Hoje já não existe mais nenhum jornal diário no Brasil que tenha uma tiragem média de seus exemplares impresso acima de 100 mil unidades.
Os grandes jornais têm menos de 90 mil exemplares diários. Por exemplo, Estadão tem cerca de 87 mil (era 220 mil em 2015), Globo 86 mil (183 mi em 2015) e Folha 68 mil (175 mil em 2015).
Esta tendência continua e nesse ritmo em poucos anos dificilmente algum jornal terá circulação diária em volume que compense financeiramente. Isto fará com que encerrem esta atividade e passem a se dedicar exclusivamente à versão digital. Os jornais O Globo e Valor Econômico já anunciaram em junho que não mais enviam suas edições impressas para Brasília. Aqui, agora só vendem assinaturas virtuais.
O somatório do número total de assinantes (do digital e do impresso) de 12 grandes jornais e revistas em dezembro de 2015 era de 3.054.643 e em junho de 2020, havia caído para 1.990.698. Houve uma queda de 1.063.945 (35%) no período de cinco anos. Ou seja, dos mais de 211 milhões de habitantes do país, apenas cerca de 2 milhões (0,94% da população brasileira) tem uma assinatura da grande mídia.
Essa decadência se deve apenas aos impactos trazidos pelas tecnologias digitais? Claro que não. O cancelamento de assinaturas de usuários que há muito tempo as tinham (é o meu caso, por exemplo, que não as mantenho nem de na forma digital), se deveu as opções editoriais adotadas por tais jornais e revistas nos últimos tempos.
Conclusão óbvia: os jornais, juntamente com as revistas, perderam relevância. Não são mais fontes de informação confiáveis.
PS.: Sugere-se a leitura de outro artigo sobre o mesmo tema, publicado anteriormente sob o título "O DESCOMPASSO ENTRE O QUE ACONTECE DE FATO NO BRASIL E A COBERTURA DA GRANDE MÍDIA"
O parágrafo final é igual a meu pensamento. Essa derrocada de imprensa nacional não é por causa do avanço digital. Não mesmo, deve-se a tendenciosa forma de "informar".
ResponderExcluirExato. O jornalismo militante brasileiro (e de outros lugares do mundo também), é praticado com uma desonestidade intelectual e moral a toda prova.
ExcluirO que dissemos acima é válido também para as TVs. Em todos os casos o dinheiro farto e garantido por governos subservientes acabou. Por exemplo, dez anos atrás 75% de toda verba de propaganda do país ia para TV e 80% dela para a Globo. Hoje 60% da propaganda vai direto para Internet. Com a queda brutal de receita a Globo corta custos, perde qualidade e cria estratégias suicidas, como essa guerra aberta a um presidente que teve a maioria dos votos da sociedade.
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