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06 setembro 2025

7 anos

 


    Hoje o Brasil relembra 7 anos da facada sofrida por Bolsonaro em Juiz de Fora. Este atentado consolidou um deputado até então considerado de "baixo clero" como candidato antissistema. Até hoje, Bolsonaro ainda enfrenta complicações de saúde mas se consolidou como a principal liderança da direita brasileira. Contudo, o Sistema continuou a atacá-lo covardemente tal qual o fez na cidade mineira.

     Foram 7 anos de tentativas do Sistema para, no mínimo, desmobilizá-lo e impedí-lo de novamente assumir a Presidência da República. Tiveram sucesso em 2002. Agora, em 2025, Bolsonaro é réu no STF, acusado de tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.

    Na manhã desta última terça-feira (2/9), o STF começou a escrever como o Sistema tomou conta do Brasil. A pior composição possível do STF decidiu armar um teatro para julgar um crime que não aconteceu: o golpe de 8 de janeiro de 2023. O país assistiu a um espetáculo de mau gosto — e as leis foram pisoteadas.

    Com um conjunto probatório vazio, os advogados dos réus mostraram não haver provas. "A acusação é uma narrativa e não se pode condenar alguém com base numa narrativa." Além de não haver provas o processo como um todo é recheado de ilegalidades e não atende as normas jurídicas do País. Portanto, deve ser anulado, posição esta defendida pelos defensores dos réus e também por milhares de advogados em todo o País. Como ir adiante com tudo o que já se expôs no processo e durante o julgamento? não, não há como se ir adiante. Não sob a lógica do Direito Penal Brasileiro. A volta aos caminhos da legalidade impõe a anulação de tudo.

    Para completar, em paralelo a ocorrência do julgamento, se viu o depoimento à Comissão do Senado, de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes. As revelações e fatos de como tem se dado a atuação do STF na era “alexandrina”, o modo persecutório, o cerceamento à defesa e a instrumentalização de órgãos de Estado já são mais do que suficientes para paralisar e anular todo o julgamento atual, porque o que estamos vivendo não pode continuar.

04 setembro 2025

Contrato do Exército americano com start up dará IA aos soldados no campo de batalha


    A história registra que as guerras foram eventos que sempre estiveram acompanhados do avanço tecnológico. Desde a substituição dos cavalos por veículos automotores e suas respectivas armas até a bomba atômica, o ápice da Segunda Guerra Mundial.

    De lá para cá nada mudou e os regimes totalitários têm utilizado datas significativas para exibirem seu potencial em armas cada vez mais avançado e sofisticado como ocorreu esta semana em Pequim. O evento que reuniu os principais ditadores do mundo e seus apoiadores de outros países incluindo o Brasil. Lá estiveram presentes Dilma Rousseff e Celso Amorim.




    O Brasil virou chacota na diplomacia internacional. Nunca estivemos num buraco tão obscuro! A mídia tentou vender a imagem de um “desfile de líderes mundiais”, mas a realidade foi escancarada: não eram líderes, eram ditadores de regimes autoritários.

    Mas vamos retomar o tema do título deste post e, desde já, não é difícil dissociá-lo das palavras guerra e avanço tecnológico. Em artigo anterior falamos dos motores da IA e suas oportunidades e desafios para sua instalação sem mencionar guerras.

    Aqui, entretanto, o texto abaixo referindo-se ao avanço tecnológico está diretamente vinculado ao uso de IA por forças militares sem a utilização de data centers.

    A inovação está no uso da IA processada diretamente nos laptops, smartphones e drones dos soldados, eliminando a necessidade de uma conexão estável com a nuvem e/ou data centers. A aplicação de IA equipa os soldados com a capacidade de identificar rapidamente ameaças inimigas, como um local de lançamento de drones ou uma posição oculta de tropas, e o contexto necessário para decidir como responder sem depender de analistas a quilômetros de distância. A infantaria usará o software para identificar drones e outras ameaças, mesmo quando os sinais estão bloqueados.

    Soldados americanos estão começando a carregar inteligência artificial nos bolsos e mochilas, resultado de um contrato de US$ 98,9 milhões entre o Exército dos EUA e uma startup de São Francisco. O contrato com a empresa TurbineOne reflete as duas realidades do campo de batalha moderno: drones e IA aceleraram a velocidade do combate a um ritmo alucinante, e o bloqueio onipresente de sinais dificulta o envio e o recebimento de dados nas linhas de frente.

    O software da TurbineOne faz parte dessa transformação, indica o apetite das Forças Armadas por tecnologia de startups novas e não comprovadas que possam ajudá-las a se preparar para conflitos futuros que dificilmente se assemelham a guerras anteriores.

    O campo de batalha moderno está repleto de drones — no céu, na água e em terra. Isso cria uma vigilância incessante e uma enxurrada de dados que os soldados precisam analisar, em segundos, para determinar as ameaças mais urgentes e como responder. O diretor de estratégia e transformação do Exército, disse que o objetivo da força é processar dados de 10 a 25 vezes mais rápido do que seus adversários, um parâmetro que considera crucial para a superioridade no campo de batalha.

