
Pior do que as ausências dos líderes dos mais importantes países que compõem o BRICS, China e Rússia, foi a Declaração de Líderes, mostrando que o Brasil lulista abraçou com gosto a defesa do que há de pior atualmente no mundo. O texto traz vários trechos já previsíveis sobre todo tipo de cooperação entre os membros, além de demandas requentadas.
O que chama mais a atenção, no entanto, são as referências aos grandes conflitos geopolíticos e militares da atualidade, e nos quais os membros do BRICS estão envolvidos – costumeiramente, do lado errado da história, como os nele citados.
- A condenação da Ucrânia na guerra contra a Rússia. Não há nenhuma menção ao fato de a guerra ter começado devido a uma invasão unilateral russa, além de condenar genericamente a imposição de sanções econômicas ao país agressor.
- Os ataques ao programa nuclear iraniano no qual os membros dos Brics condenaram os “ataques deliberados contra infraestruturas civis e instalações nucleares pacíficas”. Uma falsidade dupla, pois tanto Israel quanto Estados Unidos miraram apenas alvos militares.
- Da campanha israelense em Gaza sem ao menos a condenação dos grupos terroristas apoiados pelo Irã.
Não há dificuldade, portanto, na leitura de que o BRICS não passa de um clubinho ideológico formado por ditadores e aliados empenhados em defender-se mutuamente enquanto espalham instabilidade global e tem pouco a acrescentar quando se trata de enfrentar os grandes desafios da contemporaneidade, como a promoção da paz, a construção da democracia, a proteção das garantias individuais e o fomento da liberdade econômica e comercial.
Para o Brasil, tendo a chance de se colocar ao lado das democracias ocidentais, Lula, seu chanceler de facto Celso Amorim e o PT recusaram essa oportunidade, sacrificando o respeito conquistado décadas atrás pela diplomacia brasileira, alinhando-se incondicionalmente a valentões expansionistas, ditaduras sem o menor respeito pelos direitos humanos, e financiadores do terrorismo internacional, jogando na lama o nome do Brasil.
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