
Após um ano e meio de governo Milei, o quadro macroeconômico argentino é muito promissor. Por quê? A resposta é que Milei fez o que era necessário: a recuperação econômica é resultado de uma agenda liberal seguida à risca, com austeridade fiscal, redução de penduricalhos, corte de 19 impostos, diminuição do tamanho do Estado — com a demissão de 50 mil funcionários públicos e o fim de mais de cem órgãos estatais — e, sobretudo, coragem, muita coragem, porque começou o governo sem maioria robusta no Legislativo.
A inflação devastadora de 25% ao mês na data da sua posse, em 2023, fechou o último mês de maio em 1,5%. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), uma espécie de IBGE, o índice anual está em 43,5%, ante quase 300% ao ano no final do mandato de Alberto Fernández. O corte na taxa básica de juros também foi drástico: de 133% para 29%, uma queda de 104 pontos percentuais, conforme o Banco Central local.
Diferentemente do presidente brasileiro, Milei pertence ao grupo de pessoas que se guiam por essa frase - não sei nada sobre isso mas quero aprender. A crise econômica da Argentina na década de 1980 despertou seu interesse pela economia, especialmente após observar o comportamento das pessoas em supermercados durante a hiperinflação. Graduou-se em economia e cursou mestrado e doutorado na área. Atuou como professor universitário e também como economista. Conquistou espaço na mídia argentina, manifestando suas posições libertárias e conservadoras, definindo-se como um capitalista, que defende a troca voluntária de bens e serviços em uma sociedade amplamente regulada pelo mercado e não pelo Estado, marca essa defendida por Ayn Rand, ao escrever seu best-seller "A revolta de Atlas", em 1957, se tornando a musa do liberalismo moderno.
"Asfixiar a criatividade e a liberdade pode custar muito caro", frase desse livro mas presente como nunca, principalmente para o momento atual brasileiro - político e econômico.
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