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12 abril 2021

FACT CHECKERS

Divulgados os ganhos bilionários das big techs obtidos através de um modelo de negócios no qual o produto vendido é o usuário - sem o conhecimento explícito deste e, também, sem nenhuma remuneração, emerge de suas atuações na sociedade, outra categoria de empresas denominadas de agências de checagem (fact checkers) que têm atuado como um STF das redes sociais e da imprensa em geral. Fazem o que bem entendem. 

Tais agências acham-se no direito de carimbar como “falsos” conteúdos produzidos profissionalmente, com apuração de fatos e dados, entrevistas e checagem, sejam eles elaborados por pessoas físicas e/ou jurídicas. E o que esses conteúdos têm de errado? Ora, simplesmente estão em desacordo com os ditames do pensamento progressista. Na prática, na realidade, essas agências são organizações empenhadas na manutenção da hegemonia do marxismo cultural nos meios de comunicação.

No campo político, de forma pragmática, por exemplo, na campanha presidencial americana de 2020, foi notório o esforço conjunto dessas empresas em conluio com os veículos da velha imprensa para esconder os escândalos que envolvem a família do presidente eleito em relações nada republicanas com autoridades e empresas da China. Sempre a China, hein!

De acordo com o Centro de Responsabilidade Política Open Secrets, elas correspondem a cinco dos sete maiores doadores que ajudaram a derrubar Donald Trump. Facebook e Google, ao lado de outras gigantes do Vale do Silício, como Amazon, Apple, Microsoft, Oracle, Netflix e Twitter, as líderes mundiais do mercado de tecnologia já são tradicionalmente conhecidas por financiar projetos ligados à pauta progressista. Segundo a revista Observer, Trump é desafeto particular de Jeff Bezos, CEO da Amazon. Entre cifras que variam de US$1 milhão a US$ 21 milhões por empresa, nada menos que 98% das doações do Vale do Silício foram direcionadas à campanha de Biden.

De mãos dadas com as corporações de redes sociais, e o imenso dinheiro em seus cofres, a atuação dessas agências avançou sobre a terra de ninguém chamada newsfeed — espaço que reúne todo o conteúdo postado por qualquer usuário nessas plataformas. Incapazes de gerenciar o monstro que criaram, as social big techs — prioritariamente, o Facebook — delegaram ($$$) aos fact checkers o poder de escolher o que pode circular nas redes.

No documentário "O dilema das redes", ex-funcionários das empresas mais rentáveis do planeta como Google, Facebook, Instagram e Twitter revelaram que as estratégias dessas companhias para vender anúncios, manipular os usuários é mantê-los cada vez mais conectados às redes sociais. 

Essa relação entre "fornecedores" e "usuários" pode ser resumida numa frase que tornou-se chavão entre as big techs e é citada no documentário: "Quem não está pagando pelo produto é o produto".

Não foi por acaso que, recentemente, o WhatsApp enviou aos usuários uma atualização de sua política de privacidade, e informou que passará a compartilhar os dados do seu público com o Facebook, base de dados esta que se somará aos ativos (informação) que ele já possui com os quais fatura muito alto.  Você, nós usuários das big techs somos apenas o seu produto.

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