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24 maio 2020

ORDEM INSTITUCIONAL E HARMONIA ENTRE OS PODERES

Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro divulgou trecho da Lei do Abuso de Autoridade.

Essa divulgação é extremamente oportuna para que os brasileiros tomem conhecimento de que um dos componentes dos três poderes da República, no caso um ministro do STF, atropelou a lei.

Trata-se da decisão tomada pelo ministro Celso de Mello, do STF, autorizando a divulgação do vídeo da reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto no último dia 22 de abril.

Vendo o vídeo, em sua totalidade, todos aqueles, mesmo não sendo profissionais do direito, irão constatar que o ministro ultrapassou os limites da Lei 13.869/2019.

E esse não foi o único caso. Fatos similares vêm se repetindo com frequência, caracterizando-se assim numa interferência sistemática que fere a autonomia entre os Poderes. 

A sua continuidade obrigará o presidente da República a cumprir o seu dever e o seu poder, conforme explicitado na Constituição Federal, para restabelecer a ordem institucional e a harmonia entre os três Poderes no País.

PS.: Para quem deseja conhecer um pouco sobre o perfil do ministro Celso de Mello, leia o Episódio sobre Celso de Melloescrito por Saulo Ramos ex-Consultor Geral da República, em seu livro Código da Vida. 

23 maio 2020

NOSSA BANDEIRA É VERDE E AMARELA

Tenho expressado aqui, neste Blog, minha visão sobre temas relacionados com o presente e o futuro do Brasil. A maioria do que já escrevi contém traços políticos e/ou de governos.

Recentemente fui questionado da seguinte forma: "Tinha o entendimento que você reconhecia limitações no ex-capitão, o presidente Jair Bolsonaro, mas que esse reconhecimento tem se transformado em crescente admiração. Espero que esteja certo nesse caminho, pois acredito no seu interesse que o Brasil ande pra frente, mas tenho a impressão que lembraremos  do ex-capitão como uma das mais desastrosas experiências que teremos no campo da representação política... A ver... acho que você tem aumentado o apreço por ele ...".

Respondi ao amigo que, de fato, o que tem aumentado é o meu apreço pela democracia e isto se reflete pra ele, o Presidente, pois identifico isto - interesse que o Brasil ande pra frente - em diversas ocasiões e trechos de seus pronunciamentos.

Esclareci ainda, que minha atuação crítica se dá contra aqueles que navegam em sentido contrário ao regime democrático, cuja bandeira atual é apear o Presidente de seu cargo, do poder, antes das próximas eleições. 

Não quero presenciar um novo 24/agosto parecido com aquele de 1954, nem um outro 31/março de 1964. Disse também, que todos os que defendem essa bandeira não irão contar com o meu apoio. Ao contrário, irei criticá-los. 

Quanto ao desempenho do governo propriamente dito, isto é outra coisa e tenho apontado erros e acertos. Já escrevi assim, aqui mesmo neste blog, em vários momentos. Mas compreendo que muitas vezes é difícil separar o lado político/ideológico do executivo. 

Entendo que críticas e movimentos mais pesados, vindo dos partidos e das lideranças políticas são até compreensíveis, afinal a disputa pelo poder faz parte do jogo democrático. Mas de outros setores, não.

Pois aí entra no jogo o interesse particular. E cresceu, substantivamente, ser contra esse jogo no atual governo, traduzido, na prática, no fechamento das torneiras de dinheiro e de outros favores/privilégios públicos. Esta página tem que ser virada se quisermos ser uma república com letras maiúsculas. 

É lamentável que isso não tenha ocorrido, há mais tempo, por exemplo, em todo o período decorrido após a redemocratização do País. Infelizmente, o que se presenciou, o que se viu, até recentemente, foi o contrário: as lideranças que assumiram o poder de 1985 para cá, se tornaram líderes e cúmplices desses interesses e da corrupção subjacente. 

Portanto, minha admiração pelo presidente Bolsonaro é decorrente do fato de que ele, desde a sua campanha, já se posicionava contra esse vírus da corrupção e contra aquilo que está representado pelo Foro de São Paulo.

São, principalmente, dessas duas questões que devemos cuidar - antes que seja tarde demais - e não entrarmos na brincadeira (guiada pela mídia e outras lideranças nada inocentes) de se escolher qual a "boneca" ou o "carrinho" que deveremos brincar no fundo do quintal. Esse tempo não existe mais. Definitivamente não somos mais crianças e há bastante tempo já vivemos em outro mundo, o da frente da casa e não mais no seu quintal.

Não, não podemos aceitar essa brincadeira. Nossa bandeira é, e continuará sendo, a verde e amarela. Pra frente Brasil.



22 maio 2020

APÓS DIVULGAÇÃO DO VÍDEO, BOLSONARO SAIU MAIS FORTALECIDO

Acabei de ouvir/ver o vídeo (parte1, parte2, parte3, parte4, parte5, parte6, parte7, parte8, parte9, parte10) da reunião de 22/abril, liberado pelo ministro Celso de Mello, do STF. Não enxerguei nenhum crime cometido pelo presidente da República. O JB saiu por cima.
JB sendo sempre o JB
Em todos os momentos da reunião, JB guardou coerência acentuada com o que foi durante toda a sua vida e com o que disse durante a sua campanha eleitoral, incluindo combate a corrupção. Mais uma vez, enfatizou a sua vocação pela defesa da liberdade, do povo e da Nação brasileira.
Quanto ao tom e aos palavrões usados durante a reunião, também não há nenhuma novidade. Já vi/ouvi esse mesmo tom e os mesmos palavrões, no passado, em outras reuniões similares (fechadas) em diversos escalões da República, e até participei de algumas delas, inclusive em reuniões departamentais de universidades, lotadas de doutores.
E já vi/ouvi também momentos piores em ambiente público. Reuniões oficiais, como por exemplo, as sessões do STF e as do Congresso Nacional. Nelas o clima foi além dos palavrões. Em diversas vezes seus participantes foram aos tapas, e, em pelo menos uma delas, um senador foi morto a tiros.
Desse "angú" todo, o Presidente saiu mais fortalecido e, se as eleições fossem hoje, ele teria mais votos do que na eleição passada. Nas redes sociais já repercutem manifestações nesse sentido. Confira aqui e abaixo algumas delas.
Pra fechar esse dia de sucesso, no início da noite, o Presidente concedeu uma ótima entrevista à JovemPan, cujo conteúdo pode ser acessado aqui.








20 maio 2020

O BRASIL VENCERÁ

Diariamente estamos acordando, e dormindo também, bombardeados, pela maior parte da imprensa, com notícias que tentam deixar a população brasileira em pânico.

Isso está sendo conduzido, descaradamente, com o propósito de estimular brasileiros a não mais aceitarem o governo por eles eleito nas últimas eleições. É um crime contra a democracia, contra o Brasil.

As notícias manipuladas - deixaram de ser fatos e se tornaram opinião - vão desde o que se passa na intimidade do presidente da República até os assuntos mais críticos tratados pelo governo, como aqueles que dizem respeito à saúde.

Não irei entrar em detalhes sobre fatos da intimidade presidencial que a imprensa tem abordado de forma desprezível. Entretanto, aproveito esse gancho para saudar o Presidente pela manutenção de sua simplicidade existente anteriormente a sua investidura no cargo.

Em casa, digo, no Palácio, o Presidente continua usando havaianas, bermudas, camisetas de clubes ou que fazem menção à cultura popular. O Jair Bolsonaro continua, para alegria de seus eleitores, a ser o mesmo que, no passado, ajudou um idoso a transportar, carregando na cabeça, um saco de latinhas colhidas na rua.

