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09 junho 2020

COVID-19: A DANÇA DOS NÚMEROS

A semana começou dando continuidade a uma discussão oportunista iniciada com a mudança do horário de divulgação dos números brasileiros relacionados ao COVID-19. Ela surgiu estimulada pelas lideranças ocultas do ANTIFAS (não aqueles "inocentes" úteis que vão pras ruas), apoiadas pela mídia comprometida em ajudar a incendiar o País com o propósito de encerrar antecipadamente o mandato do presidente da República, eleito democraticamente pelos brasileiros em 2018. Todos insatisfeitos por ainda não terem implantado no País eleições onde o "eleito" sempre tem 99,99% dos votos.

Muitas dessas lideranças possuem o viés totalitário do Foro de São Paulo, que desde 1990 tem enfraquecido nossas instituições democráticas. Além desse viés, algumas delas são as mesmas que, ao longo dos últimos anos, jogaram o País numa crise ética, moral e fiscal.

Tais lideranças são as mesmas, também, que saúdam o presidente atual da OMS e que, por muito tempo, em conluio com as lideranças chinesas, esconderam do resto do mundo o surgimento do vírus chinês.

No outro lado está o governo.  Governo este que diariamente nos revela suas ações no combate à pandemia. Governo este que colocou à disposição do País vultuosos recursos, 5,8% do PIB, entre outras ações realizadas diariamente. As duas imagens a seguir lembram esses fatos, incluindo o destaque à decisão do STF que transferiu aos governadores e aos prefeitos a gestão desses recursos.

 


Sobre as estatísticas do COVID-19, é falsa a informação de que o governo não quer divulgá-las e/ou suspendeu as atividades desenvolvidas pelo Ministério da Saúde (MS) nessa área.

Na verdade, essas mesmas lideranças, repito, bem como os profissionais da imprensa, desconhecem essas atividades e nunca leram nada a respeito das estatísticas de mortalidade no Brasil.

Para elas, os interesses subalternos e subjacentes, não republicanos, são mais importantes do que cuidar da saúde do povo brasileiro, ainda mais quando se está liberando bilhões de reais sob a rubrica de calamidade pública.

Desconhecem, por exemplo, que esses dados são rotineiramente elaborados, desde 1975, por iniciativa do médico mineiro (Uberaba) e ex-ministro da saúde Paulo de Almeida Machado, durante o governo Geisel (1974-79), através do denominado Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, que tem cobertura estimada em torno de 82%, com variações nas regiões do País, segundo a literatura científica sobre este assunto

Quanto à confiabilidade dos dados, está ocorrendo uma melhora gradativa, mas há, ainda, cerca de 14% de mortes classificadas como mal definidas. Certamente, a este porcentual virá se somar, portanto, uma parcela das informações coletadas sobre a pandemia atual e que precisam ser checadas o mais rápido possível. Por conseguinte, checar informações é um propósito legítimo do MS, visando a obtenção de insumos para um melhor planejamento de ações para solução da crise vigente no País e que não possui data definida para o seu encerramento.

Por outro lado, conforme já nos alertou o médico Rubens de Fraga Junior, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, "o excesso de informações diárias sobre o COVID-19 pode comprometer uma parte da saúde bastante relevante: a saúde mental. A pandemia é um período penoso, e, quando temos em nossas mãos uma grande carga de informações, instrumentos variados de acesso, alguns com certeza sem confiabilidade, esta fase pode se tornar estressante. Pode nos adoecer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que temos que combater a COVID-19 e também a “infodemia”, uma “superabundância de informações”, sendo algumas fakes. Duas das principais consequências dessa condição são: ansiedade, medo, pânico e informações que possam levar ao descuido e quebra do isolamento. O ideal é avaliar qualquer material, duvidar das informações, buscar sites confiáveis e pesquisar dados oficiais sobre a COVID-19".

2 comentários:

  1. Durante a reunião ministerial realizada na manhã desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que não há mais horário fixo para divulgação de informações sobre o COVID19 Na nova plataforma do Ministério da Saúde as informações estarão sempre disponíveis em tempo real.

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  2. A velha imprensa não tem espaço para notícia boa
    O jornalismo de velório é filhote da pandemia
    Efeito colateral da pandemia de coronavírus, o jornalismo de velório tornou-se epidêmico. Seis exemplos colhidos nas edições desta quarta-feira, 10 de junho:

    1. O número de óbitos diários na cidade de São Paulo, maior epicentro da pandemia de coronavirus, vem caíndo há uma semana. A Folha preferiu destacar o ligeiro aumento de mortes no interior paulista;

    2. Nos últimos sete dias, o vírus chinês perdeu força em todos os grandes focos de covid-19. O Estadão preferiu destacar o restabelecimento da quarentena em alguns municípios;

    3. Nos países europeus, a curva dos óbitos é desenhada pelo número de mortes ocorridas a cada 24 horas. A Folha e o Estadão preferem contabilizar as notificações, que frequentemente somam mortes consumadas na véspera às ocorridas vários dias antes;

    4. No latifúndio de papel reservado à pandemia cabem todas as notícias, desde que não sejam boas. Recordes negativos são manchete obrigatória. Pelo andar da carruagem, o fim da pandemia não vai conseguir mais que cinco centímetros numa página interna;

    5. O aumento no número de testes eleva necessariamente o total de novos infectados. Os dois jornais debitam a dança das cifras exclusivamente ao abrandamento da quarentena;

    6. Se o isolamento social é a solução para tudo, a Folha e o Estadão precisam explicar por que a curva de óbitos continuou ascendente desde a chegada do coronavírus.

    A anemia da imprensa escrita é debitada por seus comandantes na conta da expansão das mídias digitais. Tal álibi os dispensa de calcular a multidão de leitores que debandaram para manter distância da desinformação terrorista.

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