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10 fevereiro 2024

O amor venceu. O Brasil "voltou"

Os resultados econômicos, após decorridos apenas um ano do novo governo, colocaram o Brasil, como várias manchetes informam, no ano de 2015. E foi mais além. O amor venceu. O Brasil "voltou". Confira.

Recordando. Em 18/12/2015, final de ano, Ruth de Aquino em sua coluna na Revista Época, escreveu o seguinte trecho sobre a então presidente que acabava de completar 5 anos de seu governo.


[. . . ] 

"A presidente Dilma Rousseff comemora a virada abraçada à ala peemedebista do presidente do Senado, Renan Calheiros – exemplo de honradez pessoal e política como era seu padrinho, José Sarney. E também apoiada pelos movimentos sociais de esquerda que tanto criticam seu modelo econômico e que cobrarão a conta em 2016. Dilma acende a vela a deus e ao diabo, faz promessa e reza para os santos das causas impossíveis. Pede com fervor, entre uma pedalada e outra, que sua impopularidade não suba para 80% até fevereiro, com a economia do país em frangalhos."

O que ocorreu no ano seguinte, em 2016, todo brasileiro conhece. O Brasil aproximava-se de uma virada histórica e comemorava os primeiros resultados da Lava Jato. Jamais se imaginou, contudo, que o País desse marcha à ré poucos anos depois.

Vale a pena ler, na íntegra, o citado artigo da Ruth, inteiramente acessível neste link. Mas não se resiste a dar conhecimento imediato de mais alguns trechos ...

[ . . . ] "Vamos torrar no sol e brindar com água, caipirinha ou champanhe nacional o fim de um ano histórico, em que os podres de políticos e empresários vieram à tona em jatos. Faltou água, sobrou lixo tóxico. Foi um ano em que a TV Justiça transmitiu um seriado que parecia inverossímil, com delatores, heróis e vilões se alternando nos papéis."

[ . . . ] "O Brasil teve um choque de realidade em 2015, mergulhado na delação e na depressão, com gosto de ressaca. Podemos, por isso mesmo, insistir na esperança. Porque o povo não quer casuísmo nem ditadura fascista ou venezuelana. O povo também não quer uma democracia rebaixada. O populismo latino-americano incompetente está com os dias contados."

[ . . . ] Nossos votos são para que não se proteja nenhum partido e nenhuma autoridade em dívida criminal ou moral. Que não vençam, em 2016, mais uma vez, o corporativismo e a impunidade. E que, antes do apagar das luzes do verão, a Samarco tome vergonha na cara e abrigue e indenize as vítimas do crime ambiental de Mariana. É pedir muito?

Há muito tempo não leio mais a Ruth. A última notícia que li foi sua publicação no Twitter em 2020, imagem abaixo. O choque que levei foi estarrecedor. Também não é para menos. A deixei de seguí-la em sua rede social. Segure-se firme antes de ler o que se segue.


O que diria (ou disse) ela sobre o choque de realidade que o Brasil passou a ter a partir der 2023?

Concretamente, dela não se poderá esperar mais nada, mas da maioria dos brasileiros pode se afirmar que o sonho de então (2015), da Ruth e dos brasileiros, acabou, tanto do ponto de vista econômico, como retrata a imagem inicial deste artigo, como o visto sob o ângulo político após a derrocada institucional hoje vigente no País.

E há muito o que dizer, pois os brasileiros estão atualmente vivendo sob uma ditadura, sob um regime que concentra todo o poder numa pessoa (ou grupo) que reprime os direitos humanos e as liberdades individuais básicas, tem o controle de todos os ramos do governo - incluindo o sistema judicial.

Em seu artigo deste final de semana na revista Oeste, "O Brasil virou pária", aberto para leitura de todos, J. R. Guzzo afirmou que em apenas um ano, com uma inédita sucessão de sentenças em favor da ladroagem e dos ladrões, o STF conseguiu colocar o Brasil entre os párias do mundo. - países sem lei, sem códigos morais e sem vergonha que fazem parte da face escura da humanidade.

Novamente a Ruth:

[ . . . ] "O Brasil teve um choque de realidade em 2015, mergulhado na delação e na depressão, com gosto de ressaca. Podemos, por isso mesmo, insistir na esperança. Porque o povo não quer casuísmo nem ditadura fascista ou venezuelana. O povo também não quer uma democracia rebaixada. O populismo latino-americano incompetente está com os dias contados."

Pois bem, uma das coisas que os brasileiros já estão dizendo - e repetindo - é que se deve persistir e insistir na esperança, que não querem casuísmo nem ditadura fascista ou venezuelana e/ou uma democracia rebaixada. Não é pedir demais. 




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