Da mesma forma, também podemos dizer o mesmo para o uso de expressões populares que utiliza em momentos de descontração como, por exemplo, quando disse que a direita toma cloroquina e a esquerda tubaína. Ah, e veja esse vídeo por inteiro e não o que tem sido divulgado pela mídia com o objetivo de tirá-lo do contexto da entrevista que estava sendo concedida.

Do outro lado do disco, ou melhor, quando a imprensa troca o seu pendrive, ouvimos a mesma gravação dos dias anteriores. No caso do COVID-19, por exemplo, a ênfase é dada, de forma maquiavélica, para o número de mortos. Nunca para dizer que o Brasil não atingiu a mesma proporção do número de óbitos por habitantes já verificados em outros países.

Por exemplo, há poucos dias foi divulgado, com destaque, que o Brasil tinha ultrapassado o número de mortos da Bélgica. Ora, isso é muita fdp. As estatísticas internacionais, na mesma data, mostravam que o índice de mortalidade do Brasil era 10 vezes menor do que a do país citado. Enquanto lá o número era de 80 óbitos por 100 mil habitantes, aqui esse valor estava em apenas 8. Essa marca, também é menor do que a de outros países, como mostra a imagem abaixo.



Infelizmente, todos sabemos que a tendência desses números é aumentar. A história registra, em casos similares, que a queda de óbitos só ocorrerá quando estiver disponível, no mercado e não em laboratórios, uma vacina. É doloroso, todos lamentamos as mortes já ocorridas e aquelas que irão ocorrer. Porém, essa dor não pode ser expandida como, atualmente, de forma criminal, está sendo feita pela mídia brasileira. É hora de se promover conforto e não o pânico à população.

O Brasil e os brasileiros estão contribuindo, estão trabalhando muito para que os efeitos nefastos decorrentes dessa pandemia sejam minimizados. Em favor disto, parabéns ao Presidente pela nomeação dos militares para ocuparem funções no Ministério da Saúde. Popularmente, se pode dizer: "homens certos, nos lugares e nas horas certas.

O BRASIL VENCERÁ ! Saiba mais porque afirmo isto  assistindo este vídeo na íntegra.

É por aí, Presidente!

19 maio 2020

COVID-19: AS PROMISSORAS NOTÍCIAS SOBRE O SURGIMENTO DA VACINA

A indefinição em torno do isolamento social em diferentes países e o temor por novas ondas da Covid-19 em nações que já superaram o pico da doença lançam grandes expectativas em torno de uma vacina capaz de imunizar populações inteiras contra o coronavírus.
Um imunizante seria a única forma de garantir o retorno seguro às atividades rotineiras, uma vez que nem mesmo o tempo de duração da imunização de pacientes curados é consenso na comunidade científica.
Especialistas ponderam que o prazo para uma vacina eficaz chegar às prateleiras deve ser de um ano, enquanto, normalmente, levariam uma década. Governos como o dos Estados Unidos, por outro lado, têm prometido acelerar ainda mais esse processo, sem apresentar, no entanto, garantias de que isso ocorrerá.
A divulgação de um levantamento do banco de investimentos Morgan Stanley que mapeou 110 pesquisas em busca de uma fórmula imunizante e identificou seis vacinas promissoras em curso, ganhou a manchetes da maioria das empresas de comunicação, principalmente nos meios digitais.
O relatório avaliou como promissoras vacinas candidatas com os prazos mais adiantados e cujas empresas têm mais capacidade de ampliar a escala de produção para além de 500 milhões de doses.
Na lista de seis fórmulas constam desde trabalhos com tecnologia mRNA quanto vetores de vírus, como o adenovírus:
CanSino Biologics 1
Batizada de Ad5-nCoV, a vacina usa o mesmo vetor de uma fórmula aprovada para combater o ebola: um adenovírus, considerado um parente inofensivo do vírus do resfriado comum, com o objetivo  de fornecer antígenos que estimulam as respostas imunes do organismo.
A Ad5-nCoV se encontra na segunda fase de testes clínicos desde o mês passado, e foi testada em 500 pacientes até o fim de abril. Segundo o relatório, é esperado que a terceira fase comece no próximo inverno incluindo outros países além da China.
A companhia tem capacidade de produzir milhões de doses e pretende expandir para 100 milhões em 2021.
Oxford/Vaccitech
A vacina candidata, ChAdOx1 nCoV-19, usa um adenovírus de chimpanzé conhecido como ChAdOx1. Ainda está na primeira fase de testes, na qual contemplou 1.102 voluntários entre 18 e 55 anos.
A segunda e a terceira fases, que contemplarão pessoas entre 55 e 70 anos e menores de 18, respectivamente, deverão começar em junho e testarão 5.000 pessoas.
A produção em larga escala começou e a expectativa é que 100 milhões doses sejam produzidas até o fim de 2020. Até o ano que vem, espera-se que haja centenas de milhões disponíveis.
BioNTech/Pfizer
A vacina testada pelas duas empresas, chamada BNT162, é formada a partir da combinação de três formatos de mRNA (ou seja, a inoculação do RNA mensageiro) e dois antígenos.
As duas empresas já tinham uma parceria para a produção de vacinas contra a influenza, firmada em 2018. Os testes clínicos estão em andamento e a expectativa é que centenas de milhões de doses estejam disponíveis no mercado em 2021.
Moderna/NIH
A vacina candidata mRNA-1273 ganhou os holofotes globais na última segunda-feira depois que a Moderna anunciou êxito na imunização de um grupo pequeno de pacientes.
Assim como a fórmula imunizante da BioNTech e da Pfizer, a aposta da companhia americana é a técnica do RNA mensageiro. Os trabalhos são formalmente apoiados pelo National Institutes of Health (NIH), órgão do governo dos Estados Unidos.
Após estudos que apontaram para a segurança da pesquisa, a primeira fase foi estendida para a inclusão de três grupos de adultos entre 55 e 71 anos e outros três de idosos acima dessa faixa de idade, que compõem o chamado grupo de risco.
A segunda etapa contemplará 600 voluntários e foi aprovada pela Food and Drug Administration, agência americana equivalente à Anvisa no Brasil. O planejamento da terceira fase está em fase final e o trabalho prático deve começar a partir de junho.
A Moderna afirma ser capaz de produzir milhões de doses e, recentemente, selou um acordo com a farmacêutica Lonza para ampliar a produção. Até o fim do ano, a pretensão é ampliar a escala em 10 milhões a cada mês até chegar a uma taxa de 1 bilhão de doses por ano na metade de 2021.
Johnson & Johnson
Outra vacina candidata baseada na técnica de adenovírus, a Ad26 Sars-CoV-2 começará os testes clínicos em setembro. A Johnson & Johnson pretende produzir entre 600 milhões e 900 milhões no primeiro trimestre de 2021 e 1 bilhão até o fim do próximo ano. Embora em fase pré-clínica, a fórmula imunizante se encaixou nos critérios da Morgan Stanley. 
Sanofi/GSK
Ainda sem nome, a fórmula pesquisada pelas duas companhas pretende misturar as técnicas de recombinação (uso do vírus inativo) de baculovírus usada na produção da Flublok, uma vacina contra gripe da Sanofi, com a tecnologia de sistemas adjuvantes (substâncias adicionadas a vacinas para aumentar a resposta imune) presente na vacina Shingrix, contra herpes-zóster, da GSK.
Os primeiros testes em humanos devem ocorrer no último trimestre deste ano. A capacidade de produção, segundo as empresas, deverá ser de 1 bilhão de doses por ano até o fim da primeira metade de 2021. Assim como a vacina da Johnson & Johnson, o imunizante está na fase pré-clínica, mas também é visto como promissor.




