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14 outubro 2019

POSIÇÕES BRASILEIRAS NOS RANKINGS INTERNACIONAIS DE COMPETITIVIDADE


No ranking de competitividade global, como aponta recente levantamento do Fórum Econômico Mundial, na lista de 141 países pesquisados, o Brasil ocupa a 71ª posição. Na America Latina, pelo seu tamanho e peso, não se pode aceitar que fique em oitava colocação na região, atrás de Panamá, Peru, Costa Rica, Colômbia, Uruguai e México. A melhor posição entre os latino-americanos cabe ao Chile, cuja economia é a mais aberta da América do Sul. A pesquisa registra alguns avanços do Brasil, como dinamismo de negócios. Mas falta muito para que o país alcance patamar aceitável em competitividade global.

No Índice de Competitividade do Talento Global, que mede a qualidade do capital humano, o país está em 49° lugar entre 93 países. Na produtividade por trabalhador, fica ainda mais abaixo, na 64ª posição. 

As razões para essas disparidades, dizem especialistas, são, principalmente, educação deficiente ou inapropriada para o mercado de trabalho. Burocracia e corrupção foram também citadas.

Proporcionalmente à sua população, o número de alunos matriculados nas escolas brasileiras tem crescido nas duas últimas décadas. Entretanto, o descompasso existente entre o conhecimento (quando) adquirido nas escolas e o exigido pelo mercado aumentou consideravelmente. Hoje ele é maior do que já foi no passado.

Para piorar o cenário, tal regressão se observa, acentuadamente, nas escolas públicas, responsáveis por cerca de 82% dos alunos do ensino básico.

São vários os motivos para a educação deficiente nas escolas públicas, apontam diversos professores e estudiosos do assunto.

Com raras exceções, especialmente nas escolas militares, as demais escolas enfrentam problemas em todas as frentes: infraestrutura física, laboratórios e equipamentos; conteúdo pedagógico; professores deficientes em quantidade e em qualidade; hierarquia, disciplina e segurança; comunicação e relacionamento entre alunos, pais e professores.

A propósito, veja o que respondeu um antigo professor, de uma outrora e das mais conceituadas escolas públicas de nível médio em Brasília, sobre o que havia acontecido por lá. A resposta veio direta e sem necessidade de análises sociológicas mais profundas.

"A saída da classe média das escolas públicas", disse, "levou consigo o interesse do governo e a obrigação do estado com a educação".

"O que ficou foi isso aí", referindo-se ao estado físico da escola, "um prédio em estilo modernista da época e hoje totalmente desfigurado e dilapidado, transformado em espaço arquitetônico cheio de grades, fechado e opressor".

Em pleno século do conhecimento, infelizmente, esse é o retrato atual do Brasil, deixado pelos últimos governos, após a redemocratização do País, incluindo aquela presidente que adotou "Pátria Educadora" como lema de seu governo e que não passou apenas de um slogan.

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