Sem nenhum comentário sobre o déficit primário de 2023 que atingiu a marca de R$ 234 bilhões em números redondos, segundo o IPEA, hoje o (des)governo do ex-presidiário anunciou seu "Plano Nova Indústria Brasil", falando como algo novo.
Contudo, é apenas "um vale a pena ver de novo", tudo similar ao que anunciou nos governos passados, cujo maior resultado foi colocar o Brasil como campeão mundial de corrupção.
"As atuais propostas em discussão no Brasil já enfrentaram fracassos no passado, indicando uma tendência à repetição de abordagens sem êxito. Isso ressalta a incapacidade do governo atual e da classe política brasileira em buscar soluções inovadoras e estratégias fundamentadas em lições aprendidas para superar padrões históricos ineficazes", publicou o ex-ministro Paulo Guedes no X (antigo Twitter).
Na história mais recente do Brasil, política industrial tornou-se sinônimo de favorecimento e de vasta dilapidação de recursos públicos, subsídios e garantias de reserva de mercado para meia dúzia de apaniguados.
Diferentemente do discurso de Aloizio Mercadante (sim, o mesmo que foi desmentido pelo MIT depois que afirmou que ia abrir um campus do Instituto aqui no Brasil), presente no evento como presidente do BNDES, não faltam exemplos no mundo e até mesmo aqui no Brasil que se contrapõem ao que ocorreu durante as últimas décadas no País.
Exemplificando. Para ser a uma das maiores empresas de celulares do mundo, a Nokia não precisou que o governo finlandês desenvolvesse uma indústria de semicondutores. Ao contrário, a decisão foi importar de quem produzisse com mais qualidade e melhor preço. No Brasil, a Embraer não precisou do desenvolvimento nacional de componentes e peças para os seus aviões. Preferiu importá-los e nem por isso perdeu a oportunidade de ser uma das lideres mundiais do setor.
Mas no âmbito do novo Plano, o (des)governo já prometeu R$ 100 milhões em subvenção econômica para a área de semicondutores. Em 2004 foram R$ 10 milhões acrescidos de mais recursos nos anos seguintes. Um caso reportado e bastante reconhecido como um fracasso nesse setor é o da CEITEC, que já consumiu do governo, do nosso dinheiro, cerca de R$ 790 milhões.
O mercado reagiu: o dólar subiu e a bolsa registrou o menor patamar em mais de um mês, com investidores receosos com esse Plano que promete subsídios, exigências de conteúdo local e recursos a fundo perdido. Uma receita falida em qualquer parte do mundo nos dias atuais, até mesmo na China. Os juros futuros de longo prazo também registraram aumento de cerca de 7 pontos base.
A integra do documento divulgado pelo (des)governo está neste pdf de 20 MB.
Excelente
ResponderExcluir