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11 dezembro 2025

Como Maria Corina fugiu da Venezuela para Oslo



Primeiro, Corina precisava sair do subúrbio de Caracas, onde estava escondida há um ano, e chegar a uma vila de pescadores no litoral, onde um pequeno barco a aguardava.

Ao longo de 10 horas angustiantes, Corina, usando peruca, e duas pessoas que a ajudavam a escapar passaram por 10 postos de controle militar, evitando a captura em todas as ocasiões, até que ela finalmente chegou à costa por volta da meia-noite.

Ela descansou por algumas horas antes da próxima etapa de sua jornada: uma perigosa travessia pelo Mar do Caribe até Curaçao. Ela e seus dois companheiros partiram em um típico barco de pesca de madeira às 5h da manhã, com ventos fortes e mar agitado dificultando a viagem.

A fuga que vinha sendo planejada há dois meses foi executada por uma rede venezuelana que já ajudou outras pessoas a fugirem do país. O grupo fez contato importante com as forças armadas dos EUA antes de partirem para o mar, alertando as tropas americanas na região sobre a presença dos ocupantes da embarcação para evitarem o tipo de ataque aéreo que atingiu mais de 20 embarcações semelhantes nos últimos três meses, matando mais de 80 pessoas.

O governo Trump estava ciente da operação, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, mas a extensão de seu envolvimento não estava clara.

Quase ao mesmo tempo da travessia, dois caças F-18 da Marinha dos EUA sobrevoaram o Golfo da Venezuela e passaram cerca de 40 minutos voando em círculos fechados perto da rota que ligaria a costa a Curaçao, de acordo com dados de rastreamento de voos. Foi a incursão aérea mais próxima dos EUA no espaço aéreo venezuelano desde o início do aumento da presença militar americana em setembro.

Corina chegou a Curaçao por volta das 15h de terça-feira. Ela foi recebida por um contratado privado especializado em extradições, fornecido pelo governo Trump. Exausta pela longa viagem, Corina se hospedou em um hotel e passou a noite lá.

Com o nascer do sol em Curaçao e enquanto os convidados começavam a se reunir em Oslo, um jato executivo fornecido por um associado de Miami decolou da ilha rumo à capital norueguesa, após uma escala em Bangor, Maine. Antes de embarcar, Corina gravou uma breve mensagem de áudio agradecendo a “tantas pessoas que arriscaram suas vidas” para que ela pudesse deixar a Venezuela.

Sua fuga foi mantida em segredo absoluto, a ponto de o Instituto Nobel ter informado à imprensa norueguesa que não sabia onde ela estava quando a cerimônia de premiação em Oslo começou. Jørgen Watne Frydnes, presidente do comitê norueguês do Nobel, disse na cerimônia de premiação que ela havia passado por “uma jornada em uma situação de extremo perigo”.

A filha de Corina recebeu o prêmio em seu nome. Após chegar a Oslo, Corina ficou na sacada do Grand Hotel, no centro da cidade, e acenou para os apoiadores. Eles gritaram “valiente” — palavra espanhola para corajosa — e cantaram o hino nacional venezuelano.



O momento que se avizinha para ministros dos tribunais superiores


    Nesta semana o senador Alessandro Vieira, na CPI do Crime Organizado, descreveu um futuro de forma bastante crua: 

— Este é um país que já teve presidente preso, já teve ministro preso, senador preso, deputado preso, prefeito, vereador, mas ainda não teve ministros de tribunais superiores. E me parece que esse momento se avizinha.

    Foi o gancho para o artigo de Malu Gaspar, uma respeitada jornalista investigativa brasileira e figura central na mídia política do país. Ela também é autora de "A Organização", um best-seller que expõe as redes de poder internas da Petrobras e as estruturas de corrupção que cercam a classe política brasileira.

    Devido à sua reputação, quando Malu Gaspar denuncia que um banco sob investigação criminal manteve um contrato de R$ 129 milhões com o escritório de advocacia da esposa de um ministro do Supremo Tribunal Federal — priorizando pagamentos mesmo com a falência do banco — isso sinaliza que as evidências são críveis e que o escândalo acarreta consequências reais.

