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07 setembro 2017

DAY AFTER

Os últimos dias de agosto e os primeiros seis dias do atual mês de setembro foram negros para membros da política brasileira responsáveis pelo péssimo odor político existente no Brasil.

As ORCRIMs estão vindo à tona e seus verdadeiros dirigentes expostos à população. De maior repercussão para o futuro do País é a exposição de seus líderes da classe política. Os membros citados dessa classe certamente não voltarão a ocupar espaços políticos a partir das próximas eleições.

Da parte do PMDB, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Garibaldi Alves (RN), além do ex-senador Sérgio Machado.

A PGR aponta que os políticos denunciados cometeram os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, enquanto empresários teriam cometido crimes de corrupção passiva.

Jamais o partido poderá se eximir de um legado rico em acrobacias econômicas e negociatas, incluindo-se aí os acertos, ainda em 2002, para eleição do ex-presidente Lula e sua participação nos governos do PT.

Do lado do PT, o procurador-geral da República denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff por formar uma organização criminosa enquanto estiveram na Presidência da República.

Na acusação, Janot aponta Lula como “grande idealizador” da organização criminosa investigada pela Operação Lava Jato e pede pena maior ao ex-presidente.

Também foram denunciados a senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente nacional do partido; os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci, Paulo Bernardo e Edinho Silva e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Um dia depois dessa denúncia, portanto ontem quarta-feira (6), o procurador voltou a denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff, desta vez por obstrução de justiça. A denúncia se refere ao episódio da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil por Dilma Rousseff antes de seu impeachment.

Tornada quase como um símbolo para essas denúncias, circulou ontem, nos meios de comunicação em todo o mundo, a imagem que mostra a apreensão de grande quantidade de dinheiro em malas e caixas guardadas num apartamento em Salvador, usado por Geddel Vieira Lima, homem que exerceu altas funções durante os 14 anos dos últimos governos.

Para a sociedade esses dias têm sido brilhantes, algo como uma luz no final do túnel. Afinal passos importantes estão sendo dados no combate à corrupção sistêmica existente no País. Acabarão com ela ? Não. Para que isto ocorresse teríamos que exterminar também as corrupções endêmicas e sindrômicas, segundo a opinião de Luiz Hanns que pode ser acessada aqui.

Mesmo sabendo que o fim da corrupção no País está distante, os acontecimentos desses últimos dias nos levam com mais otimismo para a comemoração do Dia da Independência do Brasil.

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