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03 março 2023

ÉRAMOS FELIZES E NÃO SABÍAMOS

A esquerda brasileira foi nomeada para assumir o poder executivo (em tese) pelos próximos quatro anos.  "Destacam-se" no novo governo:

a) uma equipe - grande parte dela implicada em processos de corrupção e nenhum de seus componentes com condições técnicas e conhecimento para o respectivo exercício dos cargos -   que irá desgovernar o País;

b) a explicitação do clube com seus aliados mais próximos, todos eles lastreados em condenáveis ditaduras que negam a existência de presos políticos.

Como exemplo para o primeiro caso, da equipe e de seu respectivo chefe, até hoje, não se conheceu um plano de governo condizente com a nação brasileira. Mas do que já se ouviu, até agora, os "destaques" estão vinculados à área econômica. Não poderia ser pior, até porque o seu chefe disse que só estudou economia por cerca de dois meses, apenas para cumprir, no passado, uma exigência burocrática.

Citando o que ocorreu nos últimos dias. Neles foram anunciadas: 

  • a reoneração sobre a gasolina e o etanol, que inevitavelmente terá impacto na inflação; 

  • a criação de um imposto sobre a exportação de petróleo, interpretado como uma péssima ideia e um mau precedente por todos os analistas econômicos sérios;

  • e a tributação sobre jogos eletrônicos, pessimamente explicada.

As explicações para tais medidas soaram em consonância com o velho ditado - a emenda saiu pior que o soneto. Para as duas primeiras, foi  apresentada uma justificativa ecológica: precisamos proteger a natureza e desestimular o uso de combustíveis fósseis.

Sim, mas como vai ficar a vida do cidadão comum quando o preço de praticamente tudo aumentar em função do aumento da gasolina? Quem acorda cedo para pegar ônibus e está afogado em boletos vai apoiar esse aumento em nome da adesão do Brasil à agenda ESG (Environmental, Social and Governance)?

Já o imposto sobre a importação de petróleo, esse modelo é o que está sendo adotado pela Argentina, que toda vez que precisa de mais dinheiro no caixa taxa suas exportações.

Sobre a última medida, esta foi divulgada de forma confusa. Parece que a ideia é tributar sites e aplicativos de apostas online. Mas ficou parecendo que os jogos eletrônicos na internet também seriam tributados, para desespero de milhões de gamers.

Sobre o item b), os governantes do clube juram que os enjaulados são criminosos comuns, punidos por agirem “contra os interesses do Estado e do povo” (Cuba), pela prática de “crimes de ódio e contra a paz” (Nicarágua) ou por serem terroristas (Venezuela). No Brasil do STF, meteram-se em “atos antidemocráticos”.

Na Nicarágua de Daniel Ortega, existem cerca de 220 presos políticos. Na Venezuela de Nicolás Maduro, são 240. Em Cuba, passam de mil. No Brasil de Lula, são mais de 800 — sem contar as dezenas que, mesmo fora do inferno da prisão em regime fechado, continuam com a liberdade amputada por tornozeleiras eletrônicas.

Segundo o jurista Ives Gandra, este é o momento de “repensarmos no Brasil a importância do direito de defesa”. Para Gandra, esse direito, inexistente em ditaduras, deveria ser a estrela maior na constelação democrática brasileira.

Bom haverá, em número crescente, quem descubra que era feliz e não sabia.


PS.: Depois dos EUA, agora é Israel quem lança dura nota contra a permissão dada pelo governo petista para navios de guerra iranianos atracarem em porto brasileiro.

Declaração do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel:

"Israel vê a atracagem de navios de guerra iranianos no Brasil há alguns dias como um desenvolvimento perigoso e lamentável."

O país vai se alinhando às ditaduras mais brutais do mundo, como a iraniana. Eis os "defensores da democracia".

Atualizado em 04/03/2023, 10:48 h

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