    Segundo Malu, a escolha que os ministros têm diante de si, agora, não é entre matar ou não o inquérito do Master, e sim entre aceitar que não são intocáveis e devem satisfação ao público ou se prepararem para o futuro descrito pelo senador Alessando Vieira.

Confira.



10 dezembro 2025

Dosimetria: um cálculo de conveniência, não de justiça.



A aprovação do PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados foi apresentada como um passo rumo à “pacificação”.

Na prática, porém, o movimento está muito distante de restaurar o Estado de Direito, devolver liberdades fundamentais ou reparar a injustiça cometida contra perseguidos políticos que ainda hoje vivem sob prisão, exílio ou restrições desproporcionais. O que está em jogo é menos jurídico e mais político — e envolve interesses distintos entre esquerda e centrão no rearranjo do poder nacional. A resposta é simples: não há interesse político em concedê-la. A esquerda opera dentro de um projeto hegemônico, de poder concentrado, que não tolera dividir espaço nem abrir mão da narrativa construída. Não há ali uma visão democrática plural; há a intenção de manter controle. O centrão, por sua vez, não compartilha desse projeto totalitário, mas carrega outra preocupação: a direita organizada representa uma ameaça real. Foi ela que, anos atrás, emparedou o establishment e desencadeou um terremoto político sem precedentes — que atingiu partidos, líderes e estruturas inteiras. Por isso, o centrão deseja o apoio da direita nas próximas eleições, mas não quer Bolsonaro, nem suas principais lideranças, justamente por enxergar nelas a possibilidade de um novo abalo sísmico no sistema. A dosimetria é, portanto, um cálculo de conveniência, não de justiça.

09 dezembro 2025

Quem com ferro fere, com ferro será ferido

    Alexandre de Moraes vazou o conteúdo do celular de Jair Bolsonaro para a imprensa após executar um mandado de busca em sua casa, expondo conversas íntimas com sua família, uma ação que violou todos os princípios da cadeia de custódia adequada e da imparcialidade judicial.

    E agora, numa reviravolta digna de uma tragicomédia, o telefone apreendido de Daniel Vorcaro revelou algo que Moraes certamente não esperava ver nas manchetes: o contrato entre o Banco Master e o escritório de advocacia de sua esposa.


    O escândalo de fraude e corrupção mais extraordinário está se desenrolando no Brasil neste momento, envolvendo um banco falido com bilhões em prejuízos, uma investigação de corrupção e um contrato de R$ 129 milhões para encobrir tudo, ligado à família de ninguém menos que … o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.


08 dezembro 2025

Chances de Flávio Bolsonaro. Ele as tem ?



    Claro que ele as tem. Se não tivesse, não teria sido o assunto do final de semana. O povo não quer entubar moderado, não quer aceitar novos picolés de xuxu como opção política, não quer voltar ao tempo do teatro das tesouras.

    E vai continuar assim. As pesquisas divulgadas hoje que apontam empate de Flávio Bolsonaro com Lula em segundo turno multiplicaram as notícias nas redes sociais e o número de seus seguidores.

    Por isto é que discutir a viabilidade de qualquer nome da familia Bolsonaro agora é maluquice, é procurar o puxador da cortina de fumaça. Não existe candidatura alternativa, não existe segunda via ou terceira vias, pelo simples fato de que não há... democracia. 

    Quando entenderemos este ponto? Flávio só será candidato competitivo se não crescer nas pesquisas. Se bater os quarenta pontos, até menos, nosso jornalismo requentará até expulsão de colégio do sujeito. Xandão ou Mendes puxarão alguma pastinha pronta de alguma gaveta do Supremo, o Jornal Nacional esturricará o candidato já na chamada, o curral eleitoral lulista replicará nas redes, e a inegilibilidade será questão de tempo. Anotem. Porque a única função do sistema hoje é esta: barrar qualquer candidato que ameace a reeleição do nosso Maduro de nove dedos. 

