Leio agora na Veja/Radar On-line que o governo, através do presidente da República, abriu a mesa de negociação de cargos em troca da aprovação das reformas trabalhista, tributária e, principalmente, a da previdência.
No cardápio o enfraquecimento do Itamaraty na busca de votos do PRB na Câmara. O mesmo destino terá o MEC e outros ministérios visando o apoio de outros partidos. O destino do País continua sendo decidido num balcão de negócios.
Como se pode ver, sai governo, entra governo, e os procedimentos de governança não se alteram.
Estou/estamos diante de um Brasil, principalmente o de hoje, que é o resultado dos governos que mancharam a nossa jovem democracia, em completo desrespeito aos anseios da sociedade que saiu às ruas pelo Diretas Já e para outras manifestações do gênero, incluindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A democracia que foi implantada no Brasil é para poucos. É apenas para aqueles que, mentindo para a população, adquirem mandatos políticos/parlamentares e para os que os financiam em troca de benesses públicas e da riqueza brasileira.
É perceptível a todo brasileiro que a crise de representatividade se acentua a cada nova eleição, a começar pela do presidente da República e dos parlamentares. Não a possuem para proporem/aprovarem qualquer tipo de reforma.
Essa gente que aí está, com raras exceções, e também as instituições, não possuem representatividade, nem independência moral e, na maioria dos casos, intelectual para promoverem reformas.
O povo deseja e merece o extermínio dessa vergonhosa e desastrosa forma de governar uma nação.
A turma que criou essa forma promíscua de governar deveria fazer um pacto de suicídio político coletivo. Os seus participantes não devem negar ao Brasil o direito a um recomeço.
Os brasileiros e as gerações futuras iriam comemorar.
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