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06 junho 2022

PSICOPATAS NO PODER

Grande parte da população tem tentado compreender as manifestações do mal sobre a Terra. Especialmente nos últimos cem anos, regimes cada vez mais assassinos têm descortinado, numa sequência nefasta de psicopatas detentores de muito poder: Hitler, Stálin, Mao, Pol Pot, Fidel Castro, Hugo Chavez, ...

"Muitas vezes o leitor já deve ter se perguntado como é possível que tantas pessoas, aparentemente racionais, amem e aplaudam os governos mais perversos e genocidas do mundo e se recusem a enxergar a liberdade e o respeito de que elas próprias desfrutam nas democracias ocidentais, ao mesmo tempo que continuam acreditando, contra todas as evidencias, que são moral e intelectualmente superiores aos que não seguem o seu exemplo," escreveu Olavo de Carvalho no prefácio da edição brasileira do livro citado a seguir.

Sessenta e tantos anos atrás, alguns estudantes de medicina na Polônia, na Hungria e na Checoslováquia começaram a notar que havia algo de muito estranho no ar. Eles haviam lutado na resistência antinazista junto com seus colegas, e isto havia consolidado laços de amizade e solidariedade que, esperavam, durariam para sempre.

Contudo, aos poucos, após a instauração do regime comunista, novos professores e funcionários, enviados pelos governantes, estavam alterando profundamente o ambiente moral nas universidades daqueles países. Um jovem psiquiatra escreveu:

(...) sentíamos que algo estranho tinha invadido nossas mentes e algo valioso está se esvaindo de forma irreparável. O mundo da realidade psicológica e dos valores morais parecia suspenso em um nevoeiro gelado. Nosso sentimento humano e nossa solidadariedade estudantil perderam seus significados, como também aconteceu com o patriotismo e nossos velhos critérios estabelecidos. Então, nos perguntamos uns aos outros, "isso tudo está acontecendo com você também?".  

Aos poucos essas conversações evoluíram para o plano de um estudo psiquiátrico da elite dirigente comunista e da sua influência psíquica sobre a população. Seu resultado só foi possível ser publicado, pela primeira vez, no Canadá, em 2006, pelo único sobrevivente do grupo, o psiquiatra Andrew Lobaczewski. Os demais colegas foram envelhecendo e morrendo, nem sempre de causas naturais. No Brasil, foi publicado em 2014, sob o título "Ponerologia: Psicopatas no poder", do qual foram extraídas partes dos textos acima.

A Ponerologia ("poneros", em grego, significa "o mal") é a nova ciência nascida do trabalho desses pesquisadores e o seu objeto de estudo são os mecanismos da gênese do mal.

Lobaczewski descreveu as etapas de "ponerização" das sociedades, o surgimento de líderes psicopatas, o funcionamento de grupos com a "transpersonificação" de parte da população que passam a nutrir e a apoiar esses líderes, sua ascensão a um poder, etc. É algo de arrepiar, principalmente quando levamos em conta o momento atual do Brasil e em todo o mundo.

"Hoje em dia (2014) essas pessoas, no Brasil, são uma parcela presente - e às vezes dominante - no governo, no Parlamento, nas cátedras universitárias, no show business e na mídia. A presença delas nesses altos postos garante a este nosso País setenta mil homicídios por ano, o crescimento recorde do consumo de drogas, o aumento da corrupção até a escala indescritível, cinquenta por cento dos analfabetos funcionais entre os diplomados dos nossos cursos secundários em todos os testes internacionais, abaixo de Uganda, do Paraguai e da Serra Leoa. Sem contar, é claro, indícios menos quantificáveis, mas nem por isso menos visíveis, da deterioração de todas as relações humanas, rebaixadas ao nível do oportunismo cínico e da obscenidade, quando não da animalidade pura e simples", ibid Olavo de Carvalho.

A tudo isso, Flavio Quintela, que escreveu a apresentação da edição brasileira do livro, questiona:

(...)

  • Existe algo que possamos fazer para nos prevenir dessas pessoas, que muitas vezes nem conseguimos catalogar como humanas, de tão cruéis e sanguinárias que são?
  • As sociedades modernas podem se utilizar da historia recente para evitar a repetição das tragédias que assolaram o século XX? 
  • Que conhecimento é esse e que ramo da ciência ele se encontra? 

Quintela nos responde com uma resposta muito simples: "precisamos estudar a Ponerologia".

Sem deixar de concordar com o Quintela, alerto os brasileiros para o momento atual, para lembrá-los da necessidade de sua atenção para o jogo sujo que está sendo jogado no Brasil, pelos admiradores dos psicopatas citados no primeiro parágrafo deste artigo, e que desejam retomar o poder de nossa Nação. A derrota desses admiradores será uma boa resposta, creio eu, aos questionamentos citados acima.

"As sociedades têm o direito de se defender contra qualquer mal que as esteja rondando e amedrontando. Os governos nacionais são obrigados a utilizar os meios eficientes para esse propósito, da forma mais competente possível", escreveu Andrew Lobaczewski. (A menos, é claro, que o governo seja ele mesmo o mal que ameaça e assedia as pessoas).



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