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04 agosto 2023

Petrobras: a destruição está sendo mais rápida do que a esperada

Passados apenas sete meses do novo governo essa previsão se confirmou. Depois de um resultado recorde em 2022, o lucro líquido da Petrobras despencou 47% e a dívida subiu 8,2%, no segundo trimestre deste ano, após, entre outros fatores, as propagadas alterações na política de preços dos combustíveis. O pagamento de dividendo desabou 83%.

No final de 2022 já se anunciava que o Brasil estava nos estágios iniciais do que poderia vir a ser uma longa e sinistra viagem. O texto acessível neste link indicava essa afirmação.

A Petrobras informou, na noite desta quinta-feira (3), que o lucro líquido da estatal caiu de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 28,8 bilhões no mesmo período deste ano. Segundo a petroleira, foi acumulado o lucro líquido de R$ 66,9 bilhões no primeiro semestre, 32% a menos que no mesmo período do ano passado (R$ 98,9 bilhões). O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa, recuou 21,8%, para R$ 56,69 bilhões.

Não dá para admitir que uma empresa petrolífera perca dinheiro toda vez que os preços do petróleo sobem no mercado internacional. Isso é totalmente irracional. Se bem que racionalidade nunca foi o forte do PT.

A história vai se repetindo, praticamente idêntica a do período 2003-2016. A receita repete a manutenção de preços artificialmente baixos, planos de investimentos mirabolantes e aparelhamento político.

A PPI (Preço de Paridade de Importação) foi arquivada, e a Petrobras voltou a vender combustíveis no mercado brasileiro a um preço mais baixo do que no mercado internacional (20% no diesel e 21% na gasolina), amargando prejuízos em seu balanço. Da última vez que isso ocorreu, entre 2014-2014, a empresa acumulou um rombo de cerca de R$ 240 bilhões. Ao final do da presidência de Dilma, a Petrobras tinha se tornado a empresa mais endividada do mundo e suas ações, nesse período, despencaram, passando de R4 40 para R$ 6.

O governo quer mais investimentos por parte da estatal, na mesma linha do que foi feito nas gestões petistas. Boa parte do dinheiro desse dinheiro deve ir para a construção de novas refinarias que, no passado, tiveram desfechos trágicos (PE, RJ, CE e MA).

O tripé da gestão petista na Petrobras se torna completo com o seu respectivo aparelhamento político. Para isto, foi violada a lei das Estatais e o Estatuto da própria empresa que veda políticos e dirigentes partidários por 36 meses. Nesse contexto foram nomeados o atual presidente da empresa, Jean Paul Prates, e três membros do Conselho de Administração: Pietro Mendes, Efrain Cruz e Sergio Resende.

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