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20 janeiro 2024

Não pode ficar para amanhã. Os brasileiros precisam contar a sua história de forma similar ao que relatam os italianos

Inicialmente a capa e a charge da reportagem escrita por Silvio Navarro na Oeste 200. Registros que ficarão perpetuados na suja história brasileira sobre política e corrupção. 



Nela Silvio pergunta: como o Supremo apagou sete anos de investigações sobre esquemas intrincados de corrupção? 


A resposta é: anulando sem pudor e, em alguns casos, destruindo literalmente provas reunidas pela Operação Lava Jato. 

Nenhuma imagem simboliza melhor o que aconteceu com a operação no tribunal do que o uso de uma furadeira de bancada, com broca de aço, para destruir os computadores da Odebrecht na Suíça. A ferramenta perfurou para sempre o rastro da propina entregue pela empresa nos governos do PT. Foi a pá de cal na Lava Jato, conclui Silvio Navarro.  



Nesta mesma edição, ao contrário do que aconteceu no Brasil, a Oeste revela o legado da Operação Mãos Limpas ocorrida na Itália nos anos 90 . Lá os corruptos cumpriram as respectivas condenações, o Supremo não interferiu, e a classe política se renovou.


O ex-promotor Antonio Di Pietro, responsável pela Operação Mãos Limpas,
dizimou esquemas de corrupção e o sistema partidário da Itália no início dos anos 1990.
Foto: Reprodução


Na época, o ex-primeiro-ministro Bettino Crazxi fugiu para a Tunísia para evitar a prisão. Aquele que havia sido o homem mais poderoso da Itália por décadas terminou a vida como fugitivo internacional. Morreu no exílio em 2000. Seu corpo nem sequer foi trasladado de volta para o solo italiano. Permanece num cemitério na Tunísia.


E mais. Nem mesmo Giulio Andreotti - sete vezes primeiro-ministro, 34 vezes ministro, dez vezes deputado, inclusive constituinte, e oito vezes senador - conseguiu evitar os tribunais.


Lá, nenhum líder político foi salvo por chicanas em Cortes superiores ou por supostas incompetências territoriais, como no caso do processo contra Lula na Lava Jato, relatado no artigo "Operação lava passado" da Oeste.


Tais artigos, além de serem registros históricos, são, também, um GRANDE ALERTA E CONVOCAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA, para a promoção de ações que corrijam rapidamente o vigente lamaçal político e judicial brasileiro.


Os brasileiros precisam contar a sua história de forma similar ao que relatam os italianos.

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