A Fazenda Itamarati (*)
A absoluta falta de capacidade e de interesse do PT para iniciar, conduzir e concluir um programa sério de progresso social e econômico tem um de seus exemplos mais chocantes no caso da Fazenda Itamarati.
Ela foi um polo pioneiro da agricultura brasileira em cultivo no cerrado, situada no Estado do Mato Grosso do Sul, iniciativa do empresário Olacyr de Morais.
A Itamarati montou um dos primeiros laboratórios agrícolas do país. Os estudos científicos ali realizados resultaram na criação de mais de 100 variedades de soja, algumas entre as mais produtivas do mundo. Com uma área total de 50 mil hectares, foi a maior produtora de soja do mundo nos anos 80. Nos anos 90 foi a maior produtora de algodão e a segunda maior produtora de milho do país.
Problemas financeiros na construção da estrada Ferro Norte, levaram o Sr. Olacyr à falência. Metade dos 50 mil hectares da gleba foi tomada pelo Banco Itaú em 1998, para abater dívidas do empresário. Em outubro de 2000, o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul comprou do banco 25,1 mil hectares, por 27 milhões de reais. Neles, o INCRA deveria assentar, a partir de 2002, um total de 2.837 famílias, ligadas ao MST, à CUT, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e à associação dos ex- funcionários da propriedade.
Em 04/09/2003 o Sr. Rolf Hackbart assumiu a presidência do INCRA e em agosto de 2004 o INCRA adquiriu os restantes 24,5 mil hectares da Fazenda Itamarati. O governo federal pagou R$ 165,3 milhões pelos terrenos, que se destinavam ao assentamento de 2.048 famílias até o final daquele ano.
Tinha tudo para ser o mais moderno assentamento do Brasil, que funcionaria nos moldes de uma cooperativa. Na propriedade, com acesso por estrada asfaltada, havia três mil hectares irrigados por 27 pivôs centrais, uma subestação de energia elétrica e 56 edificações para o armazenamento de até dois milhões de sacas de cereais. Uma família assentada pelo programa de reforma agrária deveria ganhar um lote de 20 hectares em média e um crédito de 20.000 reais para construir sua casa, comprar equipamentos e sementes e começar uma plantação.
A absoluta falta de capacidade e de interesse do PT para iniciar, conduzir e concluir um programa sério de progresso social e econômico tem um de seus exemplos mais chocantes no caso da Fazenda Itamarati.
Ela foi um polo pioneiro da agricultura brasileira em cultivo no cerrado, situada no Estado do Mato Grosso do Sul, iniciativa do empresário Olacyr de Morais.
A Itamarati montou um dos primeiros laboratórios agrícolas do país. Os estudos científicos ali realizados resultaram na criação de mais de 100 variedades de soja, algumas entre as mais produtivas do mundo. Com uma área total de 50 mil hectares, foi a maior produtora de soja do mundo nos anos 80. Nos anos 90 foi a maior produtora de algodão e a segunda maior produtora de milho do país.
Problemas financeiros na construção da estrada Ferro Norte, levaram o Sr. Olacyr à falência. Metade dos 50 mil hectares da gleba foi tomada pelo Banco Itaú em 1998, para abater dívidas do empresário. Em outubro de 2000, o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul comprou do banco 25,1 mil hectares, por 27 milhões de reais. Neles, o INCRA deveria assentar, a partir de 2002, um total de 2.837 famílias, ligadas ao MST, à CUT, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e à associação dos ex- funcionários da propriedade.
Em 04/09/2003 o Sr. Rolf Hackbart assumiu a presidência do INCRA e em agosto de 2004 o INCRA adquiriu os restantes 24,5 mil hectares da Fazenda Itamarati. O governo federal pagou R$ 165,3 milhões pelos terrenos, que se destinavam ao assentamento de 2.048 famílias até o final daquele ano.
Tinha tudo para ser o mais moderno assentamento do Brasil, que funcionaria nos moldes de uma cooperativa. Na propriedade, com acesso por estrada asfaltada, havia três mil hectares irrigados por 27 pivôs centrais, uma subestação de energia elétrica e 56 edificações para o armazenamento de até dois milhões de sacas de cereais. Uma família assentada pelo programa de reforma agrária deveria ganhar um lote de 20 hectares em média e um crédito de 20.000 reais para construir sua casa, comprar equipamentos e sementes e começar uma plantação.
Passada a ruidosa propaganda do governo pelo assentamento, sua desorganização, seu abandono, a incompetência e a corrupção condenaram mais de 15.000 pessoas a viver o inferno, naquilo que já fora o paraíso.
A Itamarati foi um fracasso retumbante em termos de programa de reforma agrária. Desde o abandono dos assentados pelo governo até as acusações de irregularidades. Elas atingiram o Sr. Hackbart, que já foi indiciado em ações na Justiça Federal por improbidade administrativa no tempo em que foi presidente do INCRA. A situação se complicou, pois em 30 de agosto de 2010 o superintendente regional Waldir Cipriano Nascimento, foi preso na Operação Tellus da Polícia Federal (PF) com mais nove servidores públicos federais, acusados de fraudar projetos da reforma agrária em Mato Grosso do Sul no valor de R$ 12 milhões.
Mais de 300 famílias moram em uma vila urbana dentro do assentamento, que se transformou em uma verdadeira favela. Há um comércio de lotes, e os assentados acabam engrossando o contingente de trabalhadores informais pelas redondezas.
A proximidade com a fronteira seca com o Paraguai transformou a área em quintal de traficantes onde a polícia já descobriu pelo menos dois laboratórios de cocaína e prendeu vários de seus moradores por tráfico de drogas.
A imensa fazenda Itamarati foi implodida para abrigar o maior assentamento agrário do país. De exemplo de pioneirismo no cerrado, de produtividade em nível mundial, de ciência e tecnologia agrícola, entregue nas mãos do PT transformou-se em uma terra arrasada. São mais de 300 milhões de reais jogados no lixo e milhares de toneladas de alimentos que deixaram de ser produzidos. E a culpa não é dos assentados!
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