    A IA do TurbineOne examina grandes conjuntos de dados de imagens infravermelhas, radar, sinais de rádio e outras fontes. Os soldados podem solicitar que ele detecte categorias gerais de ameaças, como qualquer drone aéreo, bem como ameaças específicas, como um tipo específico de tanque armado com armas específicas. Uma consulta retorna informações sobre a localização de ameaças relevantes e uma avaliação do risco que elas representam, enviando alertas constantes aos soldados e suas armas acionadas por software, como drones, com atualizações conforme o alvo se move ou muda. Segundo a start up, o TurbineOne reduz uma tarefa que poderia levar 20 horas para um ser humano, como classificar imagens de centenas de quilômetros quadrados de terreno, para 20 segundos.

    Ao optar por um software que processa todos os dados no dispositivo, o Exército americano está aprendendo uma lição da Ucrânia: as guerras serão travadas em um blecaute de comunicações, sem links de rádio e GPS, que são anulados pela proliferação de bloqueadores. Isso representa um distanciamento dos sistemas de IA baseados em nuvem comumente usados ​​pelos militares, mas que não são apenas ineficazes quando bloqueados, mas também potencialmente perigosos para o usuário, já que qualquer sinal pode ser usado para determinar a sua localização.

    O software TurbineOne pode implantar e coordenar enxames de drones, um recurso que tem sido usado por outras partes das Forças Armadas, além do contrato com o Exército. A empresa captou cerca de US$ 57 milhões de investidores de risco,  e tem uma avaliação de mercado de US$ 300 milhões.

02 setembro 2025

Os motores da IA. Como as nações podem enfrentar as oportunidades e os desafios?

    Nos EUA e no mundo, inclusive aqui no Brasil, trava-se uma disputa entre regiões, estados e municípios para sediarem esses motores.

    Contudo, os dados atuais, o que tem ocorrido até então, mostram que se as variáveis envolvidas no processo não forem bem avaliadas todo o investimento poderá ser perdido.

    Todos os envolvidos no processo, governos em todos os níveis, empresários e investidores, precisarão equilibrar uma gama complexa de custos e uma visão completa dos benefícios ao avaliarem suas estratégias de desenvolvimento de data centers.




    Os data centers representam a infraestrutura fundamental que alimenta os diversos serviços digitais dos quais indivíduos, empresas e governos dependem diariamente. Essa espinha dorsal da economia digital está pronta para um crescimento significativo à medida que a demanda por computação em nuvem e IA acelera. 

    Como sempre, é de lá, da nação mais poderosa do mundo, sob todos os sentidos, os EUA, que afloram as sinalizações decorrentes do avanço tecnológico. Os Estados Unidos já estão observando um aumento no interesse e no investimento dos denominados hiperescaladores e provedores que buscam construir data centers.

    Uma análise recentemente publicada mostra que, até 2030, as empresas investirão quase US$ 7 trilhões em investimentos de capital em infraestrutura de data centers no mundo. Mais de US$ 4 trilhões desse valor serão destinados a investimentos em hardware, com o restante destinado a áreas como imóveis e infraestrutura de energia. Mais de 40% desses gastos serão investidos nos Estados Unidos.


    Essa análise mostra também que, embora ainda haja muitas incógnitas sobre a trajetória de crescimento da IA ​​e a dinâmica econômica relacionada, a escala do investimento em IA pode impulsionar um crescimento significativo do PIB, criar milhares de empregos bem remunerados e estimular a inovação em diversos setores. No entanto, existem desafios significativos — desde as necessidades de infraestrutura até a reação negativa do consumidor — e os governos devem desenvolver uma visão clara dos verdadeiros custos e benefícios ao avaliarem suas estratégias.

    O crescente interesse no desenvolvimento de data centers reflete o significativo potencial econômico disponível. Também exige uma abordagem ponderada para avaliar os custos e benefícios.

    No Brasil há 162 data centers, segundo estimativas da Associação Brasileira de Data Center. A maior concentração está no Sudeste, com 110. Logo na sequência vem o Sul, que registra 27, depois o Nordeste, com 15. O Centro-Oeste tem 8, e o Norte, 2.

    Como se verá na matéria a seguir (de fontes diversas), o tema não fica restrito a área de tecnologia. Estende-se por temas como infraestrutura, pessoal técnico de muitas áreas e de vários níveis educacionais, pesquisa e inovação. 

    Boa leitura.

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Onde está o valor do data center


    Os governos que conseguem planejar, gerenciar e mitigar os riscos do crescimento dos data centers com eficácia podem liberar milhões, talvez até bilhões, de dólares em crescimento direto e indireto. Ao mesmo tempo, podem criar empregos bem remunerados e se estabelecer como polos líderes em infraestrutura digital.

    A Virgínia do Norte exemplifica como o planejamento estratégico pode alavancar o crescimento dos data centers. Ao investir em infraestrutura robusta, manter uma rede elétrica confiável e oferecer incentivos fiscais direcionados, a região responde por 13% da capacidade mundial de data centers. Ao mesmo tempo, mitigou riscos por meio de controles de zoneamento local e medidas de eficiência energética, tornando-se também um polo global de infraestrutura digital que resultou em bilhões em produção econômica apoiada.

