Neste domingo (20/07/2025), o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, divulgou nas redes sociais informações, incluindo imagens, sobre a apreensão de cocaína realizada pela Marinha de seus país, reproduzidas a seguir.
"Nossa Marinha Nacional interceptou uma embarcação de baixo perfil (LPV) 600 milhas náuticas (1.111 quilômetros) a sudoeste da foz de El Cordoncillo, no estuário de Jaltepeque.
Havia três traficantes de drogas a bordo, dois equatorianos e um colombiano.
Eles transportavam 1,3 toneladas de cocaína, avaliadas em aproximadamente US$ 33 milhões.
Com esta operação, 4oram apreendidas um total de 35,8 toneladas de drogas entre 2024 e o ano corrente.
Um golpe econômico ao crime organizado de cerca de US$ 897,3 milhões."

O fato nos faz recordar que a utilização de grupos narcotraficantes tem, desde a sua origem na América Latina, o beneplácito de ditaduras. Iniciada por Cuba quando Fidel Castro percebeu a importância de seu uso (dinheiro fácil) para financiar suas atividades e para a operação de grupos visando a implantação de sistemas comunistas em países do nosso Continente e da África. Fidel dizia que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo.
Nesse sentido, de forma didática, o cubano convenceu Chávez de que, ao oferecer apoio total e irrestrito aos colombianos das Farcs, não só fomentaria a revolução no país vizinho como causaria danos aos Estados Unidos. O Brasil não foi excluído desses ensinamentos.
O casamento do castrismo com o narcotráfico ocorreu após superadas as exigências de Pablo Escobar que resistia a se aproximar dos irmãos Castro. Estes cada vez mais desesperados por dinheiro, pois as esmolas que recebiam dos russos estavam diminuindo.
A isca lançada pelos cubanos foi a possibilidade de empregar todo o seu aparato militar para acobertar as rotas de tráfico. A ferramenta, vislumbrou Escobar, que possibilitaria burlar a fiscalização dos Estados Unidos. Quando apertou as mãos de Escobar, os cubanos haviam aceitado receber 1 milhão de dólares por dia para que o Cartel de Medellín pudesse usar livremente o espaço aéreo, as águas, os portos e aeroportos e montar um entreposto para estocagem de cocaína.
Cumprimentados por Fidel Castro, Escobar e seu companheiro Roberto Suárez (o maior produtor de folhas de coca e pasta base do planeta) ouviram do ditador: "Vocês serão o míssil com o qual perfuraremos o bloqueio e o injusto embargo que sofre meu país”.
Essa importância das organizações narcotraficantes cresceu ainda mais após a queda do Muro de Berlim e do fim da União Soviética (URSS), pois o apoio financeiro que dela vinha minguou para todos. As organizações socialistas então existentes e as que vieram a substituí-las consumiam/consomem grana. E muita grana.
Em dezembro de 2021, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, incluiu o Primeiro Comando da Capital (PCC) na lista de organizações que sofrem sanções dos Estados Unidos por envolvimento com o tráfico internacional de drogas. No texto original disponível aqui, encontramos:
"Brazil
Primeiro Comando Da Capital (a.k.a. “PCC,” “First Capital Command”) is the most powerful organized crime group in Brazil and among the most powerful in the world. PCC arose in Sao Paulo in the 1990s and has forged a bloody path to dominance through drug trafficking, as well as money laundering, extortion, murder-for-hire, and drug debt collection. PCC operates throughout South America, Paraguay, and Bolivia, and its operations reach the United States, Europe, Africa, and Asia."
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