A semana vai pro seu final empurrada por uma tempestade, desta vez chamada de O LARANJAL, mas já bastante conhecida, com outras denominações, por políticos e pela justiça eleitoral, sem que medidas corretivas tenham sido tomadas para evitá-la(s).l
Os políticos e partidos, sem poderem recorrer mais as milionárias doações feitas por empresas, proibidas pelo STF, em 2015, que acabou com o financiamento privado de campanha, se articularam para reverter essa decisão através de uma reforma política. Para relembrarmos, em 2014 as empresas doaram R$ 3,07 bilhões, 70,6% dos R$ 4,35 bilhões arrecadados, segundo dados do TSE.
Pois bem, em 2017, além de já contarem com o fundo partidário, de R$ 819 milhões, a tal reforma criou um novo fundo, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha - FEFC, com o dinheiro do contribuinte, cujo valor aproximado, nas eleições de 2018, alcançou a marca de R$ 1,7 bilhão.
Para onde está indo toda essa dinheirama? Segundo o que foi publicado pelo Estadão, um relatório técnico do TSE aponta que na prestação de contas do fundo partidário relativo ao ano de 2011, as contas de 26 dos 29 partidos existentes naquele ano deveriam ser rejeitadas.
Nele se ver que o fundo partidário - dinheiro público como já dissemos acima - tem sido utilizado para o pagamento de despesas pessoais, bebidas, fretamento de jatinhos, fins estes nada coerentes com a democracia desejada pelo povo brasileiro.
Portanto, o contribuinte brasileiro não mais se surpreende com o pagamento de R$ 1,2 milhão em recursos de campanha para a gráfica de um dirigente de partido.
O que o ruboriza é a imoralidade, gritante, que precede essa operação, qual seja: a destinação do dinheiro público para partidos políticos.
O que a sociedade brasileira espera é que a jovem democracia implantada no País siga um caminho inverso ao que os parlamentares a ela impuseram até então, encerrando mais um capítulo da denominada velha política. A conferir !
Os partidos políticos são entidades privadas. Pela natureza jurídica privada, as legendas devem se sustentar com recursos próprios. Partidos políticos não devem ser sustentados por recursos públicos.
O que se impõe é que cada legenda se adeque às suas receitas, estas oriundas apenas das contribuições advindas daquelas pessoas físicas que a seguem fidedignamente mirando para os seus programas e objetivos para a construção de um País desenvolvido e socialmente justo.
Laranjal, é verdade, bem mais simples do que laranja fulano, laranja beltrano, laranja sicrano, nos tempos onde o menor esforço impera, temos LARANJAL visto serem tantos laranjas dentro das notícias nacionais, estaduais e municipais de nosso país. Temos também os laranjas dos bairros, os laranjas das compras nos condomínios, é um laranjal.
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