A RESPOSTA BATEU NO CPF

Por Fernao Lara Mesquita
Marco Rubio apertou o botão. Num gesto que escancarou a porta da crise internacional, o secretário de Estado americano anunciou o cancelamento dos vistos dos ministros do STF, de seus familiares e aliados. Não foi um recado. Foi um tapa.
Enquanto Brasília amanhecia em estado de exceção judicial, com tornozeleiras eletrônicas, buscas e ordens esdrúxulas contra um ex-presidente, Washington reagia. Mas não com diplomacia — com sanção. Sanção pessoal, direta, nominal. A linguagem que Brasília entende.
Rubio não usou eufemismos. Falou em perseguição, censura, repressão à liberdade de expressão e violação de direitos de cidadãos americanos. Disse o que ninguém mais no Ocidente teve coragem de dizer: que há algo podre no Judiciário brasileiro.
E foi além. Disse que, se é para combater autoritarismo, que se comece por impedir que seus operadores passeiem por Miami com imunidade e cartão corporativo. Não há habeas corpus para shopping nos EUA.
A Corte brasileira, que adora mirar em Trump para justificar seus delírios, agora se vê no centro do radar do trumpismo real, com poder e vontade de agir. O tribunal que se acha o Olimpo do mundo jurídico virou alvo de sanção internacional.
O Brasil, que finge normalidade democrática enquanto prende opositores e censura redes sociais, começa a descobrir o preço da impostura.
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