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20 agosto 2023

Economia ilegal põe em perigo o destino da economia mundial na medida em que a atividade criminosa está sendo 'legalizada'

 


Durante um debate no Observatório Geopolítico da América Latina (OGAL), Alberto Ray, especialista em segurança cidadã, afirmou que 61% do território venezuelano é controlado por grupos irregulares. Tudo isso porque a impunidade é o bônus que os Estados dão às "máfias”. Ray indicou que essa situação ocorre como resultado do aumento da economia ilegal na Venezuela. "A economia ilegal põe em perigo o destino da economia mundial na medida em que a atividade criminosa está sendo 'legalizada'", disse ele.

Do debate, organizado pelo político venezuelano Antonio Ledezma, participou María Paula Romo, ex-ministra do Governo do Equador. Romo garantiu que o continente está "jogando sua sobrevivência democrática". Isso ao enfrentar o narcotráfico, principal indústria criminosa da região.

Para Romo “estão em curso outros mecanismos criminosos que vão desde crimes cibernéticos, extorsão, legitimação ou branqueamento de capitais. Tráfico ilegal de minerais, armas, tráfico de brancos ou pessoas, contrabando e falsificação.

Por sua vez, advertiu que todas estas operações ocorrem em contextos onde o Estado se encontra fragilizado.

Uma perspectiva perigosa

Por sua vez, o diretor-geral do Observatório, Antonio Ledezma, afirmou que as perspectivas estão se tornando perigosas. Ele deu ênfase especial à situação no Equador e à violência armada. Ele lembrou que a fronteira colombiana-equatoriana é uma das importantes na produção de cocaína.

Essa área, com a maior produção de cocaína do mundo, está localizada em uma faixa de 10 quilômetros ao longo da fronteira colombiana-equatoriana, no lado colombiano.

“A partir desta zona longe do mar, os novos caminhos são traçados pelos rios e vão para o sul. Para o Brasil, para abastecer o mercado daquele país, para ir para a África e de lá para a Europa”, afirmou o presidente Gustavo Petro há alguns dias.

Eles acrescentam que do Equador grupos irregulares também vão para o Peru, para ir para o leste da Ásia, Japão e Austrália, conforme detalhou o presidente Petro.

Soma-se a esta situação a “mexicanização” do narcotráfico. Segundo Francisco Santos, ex-presidente da Colômbia, esta situação ameaça todo o continente.

Em sua opinião, isso fica evidente no uso da violência. “É evidente o crescente controle dos territórios, um terço do território mexicano é controlado pelas máfias do tráfico que governam impunemente”.

Para Santos é preocupante “observar o comportamento dos Estados Unidos, que parece desconhecer esse drama. Enquanto a China avança para consolidar o controle da América Latina”.

Narcobolivarianismo visitou o Brasil

No contexto das delações feitas por ex-castristas e ex-chavistas, Leonardo Coutinho em seu livro "Hugo Chávez - o espectro", nos traz o que disse um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez revelando que a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro. 

Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo americano.

No início de 2015, o guarda-costas, Leamsy Salazar, um capitão de corveta da Marinha venezuelana, recém-exilado nos Estados Unidos, declarou às autoridades americanas ter presenciado, em 2013, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, despachar quatro lanchas de cocaína a partir de uma praia localizada na Península Paraguana, porção do território venezuelano que avança pelo Mar do Caribe.

Em junho de 2015, Diosdado, visitou o Brasil a convite da maior indústria de carnes do país e principal fornecedora da Venezuela, a JBS Friboi. Ciceroneado pelo presidente do Conselho da companhia, Joesley Batista, Diosdado foi recebido duas vezes pelo descondenado Lula da Silva na sede do instituto que leva seu nome, em São Paulo. 

E embora não tivesse comunicado sua presença ao Itamaraty ou sequer marcado previamente, conseguiu “furar” a agenda das principais autoridades da política nacional e foi recebido pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo vice-presidente Michel Temer, e pelo presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros. 



2 comentários:

  1. Quer dizer que o convite pela JBS (parceira) foi além e atravessou os portões presidenciais? Deixando de lado políticos e influentes nacionais?

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