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10 dezembro 2023

O colapso chinês está próximo ?

A China está caminhando a passos largos rumo ao colapso econômico na próxima década. O motivo? Uma população que não repõe os jovens, assunto este que foi discutido em 1974 em sentido inverso (*).

Abaixo a pirâmide demográfica em 2020. Desde então, os números só pioraram.


A taxa de fecundidade total da China é de apenas 1,28 nascimentos por mulher, o que é bem abaixo do nível de reposição de 2,1 nascimentos por mulher. Como resultado, a população chinesa está crescendo em ritmo cada vez mais lento. 

Na economia, o envelhecimento populacional está levando a uma diminuição da força de trabalho. Isso significa que há menos pessoas trabalhando para sustentar a população aposentada. A expectativa de vida na China está aumentando. Atualmente é de 78,08 anos. 


Segundo dados do World Bank (WB), em 2022 a China já teve a primeira queda populacional.

2019 -> 1.407.745.000 

2020 -> 1.411.100.000 

2021 -> 1.412.360.000 

2022 -> 1.412.175.000 

Ainda segundo o WB, essa tendência irá se acentuar e acelerar na próxima década e a China perderá dezenas de milhões de pessoas na totalização de sua população.

Impactos na economia

De acordo com dados do governo chinês, em 2023, há cerca de 220 milhões de imóveis não ocupados na China. Isso representa cerca de 20% do total de imóveis residenciais do país. A redução populacional gerará enorme pressão num mercado já altamente saturado.

Por ser um país de economia fechada onde há enormes controles sobre fluxo de capitais, a população opta por investir seu suado $$$ em imóveis. Tal dinâmica produziu a maior bolha da história, após décadas de valorização dos imóveis. 

* * *

(*) Em 1974, uma conferência da ONU reuniu em Bucareste, na Romênia, delegações de países desenvolvidos — entre eles, Alemanha, Inglaterra e França — com representantes do Terceiro Mundo, encabeçados por China e Argélia. Naquela ocasião, foi dado o alerta para o crescimento desmesurado da população em regiões com altos índices de pobreza. Era preciso que autoridades africanas e chinesas pusessem em marcha um projeto de controle de natalidade, e foi, de fato, o que aconteceu na China. Na África, porém, ainda imperava a mentalidade de que uma população jovem numerosa seria capaz de dinamizar a economia.

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