Na contramão do que pensa a sociedade brasileira, por 44 votos a 26, os senadores revogaram a decisão da primeira turma do STF que afastou o Senador Aécio Neves de seu mandato. Os 44 senadores votaram em benefício próprio e contra o Senado Federal e a democracia.
E pior, isso só foi possível porque o Supremo Tribunal Federal abdicou de sua prerrogativa, de sua competência em sessão lastimável ocorrida no último dia 11/10.
Também não ficou ausente dessa decisão o poder executivo. Há dias o presidente Temer agia e costurava acordos para evitar o afastamento de Aécio de seu mandato. Acionou toda a cúpula do PMDB, em sua maioria senadores e participantes do governo, com processos na justiça, para salvarem o mandato do senador. Todos eles movidos pelo instinto de sobrevivência, temendo o efeito orloff.
Falou mais alto o corporativismo instalado na Câmara Alta (?) do País. O resultado expôs a defesa de seus integrantes e não a da instituição. Igualmente a exposição de privilégios inaceitáveis para uma classe que desrespeita à Constituição Federal a qual jurou cumprí-la.
Um péssimo exemplo para as gerações futuras e um aumento do descrédito do País junto a outras nações.
O País ficou menor.
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