17 maio 2020

Uma Lágrima por Moro (na companhia de Drummond)

AUTOR: anônimo 

E agora, José?  

A festa acabou, 
a luz apagou, 
o povo sumiu. 
A toga rasgou, 
você não é mais juiz, 
nem ministério você tem. 

E agora? 

Você que era gigante, 
amado do povo, 
admirado pelo mundo.

E agora, José Moro?

Andavas na rua, 
era abraçado, 
selfies a mil.

Era celebridade, 
sujeito ilustre, 
um dignitário. 

E agora?

A fama acabou, 
o dinheiro entrou(?), 
mas a honra se foi. 

Virou  um bordão, 
na moral um anão, 
agora está só. 

O povo lhe amava, 
ao vê-lo chorava, 
gritava Môôro. 

Agora acabou, 
você faleceu, 
um judas nasceu, 
a honra se foi. 

E agora, José?

Sem a luz do palco, 
sem o brilho de outrora, 
o que vai fazer?

A esquerda lhe odeia, 
a direita lhe despreza, 
pra onde fugir? 

Você tinha gloria, 
cargo e fama, 
mas virou um traíra. 

Por quê você fez isso, 
tomou alguma, 
ou cheirou o que não devia?

Você era herói, 
agora nos dói vê-lo contando lorotas, 
fazendo fofocas, 
perdido pela ambição.

Você tinha tudo, 
era sortudo, 
o nosso guerreiro.

Mas em plena pandemia, 
união se pedia, 
e olha o que você fez?

A mosca azul lhe infectou, 
ou virou  um robô, 
pra Globo e pro Dória? 

Pobre de você,
Moro José, você acabou.

É coisa pra chorar,
mas somente uma lágrima vou deixar, 
sobre seu caixão moral.

Que pena, Moro. 

Nós brasileiros vestimos nosso herói, 
mas ao acordarmos vimos que o nosso rei estava nu. 

E agora, Moro?

Você não traiu Bolsonaro e o Brasil. 
Você traiu a si próprio, 
você se matou. 

Que pena, Moro! 

E agora, Moro José?

16 maio 2020

LA QUE SE AVECINA

O reconhecido jornalista espanhol, Luis María Ansón, publicou no jornal El Mundo, em 12/02/2020, o artigo abaixo copiado, na íntegra, no qual o escritor chama a atenção para os planos do Foro de São Paulo, planejados para o período 2019-2023.

Em seu primeiro parágrafo, Ansón aponta aqueles que lideraram a criação do Foro e suas motivações e objetivos. O primeiro deles, Fidel Castro e o segundo, o Lula. Ambos deixaram uma biografia vergonhosa para os seus respectivos países. 


Sobre a ditadura que Fidel implantou em Cuba, um bom relato sobre o que lá aconteceu se encontra no livro "Nossos anos verde-oliva", do chileno Roberto Ampuero, romance autobiográfico sobre os anos em que viveu exilado em Cuba (jul/1974-ago/1979), após fugir do Chile, perseguido pela DINA e pelos carabineros de Augusto Pinochet. Capa e pequenos trechos deste livro estão acessíveis neste artigo e nos seus respectivos comentários.


Quanto ao Lula, nosso ex-presidente já condenado a mais de 26 anos de prisão, até o momento, sua biografia é vastamente encontrada nas principais páginas policiais da imprensa local e mundial. Para o Brasil, o período Lula-Dilma, em quase 16 anos de governo, deixou um estoque infernal de miséria e pobreza, cujo resumo pode ser conferido aqui.


A partir do segundo parágrafo de seu artigo, Ansón revela os planos do Foro de São Paulo para os períodos 2019-2020, 2021-2022 e 2022-2023. Nada difere do que já conhecemos sobre os conceitos e propósitos dos já citados Fidel e Lula. Felizmente, para os cubanos e para o mundo, o primeiro já se encontra em uma caixa de concreto.


Boa leitura.

xxx ... xxx ... xxx

La que se avecina

Luis María Ansón. El Mundo, 12/02/2020. 
FIDEL Castro y Lula da Silva pusieron en marcha en 1990 el Foro de Sao Paulo para evitar que la extrema izquierda comunista, tras el fin de la Unión Soviética, se derrumbara en Iberoamérica. Cuba, México, Argentina, Venezuela, Nicaragua son algunos de los países que alientan el Foro, con ramificaciones en España.
Para los años 2019 y 2020, el Foro, al que pertenecen más de cien partidos y agrupaciones, ordenó los siguientes objetivos: someter los poderes legislativo y judicial al ejecutivo; modificar los mandatos constitucionales para manejar el dinero de los presupuestos del Estado; desmitificar la religión, introduciendo elementos que confundan sus principales celebraciones con leyendas y frivolidades; incrementar el manejo de los medios de comunicación; defender a ultranza la relatividad de los valores establecidos; controlar la educación y dedicarla al adoctrinamiento político; introducir en el Ejército a personas afines al partido.
Conforme a lo que establece la agenda del Foro de Sao Paulo, estos son los objetivos para 2021 y 2022: control de las redes sociales; magnificar la «corrupción» de los sectores neoliberales; perseguir a los grandes empresarios para que huyan del país; control total de internet; multiplicar los gastos de la Administración, creando puestos en favor de los miembros de la izquierda comunista; establecer estructuras paralelas para diluir las administraciones públicas hostiles; control de los Bancos, de los cambios y las divisas.
La etapa tercera del Foro de Sao Paulo especifica en su agenda para 2022 y 2023 lo siguiente: expropiaciones masivas de terrenos y empresas otorgando su gestión a los líderes de la extrema izquierda comunista; reparto de las viviendas en favor de los afiliados; reforma de las Constituciones y de las leyes electorales para garantizarse la reelección; colocar en manos del Estado todos los bienes de producción, y, finalmente, sí al trabajo, fuera el capital.
No se trata de especulaciones. Este es el programa escrito de la ultraizquierda comunista para los próximos cuatro años. Los sectores liberales pueden mirar hacia otro lado y pensar que aquí no pasa nada. La España sanchista está ya de hecho en la letra del Foro de Sao Paulo. Y la que se avecina, lo que nos espera, salvo que el liberalismo democrático ponga freno, aparece claramente especificado en el programa del extremismo comunista.
Luis María Ansón, de la Real Academia Española.

09 maio 2020

O MUNDO À ESPERA DE UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL



Durante esta semana o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, desta feita no Supremo Tribunal Federal, que Economia é vida."Devemos nos preocupar com a vida, sim, mas também com empregos. Economia é vida. Sem ela a expectativa de vida vai lá pra baixo e o IDH também".

Nesta sexta-feira, portanto na mesma semana da afirmação acima, foi publicada uma extensa matéria nas páginas de economia do "The Washington Post" que reforça o que disse o nosso Presidente da República, sob o título "U.S. unemployment rate soars to 14.7 percent, the worst since the Depression era".

A matéria, já em seu título, nos diz que a taxa de desemprego nos EUA subiu para 14,7%, a pior desde a era da Depressão e, na sequencia, que 20,5 milhões de pessoas perderam o emprego em abril, acabando com uma década de ganhos em um único mês e que muitos analistas acreditam que pode levar anos para se recuperar. O número oficial também exclui o recorde de 6,6 milhões de trabalhadores que deixaram a força de trabalho por completo e os 5 milhões que foram forçados a reduzir suas horas e trabalhar meio expediente. 

