ 98,9 milhões entre o Exército dos EUA e uma startup de São Francisco. O contrato com a empresa TurbineOne reflete as duas realidades do campo de batalha moderno: drones e IA aceleraram a velocidade do combate a um ritmo alucinante, e o bloqueio onipresente de sinais dificulta o envio e o recebimento de dados nas linhas de frente.
O software da TurbineOne faz parte dessa transformação, indica o apetite das Forças Armadas por tecnologia de startups novas e não comprovadas que possam ajudá-las a se preparar para conflitos futuros que dificilmente se assemelham a guerras anteriores.
O campo de batalha moderno está repleto de drones — no céu, na água e em terra. Isso cria uma vigilância incessante e uma enxurrada de dados que os soldados precisam analisar, em segundos, para determinar as ameaças mais urgentes e como responder. O diretor de estratégia e transformação do Exército, disse que o objetivo da força é processar dados de 10 a 25 vezes mais rápido do que seus adversários, um parâmetro que considera crucial para a superioridade no campo de batalha.
A IA do TurbineOne examina grandes conjuntos de dados de imagens infravermelhas, radar, sinais de rádio e outras fontes. Os soldados podem solicitar que ele detecte categorias gerais de ameaças, como qualquer drone aéreo, bem como ameaças específicas, como um tipo específico de tanque armado com armas específicas. Uma consulta retorna informações sobre a localização de ameaças relevantes e uma avaliação do risco que elas representam, enviando alertas constantes aos soldados e suas armas acionadas por software, como drones, com atualizações conforme o alvo se move ou muda. Segundo a start up, o TurbineOne reduz uma tarefa que poderia levar 20 horas para um ser humano, como classificar imagens de centenas de quilômetros quadrados de terreno, para 20 segundos.
Ao optar por um software que processa todos os dados no dispositivo, o Exército americano está aprendendo uma lição da Ucrânia: as guerras serão travadas em um blecaute de comunicações, sem links de rádio e GPS, que são anulados pela proliferação de bloqueadores. Isso representa um distanciamento dos sistemas de IA baseados em nuvem comumente usados pelos militares, mas que não são apenas ineficazes quando bloqueados, mas também potencialmente perigosos para o usuário, já que qualquer sinal pode ser usado para determinar a sua localização.
O software TurbineOne pode implantar e coordenar enxames de drones, um recurso que tem sido usado por outras partes das Forças Armadas, além do contrato com o Exército. A empresa captou cerca de US$ 57 milhões de investidores de risco, e tem uma avaliação de mercado de US$ 300 milhões.
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