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01 junho 2022

REDES SOCIAIS - O PIOR ESTÁ ASSOCIADO ÀS CRIANÇAS

Os dados sobre o uso de redes sociais por crianças e sobre o tempo online se acumulam e os sinais de alarme não são animadores.

Os pesquisadores descobriram que as crianças nunca foram tão distraídas. As pesquisas revelaram que as crianças mais velhas e os adolescentes só podem suportar seis minutos de estudo antes de capitularem diante da necessidade compulsiva de pegar seus celulares e/ou tablets para se reconectarem às redes sociais.

Em termos globais, "57% dos adolescentes tiveram mais problemas de insônia em 2015 do que em 1991". Entre 2012 e 2015, o número de adolescentes que não conseguiu ter ao menos sete horas de sono aumentou 22%, na medida em que o uso dos celulares disparou.

Uma outra conclusão obtida é a de que crianças e adolescentes gastam suas horas de vigília ignorando seus colegas, se recusando a conversar, inclusive com seus pais, e fugindo do sono para vagar por sua casa, escola e em público como um zumbi com o nariz grudado ao celular. Uma das razões, a razão principal, é o medo. Mas que medo? Sendo mais preciso: o medo de ficar de fora (fear of missing out), revelaram os estudos.

Mas o que leva ao medo de ficar de fora? Dizem os teóricos sociais, se tratar de uma "apreensão generalizada", ou, para alguns adolescentes um temor horrível "que outras pessoas possam estar desfrutando de experiências gratificantes das quais ele se encontra ausente".

Esse medo de ficar de fora é o ganha-pão das redes sociais, seu subproduto inevitável, sua própria natureza. E as plataformas de redes sociais são desenhadas para maximizá-lo. As redes sociais praticamente vivem disso.

Quanto mais alguém fica com medo de ficar de fora, mais tempo passa nas redes sociais. Os psicólogos descobriram que o medo de ficar de fora estava consistentemente relacionado a níveis cada vez maiores de uso das redes sociais. Contudo, quanto mais tempo nas redes sociais, menor a auto-estima, e quanto menor a auto-estima, mais era sentida a necessidade de aprovação social, que estava , ou não, nas redes sociais.

As consequências aterrorizantes dizem respeito à depressão e suicídio entre adolescentes. Nesse estudo, de 2019, o número de alunos dos últimos anos do ensino fundamental que se sentem solitários aumentou de 26 para 39% em apenas cinco anos. O mesmo estudo descobriu que os alunos da oitava série de hoje se encontram com seus amigos, na média, 68 vezes menos por ano que os adolescentes que cresceram na década de 1990.

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E há o pior dos casos: o suicídio juvenil. A era das Big Techs coincidiu com uma epidemia de jovens cometendo suicídio, que já é agora a segunda causa de morte para americanos entre 10 e os 24 anos. Segundo o Centro para Controle de Doenças, a taxa de suicídios aumentou 56% durante a década até 2017, e mais pronunciado entre as meninas. Estas, como se sabe, usam as redes sociais num nível notavelmente superior aos meninos.

Os pesquisadores costumam observar que a associação de maior uso das redes sociais e celulares por um lado e patologias como a depressão juvenil e o suicídio por outro são apenas correlações. As relações causais ainda estão sob investigação e são desconhecidas. Mas a cada dia que passa, o elo parece mais forte e mais ameaçador.

Concluindo. As plataformas de rede sociais das Big Tech, aquilo que Mark Zuckerberg dissera que conectaria o mundo, são, talvez, um dos instrumentos mais antissociais em toda a história da sociedade. Não conectam, mas isolam; não unem, mas dividem. São câmaras de ressonância de alienação e do extremismo alimentadas pela tecnologia.

PS.:  Disse Janon Lanier(...) "O que quer que uma pessoa possa ser, se você quer ser uma, delete suas contas nas redes sociais",

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