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16 abril 2021

HORA DE SE POR AS BARBAS DE MOLHO

Na Antiguidade e na Idade Média, a barba era um símbolo de honra e poder. Quando a barba de um indivíduo era cortada por outro, isso representava uma grande humilhação. Essa ideia chegou aos dias de hoje na expressão "deixar as barbas de molho", que significa ficar de sobreaviso, prevenir-se.

Estamos acerca de 18 meses das próximas eleições presidenciais no Brasil. Com a última decisão do STF que tornou apto o chefe-maior da corrupção brasileira para disputá-la - uma vergonha para o País perante o mundo - os brasileiros precisam se precaver, antecipadamente, para não serem pegos, de novo, com as calças na mão, e evitar, desde já, um momento em que poderão ser obrigados a entregar o último bem de que dispõem: a sua liberdade.

Obviamente estamos falando da possibilidade de eventual retorno ao poder da esquerda socialista que, segundo declarações de suas principais lideranças, " desta vez não erraremos"..... “Dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nós vamos (sic) tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, explicou José Dirceu em entrevista concedida ao jornal 
El País. José Dirceu, réu triplamente condenado, dá a entender que esse processo já está em curso. Um regime autoritário pode se instalar da maneira clássica, por meio de um golpe, ou como resultado de um paulatino processo de captura do poder por um determinado grupo político, que assegura sua hegemonia a partir do aparelhamento do Estado. De um modo ou de outro, o resultado é sempre o mesmo: a submissão do Estado - e da Nação - aos interesses de quem o controla, o exato oposto de uma democracia.

Aos brasileiros estão à vista os problemas provocados por essa esquerda aqui bem perto de nós. É só prestarmos atenção para os diversos fatores que transformaram a democracia venezuelana em uma ditadura bolivariana. Alguns deles são indicados a seguir.


Democracia fraudada

Há fartas evidências de fraude nas eleições de 2018, que mantiveram Maduro na presidência do país. Milícias levaram votantes até as urnas, o que é proibido pela lei eleitoral, locais de votação ficaram abertos além do horário previsto, chavistas instalaram “pontos vermelhos” para checar o comparecimento dos eleitores, que votavam sob ameaça de terem seus benefícios sociais cortados pelo governo.

Após a eleição internacionalmente contestada de 2018, que deu à Maduro mais seis anos à frente da Venezuela, as prisões políticas se intensificaram no país, segundo a ONG local de direitos humanos Foro Penal Venezuelano. Poucos dias após a reeleição de Maduro, funcionários públicos relataram ameaças por não terem votado e meio de comunicação sofre censura por “disseminar mensagens que ignoram as autoridades legitimamente constituídas” e por “incitar o ódio”.

Quando Hugo Chávez assumiu o poder na Venezuela, há quase vinte anos, o populismo esquerdista que defendia supostamente salvaria a democracia; em vez disso, causou a implosão do sistema no país.

Aqui no Brasil corremos sérios riscos nesse sentido. Suspeitas de fraudes ocorreram nas duas últimas eleições e se aponta e/ou se sugere que o responsável por tal procedimento é o algoritmo (da vez) usado no momento da contabilização final dos votos, não importando o que acontece durante o processo de votação e/ou da transferência dos votos para o TSE.

Luxo e pobreza

A maioria dos 31,5 milhões de venezuelanos passa fome, enquanto os boliburgueses, a classe que enriqueceu ao manter íntimas relações com o chavismo, um seleto grupo, vive em um universo à parte. Na outra extremidade, milhares de pais não têm condições de alimentar seus filhos e estão abandonando os pequenos em orfanatos.

Empobrecida a população foge do país. Diariamente, cerca de 5 mil venezuelanos fogem da fome e da repressão em seu estado socialista em colapso. Eles estão reformulando cidades e vilas em todo o hemisfério ocidental. No Brasil os efeitos estão bem visíveis em Roraima, na região de fronteira e na capital, Boa Vista.

Em busca de melhores condições de vida, venezuelanos mais velhos deixam para trás suas histórias no país de Maduro e se mudam para outros lugares.

Pelo menos 3,7 milhões de pessoas estão passando fome no país, segundo a agência da ONU para alimentação. No entanto, o governo nega que haja uma crise humanitária. Oito em cada dez venezuelanos afirmam não ter dinheiro suficiente para comprar alimentos ou remédios, segundo uma pesquisa da empresa Venebarómetro.

Quatro em cada cinco venezuelanos não conseguem arcar com o valor da cesta básica. A pobreza no país atingiu 96,2% dos domicílios em 2019, enquanto a pobreza extrema alcançou 79,3%.

O relato de uma fotojornalista que trabalha para o New York Times na Venezuela há nove anos, e que, nos dois últimos, passou a se concentrar na luta da população, testemunhou a revolta cada vez maior com a comida e os remédios que aos poucos foram sumindo, e o autoritarismo de Maduro se intensificando.

Destruição do setor privado

Um dos setores em que ficou mais explícito o fracasso da ditadura de Chávez e Maduro foi a economia. Desde que o governo começou a intervir nas empresas privadas e criar estatais deficitárias - três em cada quatro empresas estatais foram criadas, expropriadas ou confiscadas durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro - os itens básicos de consumo sumiram das prateleiras, a hiperinflação corroeu a renda da população, chegando a incríveis 1.000.000 % em 2018, e a fome se tornou um problema grave.