    Análises do Conselho de Tecnologia da Virgínia do Norte e da Comissão Conjunta de Auditoria e Revisão Legislativa sugerem que o investimento em data centers pode gerar valor para os estados de quatro maneiras principais (observe que as circunstâncias específicas de cada estado afetarão o potencial):

  • Crescimento econômico. O investimento em data centers pode impulsionar o crescimento do PIB, criar milhares de empregos bem remunerados e estimular a inovação em diversos setores. Com base em um estudo do Conselho de Tecnologia da Virgínia do Norte, o estado da Virgínia gerou cerca de US$ 31 bilhões em produção econômica apoiada com a construção e operação de data centers em 2023, bem como serviços de apoio, com benefícios significativos para os governos estaduais e locais em termos de impostos arrecadados.
  • Empregos e qualificações. Um grande data center típico (com cerca de 23.000 metros quadrados, por exemplo) pode empregar até 1.500 trabalhadores no local durante a fase de construção, exigindo uma equipe de desenvolvedores, operadores de equipamentos, operários da construção civil, eletricistas e técnicos, muitos dos quais ganham salários acima de US$ 100.000 por ano (sem incluir horas extras). Muitos desses empregos não exigem diploma universitário. Para operações em estado estável, mais de 50 empregos podem ser criados (por exemplo, gerentes de instalações, engenheiros, técnicos e equipe de manutenção de instalações). Além disso, para cada emprego dentro de um data center, estima-se que 3,5 empregos extras sejam criados na economia local (por exemplo, por meio de atualizações na infraestrutura de suporte).
  • Crescimento intersetorial. Os data centers podem atuar como catalisadores para setores tangenciais, como energia, telecomunicações, serviços em nuvem, software e manufatura, estimulando o desenvolvimento de elementos adicionais da cadeia de valor do data center. O boom de data centers no norte da Virgínia, por exemplo, aumentou a demanda por energia, levando a Dominion Energy a construir novas subestações e linhas de transmissão (como, por exemplo, o projeto de subestação na área de Haymarket). O crescimento de data centers nos condados de Loudoun e Prince William, na Virgínia, frequentemente chamado de Data Center Alley, levou a um boom no mercado imobiliário.
  • Inovação. As demandas tecnológicas dos data centers podem ajudar a estimular a pesquisa e a inovação. As demandas de energia dos data centers estão impulsionando a inovação em soluções de energia verde e sustentável, como células de combustível, energia solar e pequenos reatores modulares. Com o crescimento da modularização de data centers, a construção pode ser mais rápida e sustentável do que os métodos tradicionais.


Crescimento da demanda e mudanças em data centers


    A análise mostra que a demanda global por capacidade de data centers pode mais que triplicar até 2030, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de cerca de 22%. Nos Estados Unidos, a demanda por data centers pode crescer de 20% a 25% ao ano no mesmo período.

    Cerca de 70% da demanda projetada para 2030 virá de hiperescaladores (como AWS, Google Cloud e Azure), uma tendência já evidente nos recentes anúncios de parcerias entre gigantes da tecnologia e vários estados dos EUA para investir bilhões na construção de data centers de grande porte. Os hiperescaladores estão trabalhando na construção de grandes campi para capturar o valor da computação colocalizada (colocated compute), resultando em locais que frequentemente cobrem centenas de hectares.


Quatro tendências serão os principais impulsionadores dessa demanda:

  • Crescimento da IA ​​e da computação de alto desempenho. A rápida evolução da tecnologia de IA resultou no desenvolvimento de grandes modelos de linguagem com recursos avançados de raciocínio (por exemplo, o GPT-4/5 da OpenAI) que são computacionalmente mais intensos do que as versões anteriores. Estima-se que a demanda liderada pela IA Gen-AI seja de cerca de 40% até 2030.
  • O crescimento contínuo da migração para a nuvem e do software como serviço. A demanda por data centers nos Estados Unidos, proveniente da nuvem e de outros fatores não relacionados à IA, deverá crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 16% até 2023.
  • A crescente digitalização dos serviços públicos. Prever-se um aumento nos serviços digitalizados em áreas como saúde, Departamento de Trânsito e identificação digital para residentes.
  • Aceleração das tendências tecnológicas. Tendências como a Internet das Coisas e a implementação de redes 5G impulsionarão necessidades tecnológicas adicionais, como a computação de ponta.
    A crescente demanda está criando desafios de capacidade para os mercados primários, que já estão saturados de data centers. Um relatório recente da imobiliária CBRE mostra taxas de vacância recordes de 1,9% nos mercados primários de data centers em 2024. Por esse motivo, os hiperescaladores estão se voltando para mercados secundários, de alto potencial e emergentes.