A súbita contração econômica forçou milhões de americanos a recorrerem aos bancos de alimentos e buscarem ajuda do governo pela primeira vez ou pararem de pagar aluguel e outras contas. Alguns perderam também o seguro de saúde e até colocaram suas casas à venda, é o que nos diz a matéria.

Lá (aqui no Brasil também) as perdas de empregos começaram no setor hoteleiro e atingiu a marca de 7,7 milhões de empregos em abril. O varejo perdeu 2,1 milhões e a indústria 1,3 milhão. 

Houve até 1,4 milhão de demissões no setor de saúde no mesmo mês, já que os pacientes adiaram atendimento odontológico, cirurgias menores e outras coisas além do atendimento de emergência.

Aqui, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma pesquisa na qual 40% dos brasileiros tiveram perdas na renda desde o início da pandemia. Segundo Agência Brasil, 23% dos entrevistados perderam totalmente os ganhos e 17% tiveram redução no valor mensal de renda. Ainda de acordo com o estudo, 77% dos trabalhadores têm medo de perder o emprego. Para 48% das pessoas esse temor é grande, para 19% é médio e para 10%, pequeno.

Tanto nos EUA como no Brasil, os trabalhadores com baixos salários, em restaurantes e no varejo, foram os mais atingidos pela crise do emprego. Muitos desses trabalhadores já estavam vivendo de salário em salário e tinham a menor poupança antes da pandemia.

Também aqui como lá, há um consenso crescente de que a economia não vai se recuperar rapidamente. Muitas empresas não sobreviverão e aquelas que escaparem da crise irão precisar de menos trabalhadores nos próximos meses, ou possivelmente anos.

Enfim, não estamos sós, ambos os países e o resto do mundo, enfrentam problemas e tensões que não imaginavam há apenas poucos meses atrás. Todos estão à  espera de uma luz no final do túnel. 

No Brasil, as ações para por luz no túnel, até o momento, estão resumidas neste video.

08 maio 2020

UMA CAMINHADA PELA VIDA

É vergonhoso para o Brasil e para o mundo, chegarmos ao estágio em que dezenas de empresários, responsáveis pela geração de cerca de 30 a 40 milhões de empregos no País, que economicamente levam o País nas costas - representam cerca de 45% do PIB, tenham que comparecer e solicitar (ou implorar) a sua Suprema Corte para que não impeçam os seus empreendimentos de continuarem funcionando e gerando empregos em benefício da Nação. O presidente da República, na ocasião, afirmou ao presidente do STF que "devemos nos preocupar com a vida, sim, mas também com empregos. Economia é vida. Sem ela a expectativa de vida vai lá pra baixo e o IDH também".

Estamos falando, obviamente, da caminhada efetuada, nesta data, 07/05/2020, entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, sob a liderança do Presidente da República.

Do outro lado, no STF, se encontraram com o seu presidente que lá chegou não por mérito (incapaz de passar num concurso público e que nunca deu emprego para ninguém) mas por ser amigo do presidente da República de então, hoje condenado, em segunda instância, a mais de 26 anos de prisão por crimes de corrupção.

O quadro se tornou ainda mais vergonhoso, quando, agora à noite, lemos que ministros do STF, criticaram a visita do presidente da República e dos empresários, classificando-a como "presepada", "molecagem" e "pegadinha".

Em oposição aos que criticaram essa caminhada está o povo brasileiro, que a aplaudiu e que se manifestouatravés das redes sociais, todos aqueles que foram ao STF.


Atualizado em 18/05/2020 às 22:16 h

05 maio 2020

A MONTANHA PARIU UM RATO

Nesta tarde de 05/05/2020, foi disponibilizado publicamente o depoimento prestado pelo ex-ministro Sérgio Moro à Polícia Federal.

Após a sua leitura, a sensação que nos fica é a de que a montanha pariu um rato, expressão encontrada nas Fábulas de Esopo (Fábulas de Esopo, Livro IV, XXII – Mons parturiens), copiada a seguir:


'Mons parturibat, gemitus immanes ciens,

 eratque in terris maxima exspectatio.

 At ille murem peperit. Hoc scriptum est tibi,

 qui, magna cum minaris, extricas nihil.’

'Fábulas de Esopo, Livro IV, XXII – Mons parturiens'

Tradução:

'A montanha dava à luz, no meio de gemidos medonhos,
imensa era nos povos a expectativa.
Mas ela pariu um rato.
Isto foi escrito para ti,
que, embora projetes grandes coisas,/nada acertas.'



Leia abaixo a íntegra do depoimento prestado pelo ex-ministro Sergio Moro. Fonte: CNNBrasil

Na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no Estado do Paraná, onde presente se encontrava CHRISTIANE CORREA MACHADO, Delegada de Polícia Federal, Matr. 10.568, Chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado - DICOR, e WEDSON CAJÉ LOPES, Delegado de Polícia Federal, lotado no SINQ/DICOR, compareceu Sergio Fernando Moro

QUE tomou conhecimento pela imprensa sobre a determinação do Ministro Celso de Mello sobre a sua oitiva, tendo se colocado à disposição para prestar declarações, informando o fato à Polícia Federal;  

QUE perguntado sobre sua definição sobre interferência política do Poder Executivo em cargos de chefia no âmbito da Polícia Judiciária, respondeu que entende que seja uma interferência sem uma causa apontada e portanto arbitrária;  

QUE durante o período que esteve à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, houve solicitações do Presidente da República para substituição do Superintendente do Rio de Janeiro, com a indicação de um nome por ele, e depois para substituição do Diretor da Polícia Federal, e, novamente, do Superintendente da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro, que teria substituído o anterior, novamente com indicação de nomes pelo presidente;  

QUE, durante sua gestão, apenas concordou com a primeira substituição, pois, circunstancialmente, o Superintendente do RJ, RICARDO SAAD, havia manifestado interesse de sair, por questões familiares, e a sua troca já estava planejada pelo Diretor Geral, sendo nomeado um nome com autonomia pela própria Polícia Federal, o que garantia a continuidade regular dos serviços de Polícia Judiciária;  

QUE na sua gestão preservou a autonomia da Polícia Federal, em relação a interferência política e pediu demissão no dia 24 de abril de 2020, com o mesmo objetivo;  

QUE durante a sua coletiva ocorrida em 24 de abril de 2020 narrou fatos verdadeiros, cujo objetivo era esclarecer os motivos de sua saída, preservar autonomia da Polícia Federal, da substituição de Diretor e de Superintendentes, sem causa e com desvio de finalidade, como reconhecimento posteriormente pelo próprio Supremo Tribunal Federal em decisão proferida no dia 29 de abril que suspendeu a posse do DPF ALEXANDRE RAMAGEM;  

QUE perguntado se identificava nos fatos apresentados em sua coletiva alguma prática de crime por parte do Exmo. Presidente da República, esclarece que os fatos ali narrados são verdadeiros, que, não obstante, não afirmou que o presidente teria cometido algum crime;  

QUE quem falou em crime foi a Procuradoria Geral da República na requisição de abertura de inquérito e agora entende que essa avaliação, quanto a prática de crime cabe às Instituições competentes;  

QUE em agosto de 2019 houve uma solicitação por parte do Exmo. Presidente da República de substituição do Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, RICARDO SAAD;  