A derrocada da petroleira PDVSA

Milhares de trabalhadores estão largando a empresa estatal de petróleo da Venezuela, abandonando postos que já foram cobiçados, mas que hoje estão desvalorizados pela pior inflação do mundo. Trabalhadores desesperados e criminosos estão levando equipamentos vitais da empresa, além de veículos, bombas e fiação de cobre, carregando o que podem para ganhar algum dinheiro.

A produção de petróleo na Venezuela caiu em maio para 570 mil barris diários, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o volume mais baixo em quase 80 anos. No auge da indústria de petróleo do país, a produção diária chegou a 3,7 milhões de barris por dia, em 1970. Os níveis atuais são os mais baixos desde 1943, quando o oferta chegava em média a 491 mil barris diários do produto.

No Brasil de poucos anos atrás algo parecido a isso começou a acontecer com o assalto realizado na Petrobras pelos governos socialistas que estiveram no poder até bem recentemente. A marca desse assalto ficou bem conhecida no mundo inteiro como o nome de  Petrolão.

Educação

Professores e alunos deixam salas de aula e escolas fecham as portas. Um dos efeitos mais nocivos da crise pela qual passa a Venezuela é a pane na educação. Professores e alunos, com fome e sem dinheiro, abandonaram as salas de aula e as escolas, principalmente as particulares, fecharam as portas. A extensão do estrago, porém, é ainda desconhecida: em 2003, o país deixou de fazer pesquisas sobre a qualidade da educação e, desde então, se nega a participar de avaliações internacionais.

O professor universitário na Venezuela recebe salário de US$ 5. Com pagamento mensal que não chega a 5 dólares para docentes, diversas instituições de ensino venezuelanas enfrentam evasão de alunos e ameaçam fechar as portas.

A falência do estado socialista provoca uma das mais dramáticas fugas de talentos humanos da história da humanidade. Até 2018, 48 mil professores – ou 12% de todo o contingente em escolas dos ensinos fundamental e médio em todo o país – pediram demissão, de acordo com o Se Educa, um grupo educacional.

Saúde

A crise econômica na Venezuela causou o colapso do sistema de saúde. A constatação é da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) que, em documentos internos, alerta para a fuga de um a cada três médicos venezuelanos e para a explosão de novos casos de aids, malária, tuberculose, sarampo e difteria. Crianças também estão morrendo em hospitais devido às más condições de higiene. Não há dados sobre os efeitos do vírus chinês no país.

A mortalidade infantil na Venezuela retrocedeu 40 anos e já é duas vezes maior que a média da América Latina. Um levantamento realizado a partir de banco de dados do Unicef e do Banco Mundial revela que as taxas registradas em 2017 são equivalentes aos índices do país em 1977.

Segurança

Um relatório da Anistia Internacional afirma que forças de segurança do Estado venezuelano usam força letal com intenção de matar os setores da população mais vulneráveis e excluídos, criminalizando a pobreza. O resultado foi mais de 8.200 execuções extrajudiciais entre 2015 e junho de 2017.

Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV), mais da metade dos assassinatos no país são cometidos por policiais. Em 2019 cerca de 5,2 mil pessoas morreram na Venezuela por apresentar “resistência à autoridade”. Esse número é menor que o de 2018, quando as mortes violentas devido à "resistência à autoridade" superaram 7,5 mil.

Dados compilados por ONGs venezuelanas mostram que 1.134 menores de idade foram assassinados no país em 2017 – 76 tinham menos de 4 anos.

ONGs denunciam a utilização de gases tóxicos para provocar asfixia, torturas sexuais e técnicas sinistras como a de pendurar presos durante horas.

O número de torturas provocadas pelas forças de segurança da Venezuela, do ditador Nicolás Maduro, deu um salto assustador entre 2018 e 2019, informou a ONG venezuelana humanitária Provea (Programa Venezolano de Educación Acción en Derechos Humanos). Enquanto em 2018 foram registrados 109 casos de tortura nas prisões e delegacias da Venezuela, em 2019 o número foi de 574. Além disso, 23 pessoas morreram em decorrência da tortura policial nesses locais.

Na manhã de 10 de dezembro de 2009, a juíza María Lourdes Afiuni saiu de sua casa para o seu local de trabalho, o tribunal de controle criminal 31 no Palácio da Justiça em Caracas. De lá, saiu detida para a sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), e de lá para a prisão feminina INOF (Instituto de Orientação Feminina), onde passou um ano e um mês. Ela voltou para sua casa em fevereiro de 2011 sem útero, com a vagina e o ânus reconstruídos, uma lesão na mama direita e insônia crônica."

Material encontrado recentemente pela Inteligência da Colômbia reforça a relação estreita entre a ditadura de Nicolás Maduro e o grupo terrorista colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN).

Final

Após o relato acima, todos perguntamos? Como a Venezuela, que já foi o país mais rico da América do Sul, convive atualmente com tantos problemas? A resposta é evidente, é muito clara, é visível pra todo aquele que tem um mínimo de visão e quer o bem de sua pátria. A culpa está na mudança de rumo, nas políticas socialistas implantadas há muito tempo, e que continuam sendo aplicadas.

Brasileiros, hora de pormos nossas barbas de molho.

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