Uma análise mais aprofundada das compensações


    A rápida expansão da capacidade dos data centers traz desafios significativos, especialmente para a infraestrutura pública. Os estados precisarão considerar cuidadosamente o seguinte:
  • Dificuldades no fornecimento de energia. Espera-se que as necessidades de energia dos data centers nos Estados Unidos adicionem cerca de 460 terawatts-hora à demanda até 2030, três vezes o nível atual de consumo. Essa nova carga substancial nas redes regionais, especialmente em zonas com restrições, exigirá novas construções de fornecimento e expansão incremental da transmissão. Os cronogramas para o desenvolvimento dessa infraestrutura podem ser desafiadores para atender ao ritmo acelerado das demandas dos data centers. Além disso, a North American Electric Reliability Corporation prevê baixas margens de reserva e potenciais déficits de fornecimento em muitas regiões. Em alguns casos, a demanda incremental também está aumentando a tensão nas metas estaduais de descarbonização, complicando os esforços para equilibrar o crescimento com a sustentabilidade.
  • Escassez de água. Os data centers precisam de muita água, o que pode sobrecarregar o abastecimento local. Um relatório recente da WestWater Research prevê que o consumo de água relacionado a data centers nos Estados Unidos deverá aumentar em 170% até 2030. Embora existam configurações de resfriamento de locais que dependem menos de água, elas exigem substancialmente mais energia e envolvem tecnologias menos consolidadas. Além disso, novas usinas de energia — especialmente usinas térmicas — que entram em operação para dar suporte a data centers têm suas próprias demandas significativas de água para resfriamento. Por exemplo, a prefeitura de Mesa, Arizona, propensa à seca, enfrentou grande resistência da comunidade quando aprovou a construção de um data center em hiperescala que requer mais de um milhão de galões de água por dia.
  • Gargalos de recursos. A implantação de um data center exige recursos significativos de terra, mão de obra e equipamentos, que podem ser difíceis de obter em estados que já utilizam esses recursos. Encontrar talentos treinados especificamente para data centers e infraestrutura de energia associada pode ser um desafio quando esses profissionais realizam outros trabalhos de instalação elétrica e mecânica. Essas restrições de recursos podem ter um grande impacto na conclusão oportuna e na eficiência operacional de novos projetos de data center.
  • Custos de oportunidade. Comprometer terras e recursos em projetos de longo prazo e de capital intensivo, como data centers, pode acarretar custos de oportunidade significativos. Existe o risco de excluir outros investimentos de alto impacto — como manufatura, desenvolvimento residencial e urbano — bem como capital para a construção de infraestrutura de transporte, como estradas. Além disso, os incentivos fiscais concedidos a empresas de data centers podem anular quaisquer ganhos, reforçando o argumento do custo de oportunidade.
  • Risco de projetos arquivados. Apesar de todo o investimento, alguns hiperescaladores recuaram ou suspenderam alguns de seus compromissos com a construção de data centers de grande porte. Isso pode ser resultado de vários fatores, incluindo incerteza econômica, restrições de energia, atrasos em projetos de construção ou potencial excesso de oferta de capacidade. Além disso, as cargas de trabalho de IA e aprendizado de máquina estão impulsionando a demanda por projetos especializados de data centers, exigindo que os hiperescaladores reconsiderem os planos existentes. Todos esses fatores combinados destacam a complexidade da previsão precisa da demanda a médio e longo prazo. Por esse motivo, é importante planejar desde o início do processo mecanismos que compartilhem a responsabilidade por projetos inacabados.
  • Reação negativa do consumidor. Os desafios listados aqui têm o potencial de gerar objeções dos consumidores ao desenvolvimento de data centers. Os governos terão que ponderar os custos e benefícios e, se prosseguirem, também ser proativos na comunicação dos benefícios às suas comunidades (como a criação de empregos além daqueles que trabalham nos próprios data centers).


    Cada estado precisará equilibrar os benefícios econômicos com seus custos específicos. Entender onde os benefícios econômicos atingem o ponto decrescente dos retornos marginais é um exercício analítico e estratégico. Ohio tem se apoiado em planejamento antecipado e parcerias público-privadas bem pensadas para tentar navegar por essas compensações, com algum sucesso. Ao longo de mais de uma década, Ohio quadruplicou sua capacidade de data center, e a Amazon Web Services anunciou recentemente um acréscimo de US$ 1 bilhão a uma expansão de US$ 10 bilhões em investimentos em data center em Ohio, estimada anteriormente.

    O governo, agências de desenvolvimento econômico, concessionárias de serviços públicos e grandes empresas de tecnologia se uniram em um forte programa de incentivos, investimentos em infraestrutura, treinamento de força de trabalho e programas de energia renovável. Ohio, por exemplo, ofereceu isenções parciais ou totais de impostos sobre vendas para empresas que fazem investimentos significativos em data centers (embora isso tenha gerado oposição pública). Alguns governos locais no estado também forneceram abatimentos de longo prazo no imposto predial.

    Para fornecer suporte de infraestrutura, a American Electric Power (AEP), que atende a região central de Ohio, iniciou uma ampla expansão de transmissão e estruturas de tarifas especiais para data centers. A parceria estratégica de US$ 2,82 bilhões da AEP planeja financiar milhares de quilômetros de novas linhas de transmissão em Ohio e estados vizinhos. Em novembro de 2024, a AEP anunciou planos para implantar até um gigawatt de células de combustível de óxido sólido da Bloom Energy em data centers — um acordo que visa fornecer energia de reserva imediata enquanto a rede é expandida.

    Para fortalecer as habilidades da força de trabalho local, Ohio firmou parcerias com organizações privadas para estabelecer iniciativas de treinamento, como o Programa STAR (Skilled Trades and Readiness) e programas de certificação de técnicos de data center oferecidos por hiperescaladores.

