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25 outubro 2025

Tecto inaugura maior data center de Fortaleza e projeta expansão

 


    Tecto inaugurou nesta quinta-feira, 23/10/2025, um centro de dados (data center) com capacidade de 20 megawatts (MW) na Praia do Futuro, em Fortaleza. O complexo de maior potência da região foi construído em 12 meses e teve investimento de R$ 550 milhões, segundo afirmaram notícias especializadas.

    É o terceiro data center da Tecto no Ceará, e está em terreno de 13 mil m² e conta com dez data halls, cada um com 300 m². A unidade também possui espaço para mil racks armazenadores de chips. Estes são importados. Aqui, no Brasil, todas as empresas que estão instalando data centers, inclusive o governo, só cuidam (adequadamente?) da infraestutura: edificação, energia, água e conexões de teleprocessamento via cabos de fibra ótica.

    De acordo com o CEO da Tecto, "há um problema de energia e de transmissão fora do País". Desse modo, em função "da energia em abundância" no território brasileiro (será mesmo?), a companhia está reforçando a aposta na indústria de data centers.

    No resto do mundo a infraestrutura necessária para os data centers é da falta energia elétrica mas vai além disto. Nos EUA a luz amarela já se encontra acesa há muito tempo.

    Uma análise da Anthropic estimou que os Estados Unidos precisarão produzir 50 gigawatts de nova energia apenas para IA até 2028 — aproximadamente o equivalente ao que toda a Argentina usa hoje. Até lá, os data centers poderão consumir até 12% da produção de eletricidade americana.

Por muito tempo, Washington fez muito pouco para adicionar nova energia à sua rede. De 2005 a 2020, os Estados Unidos adicionaram quase zero de nova energia líquida. Só em 2021 se aprovou uma lei subsidiando a construção de infraestrutura de energia limpa, para adicionar mais de 100 gigawatts em nova capacidade. Trump assinou um decreto para acelerar o licenciamento federal para data centers, mas a implementação ainda é incipiente.

    Também nos EUA, além dos obstáculos federais e das concessionárias de serviços públicos, as políticas estaduais e locais podem ser complexas, especialmente para projetos que abrangem vários estados, como linhas de transmissão.

    A China enfrenta uma desvantagem devastadora nessa competição. Porém sua maior desvantagem está na incapacidade de fabricar grandes quantidades de chips avançados. Contudo no setor energético, Pequim fez investimentos extraordinários em usinas de energia, armazenamento e transmissão de energia. Como resultado o país instalou rapidamente mais de 90 gigawatts de nova capacidade de energia limpa.

    A rápida expansão da capacidade dos data centers traz desafios significativos, especialmente para a infraestrutura pública. Os estados precisarão considerar cuidadosamente o seguinte:
  • Dificuldades no fornecimento de energia
  • Escassez de água. Os data centers precisam de muita água para sua refrigeração, o que pode sobrecarregar o abastecimento local.
  • Gargalos de recursos. A implantação de um data center exige recursos significativos de terra, mão de obra especializada e equipamentos.
  • Custos de oportunidade. Comprometer terras e recursos em projetos de longo prazo e de capital intensivo, como data centers, pode acarretar custos de oportunidade significativos em outros setores.
  • Risco de projetos arquivados. Apesar de todo o investimento, alguns hiperescaladores recuaram ou suspenderam alguns de seus compromissos com a construção de data centers de grande porte.
  • Reação negativa do consumidor. Os desafios listados aqui têm o potencial de gerar objeções dos consumidores ao desenvolvimento de data centers.
Data centers no mundo


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