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17 março 2020

SERÁ O PENTÁGONO O PRÓXIMO CLIENTE DO C-390?


Em março do ano passado (2019), o Brasil recebeu o status de aliado privilegiado fora da Otan, a aliança militar ocidental. Claro que isto não representaria nada sem tratados específicos. Não é o caso, entretanto. Os primeiros frutos desse alinhamento já começaram a surgir. Brasil e Estados Unidos fecharam um acordo militar inédito, o que irá abrir o maior mercado de defesa do mundo à industria nacional.

O acordo, conhecido pela sigla RDT&E (Research Development, Testing and Evaluation), foi assinado pelos presidentes da duas nações um ano após a formalização desse alinhamento, tendo sido considerado um prazo muito curto para esse tipo de acordo. O texto precisa passar pelo Congresso e prevê parcerias apoiadas por recursos públicos e privados. A partir daí, empresas de ambos os países podem ser selecionadas e contratadas para desenvolver projetos sob a gestão de autoridades brasileiras e americanas.


A base industrial de defesa brasileira reune cerca de 220 empresas, a maioria de pequeno e médio porte, em um ambiente semelhante ao das startups, ou seja, carentes de investidores. Obviamente essa dificuldade poderá ser facilmente vencida pois no setor de defesa a simbiose estatal-privado é uma das marcas em todo o mundo.

No Brasil não é diferente. Um exemplo é o desenvolvimento do C-390, da Embraer, que só existe porque a FAB injetou cerca de R$ 5 bilhões em seu desenvolvimento e fez a primeira encomenda de 28 aeronaves. Outros países estão seguindo o mesmo caminho. Em agosto de 2019, Portugal, que faz parte da Otan, fez uma encomenda de cinco aparelhos, o primeiro contrato de exportação da aeronave (US$ 917 milhões). Será o Pentágono o próximo cliente do C-390? Dos Super Tucanos já é - 30 aeronaves.

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