Dez conjuntos de perguntas para uma estratégia de data center vencedora


    Os estados precisarão abordar inúmeras considerações e planos ao construir ou expandir seus esforços de data center. Responder às seguintes perguntas pode ajudar a esclarecer seu caminho a seguir:

  • Tendências do setor. Como serão os próximos cinco a dez anos de crescimento dos data centers? Quais players estão investindo e quais tecnologias estão impulsionando esse investimento? Como as necessidades de data centers evoluirão no futuro para construção, manutenção e reforma?
  • Adequação estratégica. Como os data centers se alinham com os objetivos econômicos mais amplos do estado, como o desenvolvimento rural, o estabelecimento de um corredor de semicondutores ou a concretização da visão de um centro tecnológico?
  • Modelos de parceria. Quais são os incentivos, mecanismos de coinvestimento e estruturas de governança adequados para garantir o sucesso? Como a parceria de investimento deve ser estruturada para atingir os objetivos econômicos estratégicos do estado, como o desenvolvimento rural e o crescimento empreendedor de pequenas e médias empresas?
  • Estratégia de localização. Onde existem zonas de data center prontas para construção ou potenciais, com infraestrutura adequada e alinhamento com a comunidade? Como os locais de data centers existentes influenciam essas possíveis localizações futuras, de modo que o estado possa otimizar o uso de recursos, aumentar o apoio da comunidade e garantir o desenvolvimento equitativo em diferentes partes do estado, levando, em última análise, a construções mais sustentáveis ​​e bem-sucedidas?
  • Administração responsável dos recursos locais. Quais são os limites de capacidade de energia, água e terra que podem sustentar de forma sustentável o crescimento dos data centers? Quão perto o estado está de atingir esses limites?
  • Oportunidades intersetoriais. Que outras oportunidades podem existir para o crescimento de setores relacionados, como energia, gestão sustentável de recursos, equipamentos de refrigeração e telecomunicações?
  • Modelo econômico integrado. Como tem sido o modelo econômico para o crescimento de data centers até o momento? Quais são os (outros) benefícios projetados (como empregos, impostos e crescimento) e os riscos (por exemplo, custos de serviços públicos e impacto ambiental)? Os incentivos fiscais estão compensando os ganhos a ponto de investimentos adicionais em data centers não serem mais benéficos para o estado?
  • Estratégia de investimento. Como os estados devem planejar seus investimentos? Quais outras partes ou parceiros, como energia, serviços públicos e outros players do setor, também precisam investir? Qual é a estratégia de mão de obra mais adequada durante as fases de construção e manutenção para garantir a disponibilidade de uma força de trabalho qualificada e minimizar atrasos?
  • Plano de engajamento comunitário. Como os estados podem engajar as comunidades locais para garantir o alinhamento com suas necessidades e prioridades? Existe comunicação transparente sobre os benefícios e potenciais impactos dos projetos de data centers? Quais estratégias estão em vigor para envolver as partes interessadas locais nos processos de tomada de decisão, abordar preocupações e construir confiança? Como criar oportunidades para o desenvolvimento da força de trabalho local, a participação de pequenas empresas e o investimento comunitário para garantir que o crescimento dos data centers se traduza em benefícios tangíveis para as comunidades vizinhas?
  • Gestão de riscos de projetos inacabados e ativos ociosos. Como os estados e as concessionárias de serviços públicos podem mitigar o risco de ativos ociosos se o crescimento projetado na capacidade dos data centers não se concretizar? Os investimentos em infraestrutura devem ser escalonados, condicionais ou diversificados para equilibrar a urgência da expansão da capacidade com a incerteza da demanda a longo prazo?

    31 agosto 2025

    Força-Tarefa Naval dos EUA cresce em preparação para a invasão da Venezuela?

        Um sinal claro: a campanha contra Maduro e a Venezuela está se acelerando.

        O USS Lake Erie (CG-70), após atravessar o canal do Panamá, agora se juntou à frota americana em expansão no Caribe.



        Oito navios de guerra americanos, incluindo o USS Iwo Jima, o USS San Antonio e o USS Newport News, estão destacados na área de operações do SOUTHCOM. Nenhum presidente jamais enviou uma frota tão grande para outro país da América do Sul na história moderna. O governo dos EUA atualizou o gráfico de navios ao largo da costa venezuelana. Agora são 8 embarcações de superfície e 1 submarino nuclear.




        A Venezuela colocou todas as forças militares em alerta máximo e enviou tropas para a costa e fronteira com a Colômbia. A Venezuela também alertou suas pequenas forças de defesa aérea, caso os EUA lancem mísseis de cruzeiro Tomahawk.

        Os três filhos de Maduro desembarcaram na Nicarágua, onde não há extradição para os Estados Unidos.



    PS.: Em atualização

    Quando os resultados das medidas da esquerda batem na porta

        Mais imposto. Menos consumo. Mais crise. E, como sempre, quem mais sofre é a classe mais humilde. Onde há liberdade de mercado, há progresso; onde há opressão estatal, sobra só miséria compartilhada.

        Dados mostram que 14 milhões de brasileiros, principalmente das classes C, D e E, deixaram de comprar em sites estrangeiros após a nova taxação — uma queda de 35%. Enquanto isso, para as classes A e B a retração foi de apenas 11%, mostrando o peso desigual da medida.



        No capitalismo, o empresário cria, arrisca e gera empregos. A livre competição garante melhores produtos, melhores salários e oportunidades. Já no comunismo, é o Estado quem controla tudo: distribui a miséria, elimina a concorrência e impõe a igualdade da pobreza controlada, a falta de competição que gera a miséria e a opressão compartilhadas.

        Asfixiar a criatividade e a liberdade pode custar muito caro. Esta é uma das mensagens mais fortes que o romance filosófico de Ayn Rand, "A revolta de Atlas",  escrito em 1957, mas atual como nunca nos traz. A obra coloca de forma clara e transparente o conflito entre o Estado e a iniciativa privada, uma realidade muito atual na sociedade brasileira, que nos trouxe de volta a ameaça de um governo totalitário, controlador, pesado, burocrático e opressor, seguido ao pé da letra pelos países que compõem o Foro de São Paulo.

