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24 agosto 2025

COP30 - O vexame brasileiro continua


    Quantos bilhões o contribuinte brasileiro já enfiou na COP30 para sermos ridicularizados perante o Mundo? O que a empresa contratada por meio bilhão para organizar a COP está fazendo com toda essa dinheirama? Durante esta última semana, o representante do Panamá para a Cop30 publicou um texto após mais uma reunião infrutífera com o Brasil sobre os preços exorbitantes em Belém do Pará: “nossas palavras parecem entrar por um ouvido e sair pelo outro”. É revoltante ver nossa diplomacia responsável recebendo esse esculacho público como o citado a seguir. 


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“Estou completamente perplexo e, francamente, confuso que, pela terceira vez neste Bureau, todas as regiões do mundo tenham falado com uma só voz à Presidência brasileira que está assumindo, e ainda assim nossas palavras parecem entrar por um ouvido e sair pelo outro. Parece que estamos vivendo em uma realidade alternativa toda vez que participamos dessas reuniões. Não só isso, nosso tempo está sendo desperdiçado, e estamos sendo feitos de tolos. Mais de 70% das delegações não reservaram acomodação. Esse único número diz tudo: os arranjos atuais são impossíveis. As opções estão 200 a 400% acima do subsídio diário das Nações Unidas, e simplesmente não são viáveis. Isso não se trata apenas de quartos de hotel. Trata-se de saber se levamos a sério este processo internacional. Se nos respeitamos mutuamente. Se nos respeitamos a nós mesmos. No momento, não estamos fazendo nada disso. As delegações, em todas as regiões, estão sendo solicitadas a pagar taxas exorbitantes e não reembolsáveis sob pacotes rígidos que não podem ser modificados. As faturas devem ser pagas em três dias, independentemente dos processos de aprovação nacionais. As informações chegam de forma fragmentada, as delegações estão dispersas, a coordenação é impossível. Isso não é um simples contratempo logístico. Isso é insano e insultante. Uma pesquisa conduzida pelo Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU confirmou o que já sabíamos: o desconforto e a frustração são esmagadores. Como vice-presidente do Bureau, peço ao Secretariado que forneça aconselhamento formal e por escrito sobre alternativas e o processo pelo qual este Bureau pode solicitar formalmente à Presidência da COP a mudança da cidade-sede. Porque não podemos sediar uma COP em condições que excluem a participação e violam os princípios centrais do multilateralismo. Viemos aqui para construir confiança e soluções. Em vez disso, estamos recebendo desculpas e absurdos.”







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