Em outubro de 2017, após tramitação no Congresso Nacional, duas leis foram sancionados pelo presidente da República que criaram e regulamentaram o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para custear as campanhas eleitorais em 2018.
Esse fundo terá AO MENOS R$ 1,7 bilhão de recursos públicos. A elaboração do texto aprovado contou com a colaboração (ou iniciativa) do líder do governo no Senado, o já tão conhecido Senador Romero Jucá, autor da proposta inicial que previa reunir aproximadamente R$ 3,6 bilhões. Sim, ele mesmo, o Senador que já responde a 14 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Aliás ser denunciado e responder a inquéritos tem sido a marca na equipe do andar superior do Palácio do Planalto. Dessa marca não escapou nem o Chefe do Governo.
As torneiras também foram abertas em negociações políticas para barrar as duas denúncias contra o presidente da República que podem ter alcançado R$ 32,1 bilhões, segundo publicou o uol.noticias.com.br , R$ 6 bilhões a mais que os recursos previstos para pagar o Bolsa Família.
O Palácio do Planalto também vai abrir as torneiras das emendas parlamentares para aprovar a reforma da Previdência antes do fim de fevereiro e consolidar a estratégia de montar uma ampla frente eleitoral com todos os partidos da base aliada.
Do ano passado, somente em restos a pagar de emendas parlamentares – que podem ser destinadas por deputados federais e senadores a redutos eleitorais – e novas emendas do Orçamento deste ano são mais de R$ 20 bilhões.
Somados outros R$ 10 bilhões que o governo estima economizar ainda neste ano caso a reforma da Previdência seja aprovada, e que seriam usados em obras que podem render dividendos eleitorais aos aliados neste ano, o valor do “arsenal” de Temer pode superar R$ 30 bilhões.
Os assaltos aos cofres públicos não param por ai e as armas não são os fuzis da Rocinha. A arma mortífera para os cofres da Nação é o poder de legislar em benefício de grupos que não desejam perder seus mandatos, da preservação da bandidagem engravatada, oriunda de eleições para as quais os candidatos aos cargos não são escolhidos pelo eleitor, como já dissemos no post SOMOS REFÉNS .
Não é difícil nominar quem são as vitimas desses assaltos. Podemos citar: aquelas que sucumbem por falta de remédios e hospitais. Aquelas que morrem nas ruas por falta de segurança pública. Aquelas cujo futuro se extingue precocemente nas escolas por falta de condições mínimas de funcionamento.
A nossa crise é decorrente do nosso sistema político. Mas entre o melhor e o pior tudo pode acontecer, inclusive nada e, desta forma, continuaremos afundando nesse pântano fedido. A impunidade continua sendo a moeda corrente da política brasileira.
A nossa elite política é a nossa tragédia !
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