QUE essa solicitação se deu de forma verbal, no Palácio do Planalto;  

QUE não se recorda se houve troca de mensagens sobre esse assunto;  

QUE não se recorda se alguém, além do declarante e do Exmo. Presidente da República tenha presenciado essa solicitação;  

QUE no entanto, reportou esse fato tanto ao Diretor da Polícia Federal, MAURÍCIO VALEIXO, como ao Dr. SAAD;  

QUE os motivos dessa solicitação devem ser indagados ao Presidente da República,  

QUE, após muita resistência, houve, como dito acima, concordância do Declarante e do Dr. VALEIXO, com a substituição;

QUE o presidente, após a concordância, declarou publicamente que havia mandado trocar o SR/RJ por motivo de produtividade;  

QUE para o Declarante não havia esse motivo e a própria Polícia Federal emitiu nota pública, informando a qualidade do serviço da SR/RJ, o que também pode ser verificado por dados objetivos de produtividade;

QUE só concordou com a substituição porque o novo SR, CARLOS HENRIQUE foi uma escolha da PF e isso garantia a continuidade regular dos serviços da SR/RJ e a própria Polícia Federal informou na nota acima que ele seria o substituto;  

QUE o Presidente, contrariado, deu nova declaração pública afirmando que era ele quem mandava e que o novo Superintendente seria ALEXANDRE SARAIVA;  

QUE o Diretor da Polícia Federal ameaçou se demitir e que o Declarante conseguiu demover o Presidente;  

QUE tem presente que ALEXANDRE SARAIVA é um bom profissional, no entanto não era o nome escolhido pela Polícia Federal,  

QUE o presidente já havia indicado ao Declarante a intenção de indicar ALEXANDRE SARAIVA, mas que da sua parte entendia que a escolha deveria ser da Polícia Federal;  

QUE mesmo antes, mas, principalmente, a partir dessa época o Presidente passou a insistir na substituição do Diretor da PF, MAURÍCIO VALEIXO;  

QUE essa pressão foi, inclusive, objeto de diversas matérias na imprensa;  

QUE conseguiu demover o presidente dessa substituição por algum tempo;  

QUE o assunto retornou com força em janeiro de 2020, quando o Presidente disse ao Declarante que gostaria de nomear ALEXANDRE RAMAGEM no cargo de Diretor Geral da Polícia Federal e VALEIXO iria, então, para uma Adidância;  

QUE isso foi dito verbalmente no Palácio do Planalto;  

QUE, eventualmente o General Heleno se fazia presente;  

QUE esse assunto era conhecido no Palácio do Planalto por várias pessoas;  

QUE pensou em concordar para evitar um conflito desnecessário, mas que chegou à conclusão que não poderia trocar o Diretor Geral sem que houvesse uma causa e que como RAMAGEM tinha ligações próximas com a família do Presidente isso afetaria a credibilidade da Polícia Federal e do próprio Governo, prejudicando até o Presidente;  

QUE essas ligações são notórias, iniciadas quando RAMAGEM trabalhou na organização da segurança pessoal do presidente durante a campanha eleitoral;  

QUE os motivos pelos quais o Presidente queria substituir VALEIXO por RAMAGEM devem ser indagados ao Presidente;  

QUE RAMAGEM, pela questão da proximidade, o Declarante afirma que o presidente, nessa época, lhe dizia que era uma questão de confiança;  

QUE o presidente chegou a sugerir dois outros nomes para Diretor Geral da Polícia Federal, ao invés de RAMAGEM, mas que os nomes não tinham a qualificação necessária, segundo a opinião do Declarante;  

QUE, ainda em janeiro, o Declarante sugeriu dois nomes para o Presidente, FABIANO BORDIGNON e DISNEY ROSSETI para substituir VALEIXO;  

QUE a troca geraria desgaste para o Declarante, mas, pelo menos, não abalaria a credibilidade da Polícia Federal ou do Governo;  

QUE a substituição sem causa do DG e a indicação de uma pessoa ligada ao Presidente e a sua família seriam uma interferência política na PF;  

QUE os dois outros nomes eram ANDERSON TORRES e CARRIJO e ambos não tinham história profissional na Polícia Federal que os habilitassem ao cargo, além de também serem próximos à família do presidente;  

QUE no começo de março de 2020, estava em Washington, em missão oficial com o Dr. VALEIXO;  

QUE recebeu mensagem pelo aplicativo Whatsapp do Presidente da República, solicitando, novamente, a substituição do Superintendente do Rio de Janeiro, agora CARLOS HENRIQUE;  

QUE a mensagem tinha, mais ou menos o seguinte teor: “Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro”;  

QUE esclarece que não nomeou e não era consultado sobre as escolhas dos Superintendentes; QUE essa escolha cabia, exclusivamente, à Direção Geral da Polícia Federal;

QUE nem mesmo indicou o Superintendente da Polícia Federal do Paraná;

QUE os motivos para essa solicitação entende que devem ser indagados ao Presidente da República; QUE falou sobre a solicitação de troca do Diretor VALEIXO, ainda em Washington;

QUE até aventaram a possibilidade de atender ao Presidente para evitar uma crise;  

QUE, no entanto, o Diretor VALEIXO afirmou que não poderia ficar no cargo se houvesse uma nova substituição sem causa do SR/RJ por um nome indicado pelo Presidente da República;

QUE o Diretor VALEIXO declarou que estava cansado da pressão para a sua substituição e para a troca do SR/RJ; QUE por esse motivo e também para evitar conflito entre o Presidente e o Ministro o Diretor VALEIXO disse que concordaria em sair;

QUE nesse momento não havia nenhuma solicitação sobre interferência ou informação de inquéritos que tramitavam no Rio de Janeiro;  

QUE, por esse motivo, o Declarante, apesar da resistência, cogitou aceitar as trocas, desde que o substituto do Diretor Geral fosse de sua escolha técnica e pessoa não tão próxima ao presidente;  

QUE depois, porém, entendeu que também não poderia aceitar a troca do SR/RJ sem causa;

QUE a partir de então cresceram as insistências do PR para a substituição tanto do Diretor Geral quanto do SR/RJ;

QUE, certa feita, provavelmente, no mês de março o PR passou a reclamar da indicação da Superintendente de Pernambuco;  

QUE essas reclamações sobre o superintendente no Estado de Pernambuco não ocorreram anteriormente;

QUE entende que os motivos da reclamação devem ser indagados ao Presidente da República;  

QUE é oportuno destacar que as indicações para Superintendentes vêm da Direção Geral, mas passam pelo crivo da Casa Civil e que não houve nenhum óbice apontado em relação a esses nomes;  

QUE o Presidente não interferiu, ou interferia, ou solicitava mudanças em chefias de outras Secretarias ou órgãos vinculados ao Ministério da Justiça, como, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal, DEPEN, Força Nacional;  

QUE o presidente, apenas uma vez, solicitou a revogação da nomeação de Ilona Szabo para o Conselho Nacional de Política Criminal do Ministério da Justiça, órgão consultivo, e que o Declarante, após relutar, concordou em aceitar a solicitação;

QUE o Declarante perguntado se as trocas solicitadas estavam relacionadas à deflagração de operações policiais contra pessoas próximas ao Presidente ou ao seu grupo político disse que desconhece, mas observa que não tinha acesso às investigações enquanto ainda evoluíam;

QUE crescendo as pressões para as substituições, o Presidente lhe relatou verbalmente no Palácio do Planalto que precisava de pessoas de sua confiança, para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência;

