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01 setembro 2015

DE UM VOO DE ÁGUIA A UM VOO DE GALINHA

No encerramento do mês de agosto, o povo brasileiro e o resto do mundo tomaram conhecimento que o Brasil entrou em recessão, com a queda de 1,9% do PIB no último trimestre. Começará, hoje, o mês de setembro com a notícia de que o País quebrou.

O governo entregou nesta segunda-feira, 31/08/2015, ao Congresso Nacional o projeto de lei orçamentária para  2016. Pela primeira vez, desde a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a proposta foi encaminhada prevendo um déficit orçamentário. A receita esperada é de R$ 1,180 trilhão e as despesas previstas chegam a R$ 1,210 trilhão. São, portanto, R$30 bilhões de rombo fiscal.

A perplexidade e as repercussões negativas dessa notícia logo foram sentidas no mercado financeiro, no Congresso Nacional e nos demais segmentos da sociedade. Afinal não é pra menos, pois, com todas as letras, o governo declarou que está falido. Com atraso de mais de três anos, o poder executivo não mais recorreu as pedaladas fiscais e admitiu que uma questão fiscal, não uma crise externa, atingiu o País.

Para piorar esse quadro, em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer declarou que o governo ainda não tem uma estratégia para equacionar o déficit. Foi sincero, pois se sabe que tudo o mais que é preciso para o País retomar o seu desenvolvimento é desconhecido do Palácio do Planalto e de suas adjacências. Nem a arquitetura da tão propalada ponte que o ministro da fazenda diz ser necessária para que se processe a travessia do atual modelo econômico para um mais eficiente se tornou conhecida.

Conhecemos, isto sim, um País com inflação e juros altos, carga tributária elevada, a maior entre os países emergentes, empresas industriais e do varejo fechando as portas, greves no setor público e no privado e o desemprego em aceleração, já sendo contabilizados que a cada 4 minutos surge no Brasil mais um desempregado.

Pois bem. Isso ocorre após decorridos apenas dez meses da última eleição presidencial, na qual, em sua campanha eleitoral, a presidente Dilma Roussef afirmava que a economia do Brasil voava alto como uma águia. Em mais uma prova de seu estelionato eleitoral, a presidente nos mostra agora que, na realidade, o País estava e continuará voando baixo como uma galinha.


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