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27 novembro 2015

2015 SERÁ PRORROGADO

Pipocam as previsões para 2016. A rápida conclusão a que se chega é a de que não haverá ano novo, mas uma simples extensão do ano de 2015. Isto porque não foram resolvidos os problemas que vieram à luz após o encerramento das eleições de 2014.

Por outro lado, o ano de 2015 já ficou na história do País. O ano em que, pela primeira vez desde o seu descobrimento, um senador, em pleno exercício de seu mandato, foi preso e o Senado, em votação aberta, o manteve confinado, confirmando a decisão do Supremo Tribunal Federal.

Em 2015, também ficou gravado o registro histórico sobre a passagem do Partido dos Trabalhadores pelo governo do Brasil nos últimos treze anos. Tal registro foi feito pela Ministra Cármen Lúcia, do STF, na quarta-feira (25/11): "Houve um momento em que a maioria dos brasileiros acreditou num mote em que a esperança tinha vencido o medo. No mensalão descobrimos que o cinismo tinha vencido a esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo".

Adicionalmente, o ano de 2015 também será lembrado como o ano em que no País se estabeleceu a sua maior crise por ter sido atingido por fatos simultâneos nos três planos: o político, o econômico e o ético.

Por último, um bom acontecimento e que, impreterivelmente, deve ser lembrado e prorrogado. O funcionamento das instituições que compõem os três poderes da República. Até o momento, nenhum dos poderosos conseguiu impedir, por meio de seus prestígios,  o curso de suas atividades.

A PRORROGAÇÃO

No plano político do poder executivo, continuaremos vivendo num País sem governo e sem oposição. O primeiro dedicado apenas as manobras para evitar o impeachment da presidente. A segunda, "na moita", torcendo para que 2018 chegue o mais rápido possível.

Ainda no plano político, mas do outro lado da Praça dos Três Poderes, a situação continuará se agravando em decorrência da fragilidade existente na direção das duas Casas do Congresso Nacional, por motivos bem conhecidos pelos brasileiros - um presidente denunciado e o outro investigado. Todos os dois presidentes continuarão fazendo malabarismos para não serem apeados de seus cargos.

No plano econômico, as notícias são menos intangíveis. Já se sabe, por exemplo, que a inflação permanecerá acima da meta e na proximidade dos dois dígitos. Que não haverá crescimento econômico, com um PIB ficando ao redor dos 2% negativos. Que a taxa de desemprego será superior a 10%. Também permanecerão na casa dos dois dígitos os valores da SELIC.

Por fim, no plano ético, as notícias são mais animadoras. As investigações em curso terão continuidade, serão aprofundadas e outras ainda poderão surgir. A lei estará sendo aplicada para todos, bagrinhos e tubarões. Ninguém estará acima dela.

Que as previsões para 2017 sejam melhores. O Brasil merece.

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