        E por falar em Foro de São Paulo, as explicações de Lió de Agimiro são especialmente importantes para os jovens do Brasil, país que já sofreu algumas tentativas de destruição do capitalismo e de nossa democracia, através de siglas partidárias, ou não, que tentaram implantar regimes baseados em alguns desses conceitos. O último deles,  - o PT - usando o conteúdo do Foro de São Paulo, criado em 1990 por Fidel Castro e Lula. Confira-as aqui.



    A que ponto nós chegamos. Até onde o Brasil chegou


         Ontem (30/08/2025) completou um mês de aplicação da Lei Magnitsky para o ministro Alexandre de Moraes. A que ponto nós chegamos. Até onde o Brasil chegou. O Supremo Tribunal Federal do Brasil tem hoje em seu colegiado de ministros um violador de direitos humanos. Este é o nível de gravidade da situação. É um grande estrago o que Moraes fez com a nossa República.

        Pelas notícias da imprensa tradicional, podemos perceber que Moraes continua seu jogo de chantagens sobre outros juízes, políticos e até mesmo jornalistas, mas não percebe que ele acabou de cair no abismo da vergonha e da desonra e incapaz de admitir os próprios erros.

        E Morares vai além disso. Ele com certeza acha que poderá reverter a Lei Magnitsky. Até hoje, ninguém conseguiu anular a aplicação desta lei em sua vida, supostamente achando que pode, como se isso fosse unicamente decisão política do presidente dos Estados Unidos. Ora, para que cada indivíduo seja sancionado, uma documentação gigantesca precisa ser levantada para assim, haver provas robustas de que o sancionado seja flagrado como um violador de direitos humanos. 

        Diante do mundo inteiro, a imagem de Alexandre de Moraes é esta: um violador de direitos humanos. O nome dele está na mesma lista que contém terroristas, torturadores, sequestradores e demais criminosos contra a humanidade. 

        Mesmo que Moraes venha a sofrer impeachment e seja até preso algum dia, o estrago que ele já fez na nossa República, até agora, já é grande demais, inclusive corroendo relações diplomáticas seculares.

    *. *. *

        Neste vídeo, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança faz um alerta do tamanho do cenário desenhado pelo STF juntamente com membros de outros poderes, cujo objetivo não é ganhar eleições mas tomar o poder com já aconteceu em outros países totalitários.






    O Império Romano caiu, mas sua engenharia continua de pé

        A Cloaca Máxima é um dos maiores testemunhos da genialidade romana — um sistema de drenagem construído há mais de 2.600 anos e que, pasme, ainda funciona em partes de Roma até hoje.

        Erguida por volta do século VI a.C., sob o reinado de Tarquínio Prisco, nasceu como um canal aberto para drenar pântanos e evitar enchentes na região do Fórum Romano. Com o tempo, ganhou abóbadas de pedra e se tornou um verdadeiro esgoto subterrâneo, conectado a praças, banhos públicos e até aquedutos.
        No século I a.C., Marco Vipsânio Agripa supervisionou uma grande reforma, ampliando sua rede. Desde então, a Cloaca Máxima atravessa a história como símbolo de engenharia, resistência e até religiosidade, sendo considerada quase sagrada pelos romanos.
        Hoje, seus túneis de pedra ainda conduzem águas pluviais rumo ao rio Tibre, lembrando ao mundo que Roma soube, desde cedo, dominar a arte de moldar a cidade com inteligência e durabilidade.
        Uma obra que prova: o Império caiu, mas sua engenharia continua de pé.





    30 agosto 2025

    Reconstrução da República. A revelação de que o STF tem uma polícia secreta talvez seja a gota d'água


        Felizmente aumentaram as manifestações - alertas - sobre o tema acima. Cresceu o número de postagens nas redes sociais nesse sentido. Não há mais dúvida sobre o avançado grau de desmoronamento atingido pela república brasileira, desde 2019, quando foi instaurado o "Processo Fim do Mundo", assim denominado pelo ex-ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello, para descrever a investigação do STF por meio de um inquérito de ofício. De lá para cá a destruição dos princípios básicos da República se acentuou e eles, os três poderes harmônicos e independentes, deixaram de existir de acordo com o previsto na Constituição Federal do País. Parece, contudo, que ações para a sua reconstrução já começaram a acontecer e outras estão a caminho.

        A revelação de que o STF tem uma polícia secreta talvez seja a gota d'água. A notícia da existência e o funcionamento do gabinete do ódio de Alexandre Moraes, o "Big Brother do Supremo", ganhou o mundo.



       






    O estado de exceção exposto ao mundo: New York Times (29/08/2025)

    Brazil’s Democratic Quandary: How to Prosecute a President

    Jair Bolsonaro, Brazil’s former president, is heading to trial. But his path there has stirred concern that the judiciary has overstepped its bounds.

    - “𝑂 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑀𝑜𝑟𝑎𝑒𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑜𝑢 𝑏𝑎𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠, 𝑐𝑒𝑛𝑠𝑢𝑟𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑜𝑛𝑙𝑖𝑛𝑒, 𝑏𝑙𝑜𝑞𝑢𝑒𝑜𝑢 𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑒, 𝑒𝑚 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑛𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠, 𝑝𝑟𝑒𝑛𝑑𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚 𝑗𝑢𝑙𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.”

