Na contramão do que afirmam seus líderes, a "Ponte para o Futuro", denominação dada ao documento produzido pelo MDB (antigo PMDB) para chegar ao poder, não obteve os resultados esperados e tudo piorou a partir do momento em que se ouviu do presidente da República, nos subterrâneos do Palácio Jaburu, a famosa frase "Tem que manter isso ai, viu".
Pois bem. Mais do que levar o País para o futuro, a Ponte tem levado o Brasil para o abismo envolto num mar de corrupção, desmentindo os discursos proferidos durante as comemorações do aniversário de dois anos de ocupação do Palácio do Planalto.
Mas o que esperar dessas lideranças que estão ocupando (ou ocuparam) postos e cargos públicos e que, em sua maioria, são citadas, investigadas, denunciadas e, algumas delas, já até presas por corrupção ?
Na política não acontecem milagres. É 100% verdade que nela não encontraremos nenhum santo. O DNA dos políticos do partido, e de outros também, é o de lutarem por cargos em ministérios e secretarias não porque tenham conhecimento da área, mas porque os órgãos têm verbas, principalmente aquelas destinadas à obras que não acabam nunca, ricas em renovação de contratos e em superfaturamentos.
Esse recado é passado quotidianamente pelas pesquisas de opinião e que também já decretaram que Temer é um ex-presidente da República no exercício da Presidência, enfraquecido por denúncias de corrupção, redução do apoio político no Congresso e fraco comando administrativo do governo. A ministros mais íntimos, Temer admite que o governo vive momento dramático.
Para os cidadãos brasileiros, o mais sensato, neste momento, seria o MDB pedir desculpas à Nação pelo legado deixado em seus mais de trinta anos no poder.
Jamais o partido poderá apagar um rastro rico em acrobacias econômicas e negociatas, incluindo-se aí os acertos, ainda em 2002, para a eleição do ex-presidente Lula e sua participação nos governos do PT.
(i) Galhofa no velório. Temer, chefe de um governo morto e insepulto, adotou a galhofa como tom em mais um velório: em pronunciamento pela TV à Nação.
(ii) Maia critica uso das Forças Armadas: "Resposta de governo fraco".
(iii) Governadores criticam gestão Temer contra ato de caminhoneiros
(iv) A ministros, Temer admite que o governo vive momento dramático
(Autor desconhecido)
Atualizado em 28/05/2018, às 20:39 horas.
"Uma sociedade não funciona bem e uma democracia se torna disfuncional quando cidadãos sentem que o sistema é viciado e que alguns poucos têm acesso a privilégios." Passados mais de 30 anos de sua redemocratização, o Brasil é o exemplo perfeito dessa afirmação, sob qualquer ângulo que se queira observar: da política, da educação, da saúde, da segurança, da mobilidade, etc.
A disfuncionalidade registrada no nosso sistema político, é oriunda do domínio de ferro das oligarquias que se faz presente desde a Primeira República. Mudam os nomes, mas não mudam nem a lógica, nem a prática. Nos tempos mais recentes, é exercida pelos partidos da chamada velha política, onde o presidencialismo de cooptação e o capitalismo de compadrio deitam e rolam, nadam de braçada.
Como resultado, reina no País uma enorme desigualdade entre os seus habitantes, que atingiram níveis inaceitáveis, são uma ameaça concreta à democracia e a convivência civilizada. E, com esse sistema, no qual menos de 1% da população controla o País, a Nação não terá nem estabilidade política e nem crescimento econômico duradouro.
Não há soluções fáceis, mas uma delas está na necessidade de que os políticos velhos abram espaço para a participação de novos partidos e de novos nomes no debate público.
As eleições de 2018 estão se aproximando. De forma pragmática, parece não haver nenhuma dúvida de que a velha política, minada pela corrupção, insensível às necessidades e demandas das pessoas comuns, continuará dominando e sendo dominada pelo poder econômico e os eleitores permanecendo em segundo plano.
Portanto, entre as opções disponíveis, não será surpresa se o número de votos nulos, brancos, como também o de eleitores ausentes, nas próximas eleições, seja elevado, conforme vão demonstrando as pesquisas de opinião. Tais números, por si só, já representam uma rejeição à velha política.
Uma outra opção, é o eleitor não votar nem em candidatos e nem em partidos da velha política, na busca pela (re)construção de confiança entre o eleitor e um novo poder, rejeitando aqueles que estiveram no poder nos últimos trinta anos.
RENOVAÇÃO JÁ !