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04 setembro 2019

RAQUEL DODGE PODERÁ DEIXAR A PGR PELAS PORTAS DOS FUNDOS

Estourou como uma bomba no noticiário deste início de noite, a notícia sobre a formalização do pedido de desligamento dos procuradores do grupo de trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República.

O pedido de desligamento coletivo ocorreu em protesto contra a procuradora-geral Raquel Dodge. Na manifestação os seis procuradores citam "grave incompatibilidade" com a manifestação enviada por Dodge ao STF, na noite da última terça-feira, sobre a delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

De acordo com fontes que acompanham o assunto, a insatisfação se deveu ao fato de que a procuradora-geral pediu para arquivar preliminarmente trechos da delação que envolviam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-prefeito de Marília (SP) José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli.

Prestes a deixar a direção da PGR, Raquel Dodge não concorreu, no âmbito da escolha interna dos procuradores (lista tríplice), a um segundo mandato. Mesmo assim, poderia ser reconduzida para o exercício de um novo período à frente da PGR caso o presidente Jair Bolsonaro assim decidisse. Ao que tudo indica o nome será anunciado pelo Presidente nesta próxima quinta-feira (5). Entretanto, esse fato ocorrido sepultou definitivamente uma eventual pretensão da Raquel para se manter no cargo.

Além disso, o tema divulgado nesta noite deverá exigir mais esclarecimentos e poderá macular a imagem da procuradora, obrigando-a a sair da PGR pelas portas dos fundos.

Um comentário:

  1. O Antagonista - http://bit.ly/2ko7Esr - apurou que, dos mais de 100 anexos da delação premiada de Léo Pinheiro, a procuradora-geral Raquel Dodge determinou o arquivamento sumário de cinco deles – todos muito bem fundamentados. Além de Rodrigo Maia e do irmão de Dias Toffoli, teriam sido citados ministros do STJ e do TCU.

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