QUE perguntado se havia desconfiança em relação ao Diretor VALEIXO, o Declarante respondeu que isso deve ser indagado ao Presidente; QUE o próprio Presidente cobrou em reunião do conselho de ministros, ocorrida em 22 de abril de 2020, quando foi apresentado o PRÓ-BRASIL, a substituição do SR/RJ, do Diretor Geral e de relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal;

QUE o presidente afirmou que iria interferir em todos os Ministérios e quanto ao MJSP, se não pudesse trocar o Superintendente do Rio de Janeiro, trocaria o Diretor Geral e o próprio Ministro da Justiça;

QUE ressalta que essas reuniões eram gravadas, como regra, e o próprio Presidente, na corrente semana, ameaçou divulgar um vídeo contra o Declarante de uma dessas reuniões;

QUE nessas reuniões de conselho de ministros participavam todos os ministros e servidores da assessoria do Planalto;

QUE a afirmação do Presidente de que não recebia informações ou relatórios de inteligência da Polícia Federal não era verdadeira;

QUE o Declarante, em relação ao trabalho da Polícia Federal, informava as ações realizadas, resguardado o sigilo das investigações;

QUE o Declarante, por exemplo, fazia como ministros do passado e comunicava operações sensíveis da Polícia Federal, após a deflagração das operações com buscas e prisões;

QUE o Declarnte fez isso inúmeras vezes e há mensagens de Whatsapp a esse respeito ora disponibilizadas;

QUE ilustrativamente, isso aconteceu após as buscas e prisões envolvendo o atual Ministro do Turismo e o Senador Fernando Bezerra, mas que essas informações não abrangiam dados sigilosos dos inquéritos;

QUE pontualmente comunicou essas operações antecipadamente, em casos sensíveis e que demandavam um apoio do presidente, como na expulsão do integrante do PCC, vulgo "FUMINHO" de Moçambique;

QUE quanto a relatórios de inteligência, esclarece que a PF não é órgão de produção direta de inteligência para a Presidência da República;

QUE os relatórios de inteligência da Polícia Federal sobre assuntos estratégicos e de Segurança Nacional são inseridos pela sua diretoria de Inteligência no SISBIN e que a ABIN consolida essas informações de inteligência, juntamente, com dados de outros órgãos e as apresenta ao Presidente da República;

QUE o próprio Declarante já recebeu relatórios de inteligência da ABIN que continham dados certamente produzidos pela inteligência da Polícia Federal;

QUE o próprio Presidente da República em seu pronunciamento na sexta-feira, dia 24 de abril de 2020, declarou que um dos motivos para a a demissão do Diretor Geral da PF seria a falta de recebimento de relatórios de inteligência de fatos nas últimas 24 horas;

QUE o argumento não procede, pois os relatórios de inteligência estratégica da Polícia Federal eram disponibilizados ao Presidente da República via SISBIN e ABIN;

QUE também não justificaria a demissão do Diretor VALEIXO a suposta falta de disponibilização dessa inteligência, já que cobrada pelo Presidente ao Declarante dois dias anteriores à exoneração do Diretor;

QUE o presidente nunca solicitou ao Declarante a produção de um relatório de inteligência estratégico da PF sobre um conteúdo específico, causando estranheza que isso tenha sido invocado como motivo da demissão do Diretor Geral da PF;

QUE perguntado se o presidente da República, em algum momento lhe solicitou relatórios de inteligência que subsidiavam investigações policiais, o Declarante respondeu que o Presidente nunca lhe pediu até porque o Declarante ou o Diretor  VALEIXO jamais violariam sigilo de investigação policial;

QUE na quinta-feira, dia 23 de abril de 2020, o Presidente enviou ao Declarante por mensagem de Whatsapp um link de notícia do site "oantagonista" informando que a PF estaria no encalço de Deputados Bolsonaristas, QUE antes que o Declarante pudesse responder, o Presidente mandou outra mensagem afirmando que este seria mais um motivo para a troca da PF;

QUE o Declarante ficou apreensivo com a mensagem;

QUE o Declarante reuniu-se com o Presidente às 9h do dia 23 de abril de 2020, e trataram da substituição do Diretor Geral da Polícia Federal;

QUE o Presidente lhe disse que VALEIXO seria exonerado, a pedido, ou de ofício, e que nomearia o DPF ALEXANDRE RAMAGEM, porque seria uma pessoa de confiança do Presidente, com o qual ele poderia interagir;

QUE o Declarante informou ao Presidente que isso representaria uma interferência política na PF, com o abalo da credibilidade do  governo, isso tudo, durante uma pandemia;

QUE o Declarante também disse poderia trocar o Diretor VALEIXO desde que houvesse uma causa, como uma insuficiência de desempenho ou erro grave, mas não havia nada disso;

QUE o Declarante pediu ao Presidente que reconsiderasse, mas que se isso não ocorresse o Declarante seria obrigado a sair e a declarar a verdade sobre a substituição;

QUE o Presidente lamentou, mas disse que a decisão estava tomada;

QUE o Declarante reuniu-se  em seguida com os ministros militares do Palácio do Planalto e relatou a reunião com o Presidente;

QUE a reunião foi com os Ministros Generais RAMOS, HELENO e BRAGA NETTO;

QUE o Declarante informou os motivos pelos quais não podia aceitar a substituição e também declarou que sairia do governo e seria obrigado a falar a verdade;

QUE na ocasião o Declarante falou dos pedidos do Presidente de obtenção  de Relatórios de Inteligência da PF, que inclusive havia sido objeto de cobrança pelo Presidente na reunião de conselho de ministros, oportunidade na qual o Ministro HELENO afirmou que o tipo de relatório de inteligência que o Presidente queria  não tinha como ser fornecido;

QUE os Ministros se comprometeram a tentar demover o Presidente,

QUE o Declarante retornou ao MJSP na esperança de a questão ser solucionada;

QUE logo depois vazou na imprensa que o Planalto substituiria VALEIXO e que, em decorrência, o Declarante sairia do governo;

QUE o MJSP foi contatado por muitos jornalistas e políticos querendo confirmar, mas que o Declarante entendia que não poderia confirmar, já que tinha esperança de que o Presidente mudaria de idéia;

QUE à tarde do dia 23 de abril de 2020, recebeu uma ligação do Ministro RAMOS indagando se seria possível uma solução intermediária, com a saída de VALEIXO, mas a nomeação de um dos nomes que o Declarante já havia informado antes, a saber: FABIANO BORDIGNON ou DISNEY ROSSETI;

QUE o Declarante informou que haveria um impacto ao governo e à sua credibilidade, mas que, garantida a nomeação técnica e de pessoa não proximamente ligada à família do presidente, a solução seria aceitável;

QUE ligou para o Diretor VALEIXO, que concordou com a substituição sugerindo o nome de DISNEY ROSSETI;

QUE o Declarante ligou em seguida ao Ministro RAMOS e então manifestou a sua concordância, mas ressaltou que seria a única mudança e que não concordava com a troca pretendida do superintendente da SR/RJ;

QUE o Ministro RAMOS ficou de levar a questão ao Presidente e de retornar, mas não o fez;

QUE à noite do dia 23 de abril de 2020, recebeu informações não oficiais de que o ato de exoneração do Diretor VALEIXO havia sido encaminhado para publicação;

QUE buscou a confirmação do fato no Planalto com os ministros BRAGA NETTO e RAMOS, tendo o primeiro informado que não sabia e o segundo informado que iria checar e retornar, mas não o fez;

QUE, durante a madrugada do dia 24 de abril de 2020, saiu a publicação, o que tornou irreversível a demissão do Declarante;

