Infelizmente, isto não é passado. Em pleno século XXI tais procedimentos ainda existem nos países COMUNISTAS. Por exemplo, em CUBA. Além dos livros que foram/continuam sendo destruídos, os respectivos autores também ficaram proibidos de pisarem em solo cubano.
Até hoje, por exemplo (mas a lista é extensa), Roberto Ampuero, autor do livro "Nossos anos verde-oliva", romance autobiográfico sobre os anos em que viveu exilado em Cuba (jul/1974-ago/1979), após fugir do Chile, perseguido pela DINA e pelos carabineros de Augusto Pinochet.
Trata-se de um livro sobre o qual Mario Vargas Llosa assim se pronunciou (2010): "Fazia tempo que um livro não me absorvia e emocionava tanto como esta descrição tão honesta, tão veraz e tão lúcida de uma ilusão que compartilhamos tantos latino-americanos com a Revolução Cubana, e também o desencanto que se seguiu ao entusiasmo inicial ao ver que, ao contrário do que acreditávamos, a Revolução de Fidel e dos barbudos não era diferente das que converteram a Rússia e a China Popular nas satrapias que conhecemos (...) transformando Cuba em uma sociedade autoritária corrompida onde a mentira chegou a tornar invisível a vida para todo aquele que se negasse a aceitar a servidão e o engano".
Nós, brasileiros, tivemos mais sorte. Em todos os momentos em que estivemos correndo perigo, sempre nos salvamos na undécima hora. Em março de 1964 e em outubro de 2018 não foi diferente.
Jair Bolsonaro, 31/03/2014. Brasília/DF
Nós realmente somos abençoados. Deus é brasileiro e Cristo nasceu na Bahia. Pode crer. Somos salvos na hora final, salvos pelo gongo, e mesmo nas últimas vamos sendo jogados para tentarmos fazer dessa piada tragicômica um país sério .
ResponderExcluirSobre seu primeiro período vivendo na RDA, Roberto Ampuero, escreveu: "Já estava havia seis meses na Alemanha Oriental (dez/1973 - Jul/1974) e intuía que aquele sistema não era o mais adequado para o meu pais. A partir do contato com os jovens alemães, chegava a conclusão de que aquele socialismo real cheirava muito mal. A tecnologia era superada pela do Ocidente, paradoxo inexplicável do ponto de vista da teoria marxista do desenvolvimento das forças produtivas; o padrão de vida era inferior ao de qualquer nação européia ocidental, e as pessoas viviam angustiadas pela falta de democracia e pela proibição de sair do país antes de se aposentarem. Alguma coisa na atmosfera sombria e evanescente de Leipzig da época já deixava entrever a incipiente frustração de seus cidadãos".
ResponderExcluirMeio século de estagnação e os novos calotes na dívida externa — inclusive no Brasil, que financiou obras de infraestrutura — atestam que nem todas as agonias de Cuba têm origem na Casa Branca. O problema está mesmo no comitê central, em Havana. A ilha está congelada na pobreza. A extinta União Soviética financiava 80% das necessidades em energia, alimentos e tecnologia. A ditadura da Venezuela supria com petróleo, até o ano passado, e era responsável por mais da metade da receita do país. Estima-se que ainda responda por 20% do PIB cubano. Cuba trocou Moscou por Caracas. Desta vez, há uma diferença geopolítica fundamental. No regime chavista, a dinastia Castro chegou a ter mais de 20 mil militares infiltrados em áreas-chave do poder na Venezuela, como petróleo, defesa, inteligência e finanças. É caso singular de país dependente que passou a controlar decisões do antigo protetor. O humor venezuelano até criou um neologismo para tal situação: “Cubazuela”. O pesadelo da escassez de energia e alimentos voltou ao imaginário de 11,5 milhões de cubanos. O avanço da crise é real, admitiu o governo. “Mas não vamos voltar à fase aguda do Período Especial”, anos 90, atenuou o ex-presidente Raúl Castro em discurso. O Globo, 06/05/2019, https://glo.bo/2Jm3A5R.
ResponderExcluirCubazuela! Gostei.
ExcluirSegundo Humberto Fontova, Che Guevara, em sua temporada em Cuba, promoveu uma enorme queima de livros e assinou sentenças de morte para escritores que não concordavam com ele. Dizia ele: "Eu não tenho casa, nem mulher, nem pais, nem irmãos, nem amigos. Meus amigos o são enquanto concordem politicamente comigo". Segundo o estudioso Armando Lago, até 2007, 77 mil mortes ocorreram no mar entre aqueles que tentaram escapar do regime castrista pelo mar.
ResponderExcluirPessoas só fogem dos regimes ditos comunistas. Onde tem regime comunista os cidadãos querem distância.
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