    O país que conhecíamos não existe mais. A democracia brasileira foi sequestrada, surrada, e desconfigurada com os porretes das mídia nos porões do judiciário. Assim como o pai, Flávio Bolsonaro não será destruído porque não tem chances de vencer, mas o sistema tentará afastá-lo justamente porque as tem.

Censure os americanos e vá à falência em seus tribunais



PROJETO DE LEI DOS EUA MIRA A UE E O BRASIL POR CENSURA ONLINE: "CENSURE UM AMERICANO, PAGUE MILHÕES"

A Lei GRANITE, que garante direitos contra novas tiranias e extorsões internacionais, está ganhando força. Já protocolado em Wyoming e New Hampshire, o projeto de lei, segundo a subsecretária de Estado dos EUA, Sarah Rogers, está "prestes" a ser apresentado na Câmara, após as ameaças da Ofcom, do Reino Unido, e a multa de US$ 150 milhões imposta pela UE à X terem ultrapassado a "linha vermelha" de Trump. O projeto de lei elimina a imunidade soberana estrangeira para qualquer governo que censure cidadãos americanos, permitindo que as vítimas processem o país por indenizações triplicadas ou um mínimo de US$ 10 milhões por violação. Isso visa diretamente as multas da DSA de Bruxelas e a proibição do X/Rumble pelo juiz brasileiro Alexandre de Moraes. Comissários da UE e ditadores brasileiros acham que podem silenciar os americanos à distância porque a imunidade soberana os protege. A GRANITE desfaz essa proteção, transformando cada ordem de censura em uma mina de ouro milionária em processos judiciais nos EUA. Alexandre de Moraes já foi duramente criticado em um tribunal da Flórida por sua proibição de conteúdo; agora imagine os burocratas da UE enfrentando multas de mais de 10 milhões de dólares cada vez que multam. Aprovada a lei, os censores estrangeiros terão que recuar ou assistir suas economias sufocarem quando os tribunais dos EUA congelarem ativos (o Reino Unido tem US$ 60 bilhões apenas em bancos americanos). Esta é a essência da política externa da era Trump: fazer os valentões pagarem até que se rendam. A mensagem é clara: censure os americanos e vá à falência em seus tribunais. Fontes: GB News, Reuters, Zero Hedge

07 dezembro 2025

Glória aos mártires imolados no altar da Pátria

    Hoje o Brasil reverencia a memória do policial federal Hélio Carvalho de Araújo, assassinado por terroristas da VPR há 55 anos. Ele tombou em combate quando tentava impedir o seqüestro do Embaixador da Suíça, em 7 de dezembro de 1970.

    Naquele dia, o automóvel que conduzia o diplomata foi cercado por sete elementos, que planejavam raptá-lo para chantagear o governo brasileiro e forçá-lo a soltar 70 subversivos presos.
    Araújo estava no banco traseiro, ao lado do Embaixador, quando o carro foi abordado. Tentou sacar sua arma, sendo então alvejado nas costas por Carlos Lamarca, posicionado atrás do veículo. O disparo atingiu-lhe a coluna e paralisou-lhe os membros imediatamente. O Embaixador, Giovanni Enrico Bücher, foi levado para o cativeiro e libertado semanas depois, quando o governo soltou os 70 terroristas.
    Deve-se destacar que Araújo não morreu na hora. Agonizou no hospital por três dias antes de falecer. Foi sepultado com honras de Estado na presença do Almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald, Vice-Presidente da República, em 11 de dezembro de 1970. 

Glória aos mártires imolados no altar da Pátria!

PS.: Carlos Lamarca e a VPR eram financiadas por Rubens Paiva.



 
 
   

























05 dezembro 2025

Imprensa militante tardiamente "descobriu" que a democracia e a Constituição estão sendo atacadas pelo STF

     Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, os veículos de comunicação abdicaram da prerrogativa de apresentar ao público sua visão particular dos acontecimentos. A adesão a uma espécie de pool doutrinário tem como consequência a reprodução do mesmo discurso em todos os jornais e emissoras de TV.