QUE o Declarante não assinou o decreto de exoneração de MAURÍCIO VALEIXO e não passou pelo Declarante qualquer pedido escrito ou formal de exoneração do Diretor VALEIXO;

QUE na manhã do dia 24 de abril de 2020, encontrou-se com VALEIXO e ele lhe disse que não teria assinado ou feito qualquer pedido de exoneração;

QUE VALEIXO disse ao Declarante que, na noite do dia 23 de abril de 2020, teria recebido uma ligação do Planalto na qual o Presidente teria lhe dito que ele, VALEIXO, seria exonerado no dia seguinte e lhe perguntado se poderia ser "a pedido";

QUE VALEIXO disse ao Declarante que como a decisão já estava tomada não poderia fazer nada para impedir, mas reiterou que não houve, nem partiu dele, qualquer pedido de exoneração;

QUE VALEIXO poderá esclarecer melhor o conteúdo dessa conversa;

QUE perguntado em regra, como ocorrem as exonerações no âmbito do Ministério da Justiça e como se dá o processo de assinatura no Diário Oficial da União, respondeu

QUE pedidos de nomeação e de exoneração são assinados eletronicamente pelo Declarante e enviados ao Palácio do Planalto;

QUE não delegava essa função a subordinados;

QUE decretos assinados pelo Presidente da República e em concurso com o Declarante, quando sua origem era um ato produzido pelo MJSP, o que seria o caso da exoneração do Diretor VALEIXO, sempre eram assinados previamente pelo Declarante, pelo sistema eletrônico SIDOF, antes de encaminhados ao Planalto;

QUE nunca, pelo que se recorda, viu antes um ato do MJSP ser publicado sem a sua assinatura, pelo menos, eletronicamente;

QUE em virtude do ocorrido decidiu exonerar-se e informar em pronunciamento coletivo os motivos de sua saída;

QUE o Declarante entendeu que havia desvio de finalidade na exoneração do Diretor MAURÍCIO VALEIXO, à qual se seguiria a provável nomeação do DPF ALEXANDRE RAMAGEM, pessoa próxima à família do presidente, e as substituições de superintendentes, tudo isso sem causa e o que viabilizaria ao Presidente da República interagir diretamente com esses nomeados para colher, como admitido pelo próprio Presidente, o que ele chamava de relatórios de inteligência, como também admitido pelo próprio Presidente;

QUE reitera que prestou as declarações no seu pronunciamento público para esclarecer as circunstâncias de sua saída, para expor o desvio de finalidade já reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal e com o objetivo de proteger a autonomia da Polícia Federal;

QUE reitera que em seu pronunciamento narrou fatos verdadeiros, mas, em nenhum momento, afirmou que o Presidente da República teria praticado um crime e que essa avaliação cabe às instituições competentes;

QUE posteriormente, no mesmo dia 24 de abril de 2020, o Presidente da República fez um pronunciamento no qual confirmou várias declarações feitas pelo Declarante, como a de que o presidente poderia substituir o Diretor Geral, os superintendentes, qualquer pessoa na pirâmide do Poder Executivo Federal; que o Presidente da República, apesar disso, não esclareceu o motivo pelo qual realizaria  essas substituições, salvo que o Diretor VALEIXO estaria cansado mas, mais uma vez, o Declarante  reitera que o cansaço do diretor VALEIXO era oriundo das pressões por suas substituição e de superintendentes;

Que o Presidente também reconheceu que uma da causas para a troca seria a falta de acesso a relatórios de inteligência da PF, mas que, como o Declarante já esclareceu acima, o Presidente já detinha esse acesso, do que legalmente poderia ser acessado, via SISBIM e ABIN;

Que ademais, como dito acima, nunca houve pelo Presidente, um pedido ao Declarante de algum relatório específico de inteligência propriamente dito e que, portanto, não teria sido atendido;

Que, quanto às informações ou relatórios sobre investigações sigilosas em curso, o Presidente nunca pediu nada da espécie ao Declarante ou ao Diretor VALEIXO, até porque, ele sabe que não seria atendido.;

Que o Presidente também alegou como motivo da exoneração de VALEIXO uma suposta falta de empenho da Polícia Federal na investigação de possíveis mandantes da tentativa de assassinato perpetrada por ADÉLIO;

Que a Polícia Federal de Minas Gerais fez um amplo trabalho de investigação e isso foi mostrado ao Presidente ainda no primeiro semestre do ano de 2019, numa reunião ocorrida no Palácio do Planalto, com a presença do Declarante, do Diretor VALEIXO, do Superintendente  de Minas Gerais e com delegados responsáveis pelo caso;

Que na ocasião, o Presidente não apresentou qualquer contrariedade em relação ao que lhe foi apresentado;

Que essa apresentação ao Presidente decorreu da sua condição de vítima e ainda por questão de Segurança Nacional, entendendo o Declarante que não havia sigilo legal oponível ao Presidente pelas circunstâncias especiais;

Que a investigação sobre possíveis mandantes do crime não foi finalizada em razão de decisão judicial contrária ao exame do aparelho celular do advogado de ADÉLIO;

Que o Presidente tinha e tem pleno conhecimento desse óbice judicial;

Que o Declarante entende que antes do final das investigações não é possível concluir se ADÉLIO agiu ou não sozinho e que, de todo modo, o Declarante, ao contrário do que afirmado publicamente pelo Presidente da República na data de hoje (02 de maio de 2020) jamais obstruiu essa investigação, ao contrário, solicitou à Polícia Federal o máximo empenho e ainda chegou a informar à AGU, na pessoa do Ministro ANDRÉ MENDONÇA, da importância de que a AGU ingressasse na causa para defender o acesso ao celular, não pelo interesse pessoal do Presidente, mas também  pelas questões relacionadas à Segurança Nacional;

Que o Presidente, no pronunciamento de sexta-feira 24 de abril, também reclamou da falta de empenho do Declarante e da Polícia Federal para esclarecer as declarações do porteiro de seu condomínio  acerca do suposto envolvimento do Presidente no assassinato de MARIELE e ANDERSON;

Que tal reclamação não procede pois foi o próprio Declarante que solicitou  a atuação do MPF e da Polícia Federal na apuração do caso e a Polícia Federal colheu depoimento do porteiro no qual ele se retratou, além de realizar outras diligências;

Que, após pronunciamento do Presidente da República, no qual este afirmou que o Declarante mentia, e que ainda teria condicionado a troca do Diretor Geral à nomeação do Declarante ao Supremo Tribunal Federal, o Declarante, ao responder consulta do Jornal Nacional sobre o que foi dito pelo Presidente, reputou necessário, para restabelecer a verdade dos fatos encaminhar ao Jornal Nacional as mensagens trocados com o Presidente na manhã do dia 23 de abril de 2020, e ainda a troca de mensagens com a Deputada Federal, CARLA ZAMBELLI, pessoa muito ligada ao Presidente, a qual, inclusive, estava no pronunciamento do Presidente;

Que nas mensagens com a Deputada, fica clara a posição do Declarante  de rejeitar a possibilidade de aceitar a substituição do Diretor Geral e  do nome de ALEXANDRE RAMAGEM como condição para sua indicação ao STF;

Que de todo modo tal ofensa ao Declarante sequer faz sentido, pois se tivesse interessado na indicação ao STF, teria simplesmente aceito a substituição;

Que lamenta muito ter repassado as mensagens trocados em privado, mas que não teria como aceitar as afirmações feitas pelo Presidente no pronunciamento dele, a respeito do Declarante; 