    - “𝑁𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜, 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚𝑎𝑠 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠, 𝑗𝑢𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑏𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑀𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝑇𝐹, 𝐴𝑙𝑒𝑥𝑎𝑛𝑑𝑟𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑎𝑒𝑠, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑜𝑓𝑟𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑠𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 (𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑢𝑎𝑠 𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠) 𝑒 𝑠𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑠𝑜𝑢 𝑎 𝑎𝑏𝑟𝑖𝑟 𝑚𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠...” / “𝑆𝑒𝑟𝑎́ 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑒́ 𝑢𝑚𝑎 𝑟𝑒𝑣𝑖𝑟𝑎𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑔𝑜𝑠𝑎 𝑒 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑡𝑎́𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑎𝑙𝑡𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙?”

    - “𝑇𝑟𝑒̂𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑆𝑢𝑝𝑟𝑒𝑚𝑜 𝑇𝑟𝑖𝑏𝑢𝑛𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎̃𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑢 𝑗𝑢𝑙𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑡𝑎𝑟 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜... 𝑜 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖 𝑜 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑀𝑜𝑟𝑎𝑒𝑠; 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑒𝑥-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑖𝑐̧𝑎 𝑑𝑜 𝑆𝑟. 𝐿𝑢𝑙𝑎 𝑒 𝑢𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑒𝑥-𝑎𝑑𝑣𝑜𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑆𝑟. 𝐿𝑢𝑙𝑎.”


    28 agosto 2025

    O Brasil lulista é extremamente tóxico

     


        Um fiasco a delegação brasileira, que inclui o Alckmin, está no México para negociar acordos comerciais. O resultado? Um vexame nacional: o país vizinho descartou qualquer possibilidade de acordo de livre-comércio com o Brasil. A Presidente do México é quem acaba de dizer que não pensa em acordo de livre comércio com o Brasil.





        Como mostra a imagem acima, há exatos 10 dias a Embaixada dos EUA no Brasil fez declaração similar ao alertar pessoas que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados.

        Os exemplos mais substantivos são derivados de posicionamentos do governo Lula no plano internacional, como consequência de seus reiterados apoios aos países detentores de regimes ditatoriais em todos os continentes. Seguem cinco casos diplomáticos e declarações polêmicas:

    1. Comparação das ações de Israel na Faixa de Gaza com o nazismo

    Em fevereiro de 2024, em declarações feitas na Etiópia, o presidente Lula comparou o sistema de resposta de Israel na Faixa de Gaza ao nazismo e a Adolf Hitler. O primeiro-ministro de Israel reagiu considerando Lula persona non grata.

    2. Polêmica envolvendo Cuba

    Lula enfatizou que o embargo americano a Cuba seria o verdadeiro problema, sugerindo que isso deveria ser mais denunciado do que a repressão interna naquele país.

    3. Atitude em relação à Venezuela e à Nicarágua

    Lula tentou amenizar críticas da OEA ao governo de Daniel Ortega, da Nicarágua, recebendo duras críticas – o ex‑embaixador nicaraguense Arturo McFields classificou como “vergonhoso” a postura de Lula. A posição a favor de Maduro – considerando as alegações de fraude na reeleição – também gerou forte desconforto regional.

    4. Envolvimento com navios de guerra iranianos

    Em fevereiro de 2023, o governo permitiu que dois navios de guerra iranianos atracarem no Rio de Janeiro; a Casa Branca e senadores dos EUA criticaram, afirmando que tais embarcações já teriam envolvimento com atividades terroristas.

    5. Posição ambígua no conflito Rússia-Ucrânia

    Lula fez declarações controversas, responsabilizando Zelensky tanto quanto Putin pela guerra e sugerindo que a Ucrânia deveria ceder a Crimeia para alcançar a paz. Essas colocações foram qualificadas como eco da propaganda russa e chinesa por autoridades americanas.

        A frase do título deste post, o seu conceito, já se tornou um bordão. E pelo andar da carruagem esse entendimento tende a se acentuar até o final desse governo.



    24 agosto 2025

    COP30 - O vexame brasileiro continua


        Quantos bilhões o contribuinte brasileiro já enfiou na COP30 para sermos ridicularizados perante o Mundo? O que a empresa contratada por meio bilhão para organizar a COP está fazendo com toda essa dinheirama? Durante esta última semana, o representante do Panamá para a Cop30 publicou um texto após mais uma reunião infrutífera com o Brasil sobre os preços exorbitantes em Belém do Pará: “nossas palavras parecem entrar por um ouvido e sair pelo outro”. É revoltante ver nossa diplomacia responsável recebendo esse esculacho público como o citado a seguir. 