    A democracia está sendo atacada desde 2019, da instalação ilegal do arbitrário inquérito do fim do mundo. Desde então, a direita democrática e conservadora está no alvo do STF e sendo atacada sem que lhes sejam garantidos os direitos mais básicos. Não teve sequer a solidariedade constitucional de um montão de gente pretensamente ilustrada.

    Agora, essa mesma gente "descobriu" que a democracia e a Constituição estão sendo atacadas pelo Supremo.

    Em todo os lugares do nosso planeta, os brasileiros vêm testemunhando a lamentável decadência, em alta velocidade, da imprensa nacional. E os motivos não são decorrentes dos recentes avanços tecnológicos.

    As verdadeiras razões foram expostas em junho de 2022 numa edição da Revista Oeste. Em matéria de capa, Branca Nunes e Silvio Navarro assim resumiram:

"O ódio a Jair Bolsonaro transformou as redações em comitês político-eleitorais empenhados em levar de volta ao poder um ex-presidente condenado por corrupção." 

O texto é rico em exemplos que dão suporte ao seu conteúdo.

Jair Bolsonaro escolhe Flávio Bolsonaro para disputar as eleições em 2026

 





































Abaixo Nota publicada agora há pouco pelo senador Flávio Bolsonaro põe um fim sobre o tema que vinha sendo discutido nas redes sociais. Vamos em frente, não há mais dúvida sobre o candidato da direita nas eleições do próximo ano.


*.  *.  *


É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação. Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo. Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo a esperança das famílias sendo apagada e nossa democracia sucumbindo. O nosso país vive dias difíceis, em que muitos se sentem abandonados, aposentados são roubados pelo próprio governo, narco-terroristas dominam cidades e exploram trabalhadores, estatais voltaram a ser saqueadas, novos impostos não param de ser criados ou aumentados, nossas crianças não têm expectativas de futuro. Ninguém aguenta mais! Mas eu creio em um Deus que não abandona nossa nação.

Eu creio que Ele levanta pessoas e inicia novos tempos quando o povo clama por justiça. Eu creio que nenhum cativeiro é maior do que o poder de Deus para libertar. Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão.

E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada. Que Deus abençoe o nosso povo! Que Deus abençoe o nosso Brasil!

04 dezembro 2025

Partículas galácticas podem ter forçado um avião de passageiros a fazer um pouso de emergência

Um Airbus A320 da JetBlue entrou em queda livre no final de outubro, 
possivelmente devido ao impacto de raios cósmicos. 
(Crédito da imagem: SOPA Images/Getty Images)

Um fluxo de partículas de alta energia provenientes da explosão de uma supernova¹ distante pode ter causado a perda repentina de altitude de um avião comercial lotado no final de outubro, forçando um pouso de emergência.

O incidente ocorreu em 30 de outubro e envolveu uma aeronave Airbus A320 da JetBlue que fazia o trajeto de Cancún, no México, para Newark, em Nova Jersey. De acordo com os relatos disponíveis, a aeronave repentinamente perdeu altitude sem motivo aparente enquanto sobrevoava a Flórida. Embora os pilotos tenham recuperado o controle da aeronave rapidamente, pelo menos 15 passageiros ficaram feridos no incidente, o que obrigou os pilotos a realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Tampa. No início desta semana, a Airbus emitiu um comunicado atribuindo o incidente à "intensa radiação solar ", que pode ter corrompido "dados críticos para o funcionamento dos controles de voo". A fabricante, então, suspendeu as operações de 6.000 aeronaves A320 para implementar atualizações de software que corrigissem a vulnerabilidade.

Após a publicação de um Alerta aos Operadores (AOT) em 28 de novembro, solicitando medidas preventivas imediatas em diversas aeronaves da Família A320 em serviço, a Airbus divulga uma atualização sobre o status da implementação dessas medidas em toda a sua frota global.

De um total de aproximadamente 6.000 aeronaves potencialmente afetadas, a grande maioria já recebeu as modificações necessárias. Estamos trabalhando com nossas companhias aéreas clientes para apoiar a modificação de menos de 100 aeronaves restantes, garantindo que possam retornar ao serviço.

