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02 abril 2025

Três juízes auxiliares deixaram o gabinete de Alexandre de Moraes no STF

 


    Três juízes auxiliares deixaram o gabinete de Alexandre de Moraes no STF em meio a uma crise por suspeita de vazamento de informações sigilosas. A saída conjunta é atípica e levanta suspeitas de tensões internas ou investigações em curso. O episódio pode ter impacto político e desgastar ainda mais a imagem do STF e do próprio ministro. A mudança ocorre em meio às investigações sobre o vazamento de informações no TSE.

    Entre os que deixaram o cargo está o desembargador Airton Vieira, que desde 2018 atuava como juiz instrutor de Moraes, auxiliando-o em processos criminais. Vieira foi citado no caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que divulgou áudios em que ele e o ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro trocavam informações fora dos trâmites legais para embasar decisões do ministro.

    A Polícia Federal indiciou Tagliaferro nesta quarta-feira (2) por violação de sigilo funcional com dano à administração pública, concluindo que ele vazou intencionalmente suas mensagens com Vieira.

    Além de Vieira, também foram dispensados os juízes auxiliares Rogério Marrone de Castro Sampaio, que atuava no gabinete desde 2018, e André Solomon Tudisco, que ingressou na equipe em junho do ano passado. O único magistrado mantido por Moraes foi Rafael Tamai Rocha, da vara criminal do TJSP.

    O STF autoriza que juízes auxiliares atuem nos gabinetes dos ministros por até dois anos, sendo necessária autorização especial para prorrogação do período. 

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