Perguntado: Como o Presidente da República reagia a respeito de operações da Polícia Federal desencadeadas em razão de mandato deferidos pelo Supremo Tribunal Federal?  Havia algum interesse específico do Presidente da República sobre alguma investigação em curso no STF? Respondeu Que no tocante às indagações, o Presidente enviou mensagem ao Declarante na manhã do dia 23 de abril de 2020 com o link de matéria de jornal a respeito do Inquérito no STF contra deputados bolsonaristas, e agregou que este, seria “mais um motivo para a troca na PF”;

Que o Declarante esclareceu ao Presidente que a Polícia Federal cumpria ordens nesse inquérito, mas o Declarante entende que o Presidente jamais poderia ter elencado esse Inquérito como motivo para a troca do diretor Geral da PF;

Que deve ser indagado ao Presidente os motivos dessa mensagem e o que ele queria dizer;

Que há uma outra mensagem do Presidente sobre esse tema ora disponibilizada;

Que o Presidente jamais pediria ao Declarante ou ao Diretor VALEIXO qualquer interferência ou informações  desse Inquérito porque sabia que nem o Declarante e nem o Diretor VALEIXO atenderiam uma solicitação dessa natureza;  

Que o Declarante gostaria de sintetizar as provas que pode indicar a respeito do seu relato;

Que inicialmente indica como elementos de prova o depoimento do Declarante;  

Que, segundo, a mensagem que recebeu do Presidente da República no dia 23 de abril de 2020 e as demais mensagens ora disponibilizadas;

Que, terceiro, todo o histórico de pressões do presidente de troca do SR/RJ, por duas vezes e do DG e que, inclusive, foram objetos de declarações públicas do próprio Presidente da República, inclusive em uma delas com invocação de motivo inverídico para a substituição do SR/RJ, ou seja, a suposta falta de produtividade;

Que quarto, as declarações efetuadas pelo Presidente da República em seu pronunciamento, nas quais ele admite a intenção  de trocar dois superintendentes, inclusive, novamente o do Rio de Janeiro, sem apresentar motivos, também admite a substituição do Diretor VALEIXO invocando motivo inconsistente, já que o cansaço do Diretor era provocado pelas próprias pressões do Presidente, também admite que um dos motivos para a troca era obter acesso ao que  ele denomina relatórios de inteligência produzidos pela PF através da SISBIN e da ABIN, ou seja, jamais tinha ele acesso a toda informação de inteligência da PF a qual ele tinha legalmente  acesso;

Que, quinto, as declarações do Presidente no dia 22 de abril de 2020, na reunião com o conselho de ministros, e que devem ter sido gravadas como é de praxe, nas quais ele admite a intenção de substituir o superintendente do Rio de Janeiro, o Diretor Geral e até o Ministro, ora Declarante, e também admite no mesmo contexto sua insatisfação com a informação e no que ele denomina relatórios de inteligência da PF aos quais afirma que  não teria acesso, o que, como já argumentado, não é verdadeiro;

Que, sexto, podem ser requisitados à ABIN os protocolos de encaminhamento dos relatórios de inteligência produzidos com base em informações a ela repassadas pela PF e que demonstrariam que o Presidente da República já tinha, portanto, acesso às informações de inteligência da PF as quais legalmente tinha direito;

Que, sétimo, esses protocolos podem também ser solicitados à Diretoria de Inteligência da PF, 

Que, oitavo, as declarações apresentadas pelo Declarante, podem ser confirmadas entre outras pessoas,  pelo DPF VALEIXO, pelo DPF SAAD, pelos SRMG, e pelos ministros militares acima mencionados;

Que, nono, o Declarante disponibiliza, neste ato, seu aparelho celular para extração das mensagens trocadas, via aplicativo Whatsapp, com o Presidente da República (contato “Presidente Novíssimo”) e com a Deputada Federal CARLa ZAKMBELLI (contato Carla Zambelli II) e que são as relevantes, no seu entendimento, para o caso;

 Que o Declarante esclarece que não  disponibiliza as demais mensagens pois tem caráter privado (inclusive as eventualmente apagadas), ou se tratam de mensagens trocadas com autoridades públicas, mas sem qualquer relevância para o caso, no seu entendimento;  

Que o Declarante esclarece que tem só algumas mensagens trocadas com o Presidente, e mesmo com outras pessoas, já que teve , em 2019, suas mensagens interceptadas ilegalmente por HACKERS, motivo pelo qual passou a apagá-las periodicamente,

Que o Declarante esclarece que apagava as mensagens não por ilicitude, mas para resguardar privacidade e mesmo informações relevantes sobre a atividade que exercia, inclusive, questões de interesse nacional;

Que, além da mensagem acima mencionada, o Declarante, revendo o chat de conversa com o Presidente identificou várias outras mensagens que podem ser relevantes para a investigação, inclusive outra mensagem sobre o Inquérito no STF e outra com determinação do Presidente de que o Dr. VALEIXO seria “substituído essa  semana a pedido ou ex-ofício”, além de outra com indicativo de desejo dele de substituição do SR/PE;

Que o Declarante destaca ainda mensagens que, de maneira geral, amparam outras declarações prestadas pelo Declarante como a de que comunicava ao Presidente operações sensíveis, após deflagração; Aberta a palavra ao Declarante para esclarecimentos adicionais:

Que, respeitosamente, diante das declarações públicas do Presidente da República, entende que a caberia a ele esclarecer os motivos das sucessivas trocas pretendidas na SR/RJ, da troca efetuada do DG da Polícia Federal bem como, que caberia a ele esclarecer que tipo de informação ou relatório de inteligência de PF pretendia  obter mediante interação pessoal com o DG ou SR/RJ, além de esclarecer que tipo de conteúdo pretendia nesses relatórios de inteligência, já que tinha acesso à produção de inteligência da PF via SISBIN e ABIN e, igualmente, esclarecer porque essa demanda reiterada no dia 23 de abril de 2020 ao Declarante justificaria as substituições do Diretor Geral, de superintendentes e até mesmo  do Ministro da Justiça e Segurança Pública;

Que, por fim esclarece, diante das ofensas realizadas pelo Presidente da República, que o Declarante permanece fiel aos compromissos de integridade e transparência, bem como de autonomia das instituições de controle, superiores a lealdade pessoais; Consigno as presenças dos Procuradores da República ANTÔNIO MORIMOTO JUNIOR, Matrícula 1088, HERBERT REIS MESQUITA, Matrícula 1383 e JOÃO PAULO LORDELO GUIMARÃES TAVARES, Matrícula 1464, os quais foram designados pela Procuradoria Geral da República para este ato, conforme autorizado pelo Ministro Relator, os quais realizaram questionamentos complementares ao longo deste ato. Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Foi então advertido (a) da obrigatoriedade de comunicação de eventuais mudanças de endereço em face das prescrições do Art.224 do CPP. Encerrado o presente que, lido e achado conforme, assinaram com a Autoridade Policial, com o Declarante, com os Advogados, GUILHERME SIQUEIRA VIEIRA, OAB/PR 73938, VITOR HUGO SPRADA ROSSETIM, OAB/PR 70386  e RODRIGO SANCHEZ RIOS., OAB/PR19392, que apresentaram procuração para ser juntada aos autos, e comigo …................................. FRANCISCO ANTONIO LIMA DE SOUSA, Escrivã (o) de Polícia Federal, Matr. 17.990, lotado (a) e/ou em exercício nesta DICOR/PF, que o lavrei.