A Airbus pede desculpas por quaisquer transtornos e atrasos causados ​​aos passageiros e às companhias aéreas devido a este evento. A empresa agradece a seus clientes, às autoridades, aos seus funcionários e a todas as partes interessadas envolvidas pelo apoio na implementação dessas medidas e pela compreensão da decisão da Airbus de priorizar a segurança acima de todas as outras considerações. 

Mas há um porém: os níveis de radiação solar em 30 de outubro eram insignificantes e muito aquém dos níveis que poderiam afetar os componentes eletrônicos da aeronave, disse Clive Dyer, especialista em clima espacial e radiação da Universidade de Surrey, no Reino Unido. Em vez disso, Dyer, que estuda os efeitos da radiação solar nos componentes eletrônicos de aeronaves há décadas, acredita que o computador de bordo do jato afetado pode ter sido atingido por um raio cósmico, um fluxo de partículas de alta energia provenientes da explosão de uma estrela distante que pode ter viajado milhões de anos antes de chegar à Terra. 

¹ Uma supernova é a 
explosão de uma estrela que ocorre quando ela esgota seu combustível nuclear e a força da gravidade vence a pressão interna, colapsando o núcleo e causando uma explosão colossal. Essa explosão libera uma quantidade gigantesca de energia, podendo se tornar mais brilhante que uma galáxia inteira por um tempo. As supernovas espalham elementos pesados pelo universo e, dependendo do tipo de estrela, o remanescente pode ser uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. 

03 dezembro 2025

Shirley Bassey

Dame Shirley Veronica Bassey é uma cantora nascida no País de Gales (8 de janeiro de 1937, em Tiger Bay, Cardiff), considerada uma das maiores cantoras do século XX e uma das mais poderosas vozes já registradas. Ela foi uma precursora de inúmeras divas da música pop que surgiram nas últimas décadas do século XX. Bassey também foi uma das primeiras artistas negras britânicas a alcançar fama nacional e internacional. Casou-se e divorciou-se duas vezes, teve duas filhas e adotou um menino. Atualmente vive em Mônaco.

Caçula de sete filhos de mãe inglesa e pai nigeriano, que se separaram antes de ela completar três anos, Bassey cresceu em uma área operária de Cardiff. Depois de deixar a escola aos 15 anos, trabalhou em uma fábrica, cantou em clubes masculinos e se apresentou em revistas itinerantes antes de alcançar o sucesso em um show de Natal em Londres , em 1955. Ao conseguir um contrato com uma gravadora, teve seu primeiro sucesso britânico em 1957 com "Banana Boat Song".

Entre os sucessos subsequentes de Bassey no Reino Unido, destacam-se "As I Love You" (1959) e "Reach for the Stars/Climb Every Mountain" (1961), e ela continuou a emplacar hits na Grã-Bretanha até a década de 1970. Em 2007, experimentou uma espécie de ressurgimento ao se apresentar no Festival de Glastonbury e emplacar um álbum no Top 10 com Get the Party Started . Seus trabalhos posteriores incluem The Performance (2009), Hello Like Before (2014) e I Owe It All to You (2020).

Os seus trabalhos mais conhecidos são os temas que cantou para os filmes de James Bond: Goldfinger (1964), Diamonds Are Forever (1971) e Moonraker (1979).


Goldfinger


Diamonds are forever










01 dezembro 2025

Paz mundial. Cinco fatores se destacam e podem pôr fim à longa paz em curso

As últimas oito décadas representaram o período mais longo sem guerras entre grandes potências desde o Império Romano. Essa era anômala de paz prolongada sucedeu duas guerras catastróficas, cada uma tão mais destrutiva que os conflitos anteriores que os historiadores consideraram necessário criar uma categoria inteiramente nova para descrevê-las: as guerras mundiais. Se o restante do século XX tivesse sido tão violento quanto os dois milênios precedentes, a vida de quase todos os que estão vivos hoje teria sido radicalmente diferente.