    *.  *.  *
    “Estou completamente perplexo e, francamente, confuso que, pela terceira vez neste Bureau, todas as regiões do mundo tenham falado com uma só voz à Presidência brasileira que está assumindo, e ainda assim nossas palavras parecem entrar por um ouvido e sair pelo outro. Parece que estamos vivendo em uma realidade alternativa toda vez que participamos dessas reuniões. Não só isso, nosso tempo está sendo desperdiçado, e estamos sendo feitos de tolos. Mais de 70% das delegações não reservaram acomodação. Esse único número diz tudo: os arranjos atuais são impossíveis. As opções estão 200 a 400% acima do subsídio diário das Nações Unidas, e simplesmente não são viáveis. Isso não se trata apenas de quartos de hotel. Trata-se de saber se levamos a sério este processo internacional. Se nos respeitamos mutuamente. Se nos respeitamos a nós mesmos. No momento, não estamos fazendo nada disso. As delegações, em todas as regiões, estão sendo solicitadas a pagar taxas exorbitantes e não reembolsáveis sob pacotes rígidos que não podem ser modificados. As faturas devem ser pagas em três dias, independentemente dos processos de aprovação nacionais. As informações chegam de forma fragmentada, as delegações estão dispersas, a coordenação é impossível. Isso não é um simples contratempo logístico. Isso é insano e insultante. Uma pesquisa conduzida pelo Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU confirmou o que já sabíamos: o desconforto e a frustração são esmagadores. Como vice-presidente do Bureau, peço ao Secretariado que forneça aconselhamento formal e por escrito sobre alternativas e o processo pelo qual este Bureau pode solicitar formalmente à Presidência da COP a mudança da cidade-sede. Porque não podemos sediar uma COP em condições que excluem a participação e violam os princípios centrais do multilateralismo. Viemos aqui para construir confiança e soluções. Em vez disso, estamos recebendo desculpas e absurdos.”







    23 agosto 2025

    A Carta do Atlântico

        Em sua coluna semanal - Imagem da Semana - nesta data, 22/08/2025, a edição da Oeste nos presenteia com imagens de grande significado para a época em que as imagens ocorreram, e de maior importância ainda, o que elas representam para os dias atuais. Nelas é fácil se notar a ausência da liderança da URSS, Stálin, cuja cartilha adotada seguia os mesmos princípios dos demais regimes, nazismo e fascismo, envolvidos na Segunda Guerra Mundial. Não é difícil se concluir que por essa razão a Carta do Atlântico ainda se torna mais importante para o mundo de hoje, pois o comunismo não desapareceu com o final da Guerra e continua presente em algumas nações com pretensões, inclusive, de determinadas lideranças o implantarem no Brasil.

        A seguir, sem omissões, está reproduzida toda a matéria da Oeste. Boa leitura.

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    EDIÇÃO 284

    Imagem da Semana: Atlantic Charter

    Há 84 anos, encontro marítimo secreto entre Roosevelt e Churchill resultou em uma declaração com princípios em comum por um mundo mais justo e livre  

      

    DANIELA GIORNO 22 ago 2025 - 10h03 


    Churchill e Roosevelt no navio britânico, em 1941. Juntos redigiram a Carta do Atlântico | 

    Foto: Wikimedia Commons


        Na Baía de Placentia, em Terra Nova, ao longo de quatro dias a bordo do HMS N Na primeiro ministro da Inglaterra, Winston Churchill, elaboraram em conjunto uma curta declaração, com apenas 300 palavras, em resposta à situação geopolítica na Europa em meados de 1941. O documento, conhecido como Atlantic Charter (Carta do Atlântico), foi emitido no dia 14 de agosto de 1941.


    Roosevelt e Churchill (no canto superior esquerdo, sentados) assistem 

    a serviço religioso durante o encontro que resultou na Carta do Atlântico | 

    Foto: U.S Navy/National Archive


        A carta que redigiram foi visionária. Deixava publicamente clara a solidariedade americana aos ingleses na guerra, além da busca pela prosperidade e pela paz. Em linhas gerais, delinearam oito princípios que se comprometeriam a apoiar no mundo pós-guerra, com os seguintes objetivos em comum:


    1. Nenhuma das nações buscava ganho territorial.

    2. Não desejavam ajustes territoriais sem o livre consentimento dos povos envolvidos.

    3. Respeitavam o direito à autodeterminação dos povos. Queriam que os direitos de soberania e autogoverno, que foram privados deles à força, fossem restaurados.

    4. Barreiras comerciais devem ser excluídas. Acesso igualitário de todos os Estados ao comércio e às matérias-primas.

    5. Esperavam uma cooperação econômica global e avanço do bem-estar social.

    6. A garantia de se viver livre de medos, inseguranças e privações. Buscariam a paz depois da queda da tirania nazista.

    7. Os mares deveriam ser livres.

    8. Desarmamento das nações agressoras.


    Cópia editada por Churchill do rascunho final da 

    Carta do Atlântico, em agosto de 1941 | Foto: Domínio Público


    Carta do Atlântico publicada em 14 de agosto de 1941 | 

    Foto: Domínio Público



        Um dos trechos mais emblemáticos da Carta do Atlântico sustenta que todas as pessoas têm o direito de viver livre do medo e da miséria: “… após a destruição final da tirania nazista, [nós] esperamos ver estabelecida uma paz que proporcionará a todas as nações os meios de viver em segurança dentro de suas próprias fronteiras, e que dará a garantia de que todos os homens em todas as terras poderão viver suas vidas livres do medo e da miséria… a paz deve permitir que todos os homens atravessem os altos mares e oceanos sem obstáculos.”


        A Carta do Atlântico teve um peso significativo no mundo. Estabeleceu bases para uma ordem internacional pós-guerra, mas não surtiu o efeito esperado pelos líderes inglês e americano naquele momento. O ponto central era encorajar o povo americano a apoiar a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e se unir aos Aliados. A população estava resistente e a opinião pública só iria mudar depois do ataque japonês a Pearl Harbor, em dezembro de 1941.


        A Carta serviu mais tarde de inspiração para a formação de acordos e organizações internacionais como a ONU e influencia a política global até hoje.


    Churchill e Roosevelt no navio britânico, em 1941 | Foto: Wikimedia Commons