UMA CONQUISTA MILAGROSA

Faz 80 anos desde a última guerra convencional entre grandes potências. Isso permitiu que a população mundial triplicasse, a expectativa de vida dobrasse e o PIB global crescesse 15 vezes. Se, em vez disso, os estadistas do pós-Segunda Guerra Mundial tivessem se contentado com o curso normal da história, uma terceira guerra mundial teria ocorrido. Mas teria sido travada com armas nucleares. Poderia ter sido a guerra para acabar com todas as guerras.

Também se passaram 80 anos desde que armas nucleares foram usadas pela última vez em guerra. O mundo já sobreviveu a vários momentos de tensão — o mais perigoso deles foi a crise dos mísseis de Cuba, quando os Estados Unidos confrontaram a União Soviética por causa dos mísseis com ogivas nucleares em Cuba e durante a qual o presidente John F. Kennedy estimou que a probabilidade de uma guerra nuclear era de uma em três a uma em duas. 

Moscou, 30 de abril de 1963
Leonid Brejnev, Fidel Castro e Nikita Khruschov

Em plena Guerra Fria, Fidel Castro visitou Moscou como o novo rosto da revolução no hemisfério ocidental. Ao lado de Nikita Khruschov, líder soviético, e Leonid Brejnev, então uma figura em ascensão dentro do Partido Comunista, o encontro simbolizou a consolidação da aliança entre Cuba e a União Soviética.

Em Moscou, Castro foi recebido como herói — desfilou entre multidões, discursou sobre solidariedade socialista e reafirmou o compromisso de Cuba com o bloco comunista.

A fotografia de 30 de abril de 1963 imortaliza um momento de virada histórica: a transição de Cuba de uma jovem revolução isolada para um pilar estratégico da política soviética nas Américas — e o início de uma parceria que marcaria o equilíbrio de poder mundial nas décadas seguintes.

Nas décadas de 1950 e 1960, os líderes mundiais esperavam que os países construíssem armas nucleares à medida que adquirissem a capacidade técnica para tal. Kennedy previu que haveria de 25 a 30 países com armas nucleares na década de 1970, o que o levou a promover uma das iniciativas mais ousadas da política externa americana. Hoje, 185 nações assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear, renunciando às armas nucleares. Notavelmente, apenas nove países possuem arsenais nucleares.

Assim como os 80 anos de paz e a ausência de guerras nucleares, o regime de não proliferação — do qual o tratado se tornou a peça central — também é uma conquista frágil. Mais de 100 países agora possuem a base econômica e técnica para construir armas nucleares. Sua escolha de depender das garantias de segurança de outros é geoestrategicamente e historicamente antinatural. De fato, uma pesquisa do Instituto Asan de 2025 constatou que três quartos dos sul-coreanos agora são favoráveis ​​à aquisição de seu próprio arsenal nuclear para se protegerem das ameaças da Coreia do Norte. E se Putin conseguir avançar seus objetivos de guerra ordenando um ataque nuclear tático contra a Ucrânia, outros governos provavelmente concluirão que precisam de seus próprios escudos nucleares.

PERIGOS À VISTA

No primeiro ano da guerra em grande escala da Rússia contra a Ucrânia, que começou em 2022, Vladimir Putin ameaçou seriamente realizar ataques nucleares táticos. De acordo com uma reportagem do The New York Times, a CIA estimou que a probabilidade de um ataque nuclear russo era de 50% caso a contraofensiva ucraniana estivesse prestes a derrotar as forças russas em retirada. Em resposta, o diretor da CIA, Bill Burns, foi enviado a Moscou para transmitir as preocupações americanas.

Antes de sua morte, em 2023, Henry Kissinger repetidamente lembrou a seus colegas que acreditava que essas oito décadas de paz entre grandes potências dificilmente chegariam a um século inteiro. Entre os fatores que a história demonstra contribuírem para o fim violento de um grande ciclo geopolítico, cinco se destacam e podem pôr fim à longa paz em curso.

No topo da lista está a amnésia. Gerações sucessivas de adultos americanos, incluindo todos os oficiais militares em serviço, não têm memória pessoal dos custos terríveis de uma guerra entre grandes potências. Poucas pessoas reconhecem que, antes desta era excepcional de paz, uma guerra a cada uma ou duas gerações era a norma. Muitos hoje acreditam que uma guerra entre grandes potências é inconcebível — sem perceber que isso não reflete o que é possível no mundo, mas sim os limites do que suas mentes conseguem conceber.

A existência de concorrentes em ascensão também ameaça a paz. A ascensão meteórica da China desafia a supremacia dos EUA, ecoando o tipo de rivalidade acirrada entre uma potência estabelecida e uma emergente que o historiador grego Tucídides alertou que levaria a conflitos. No início do século XXI, os Estados Unidos não se preocupavam muito em competir com a China, que estava muito atrás em termos econômicos, militares e tecnológicos. Agora, a China alcançou ou até mesmo ultrapassou os Estados Unidos em diversas áreas, incluindo comércio, manufatura e tecnologias verdes, e está avançando rapidamente em outras. Ao mesmo tempo, Putin, que preside um país em declínio, mas ainda comanda um arsenal nuclear capaz de destruir os Estados Unidos, demonstrou sua disposição de usar a guerra para restaurar um pouco da grandeza russa. Com as crescentes ameaças russas e o declínio do apoio da administração Trump à OTAN, a Europa luta para lidar com os graves desafios de segurança nas próximas décadas.

A equalização econômica global aumenta ainda mais a possibilidade de guerra. A predominância econômica americana diminuiu à medida que outros países se recuperaram da devastação das duas guerras mundiais. Ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a maioria das outras grandes economias havia sido destruída, os Estados Unidos detinham metade do PIB mundial; com o fim da Guerra Fria, a participação americana havia caído para um quarto. Hoje, os Estados Unidos detêm apenas um sétimo. Com essa mudança no equilíbrio do poder econômico nacional, um mundo multipolar está emergindo, no qual múltiplos países independentes podem agir dentro de suas esferas de influência sem pedir permissão ou temer punições. Essa erosão se acelera quando a potência dominante se excede financeiramente, como argumenta o renomado gestor de fundos de hedge Ray Dalio, que afirma que os Estados Unidos estão fazendo atualmente.

Quando uma potência estabelecida se sobrecarrega militarmente — especialmente em conflitos que ocupam uma posição baixa na lista de seus interesses vitais — sua capacidade de dissuadir ou se defender contra potências emergentes enfraquece. O antigo filósofo chinês Sun Tzu escreveu: “Quando o exército se envolve em conflitos prolongados, os recursos do Estado se tornam insuficientes”, o que poderia descrever a custosa expansão das operações das forças americanas no Iraque e no Afeganistão e a incapacidade dos militares de se concentrarem em desafios mais urgentes. A concentração excessiva de recursos nesses conflitos prolongados desviou a atenção dos Estados Unidos da melhoria de suas capacidades de defesa contra adversários cada vez mais sofisticados e perigosos. Ainda mais preocupante é a extensão em que o aparato de segurança nacional dos EUA caiu em um ciclo vicioso, apoiado pelo Congresso e pela indústria de defesa, no qual exige mais recursos — mais financiamento — em vez de buscar maneiras mais estratégicas de lidar com graves ameaças aos seus interesses nacionais.

Por fim, e o mais preocupante, a tendência de uma potência estabelecida mergulhar em profundas divisões políticas internas paralisa sua capacidade de agir de forma coerente no cenário mundial. Isso é particularmente problemático quando os líderes oscilam entre posições opostas sobre se e como o país deve manter uma ordem global bem-sucedida. É o que está acontecendo hoje: uma administração aparentemente bem-intencionada em Washington está subvertendo quase todas as relações, instituições e processos internacionais existentes para impor sua visão de como a ordem internacional deve mudar.

Os ciclos geopolíticos de longo prazo não duram para sempre. A questão mais importante que os americanos e a política dividida dos EUA enfrentam é se a nação conseguirá se organizar para reconhecer os perigos do momento, encontrar a sabedoria necessária para navegar por ele e tomar medidas coletivas para prevenir — ou, mais precisamente, adiar — a próxima convulsão global.