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30 maio 2023

O BRASIL JÁ NÃO É MAIS EXCEÇÃO

Ontem (29/05) no Palácio do Planalto, Lula recepcionou o ditador venezuelano Maduro. Durante o seu discurso, Lula citou uma integração cooperativa entre as forças armadas dos dois países para combate ao narcotráfico. Seria cômico se não fosse trágico: Lula disse isso ao lado do chefe do Cartel dos Sóis ("Cartel de los Soles"), grupo narcotraficante que opera dentro das forças armadas venezuelanas e é responsável pelo escoamento de 25% de toda a cocaína produzida no mundo.

O termo "Cartel de los Soles" foi usado pela primeira vez em 1993, quando dois generais da Guarda Nacional Bolivariana foram investigados por tráfico de drogas e crimes relacionados. Cada um carregava nos ombros as insígnias de um único sol que caracteriza os generais de brigada, dando origem ao nome "Cartel del Sol".

Leonardo Coutinho em seu livro "Hugo Chávez - o espectro" nos conta o que disse um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez revelando que a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro. 

Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo.

De forma didática, o cubano convenceu Chávez de que, ao oferecer apoio total e irrestrito aos colombianos, não só fomentaria a revolução no país vizinho como causaria danos aos Estados Unidos. O incremento do tráfico, ensinou Fidel, obrigaria os americanos a gastar mais dinheiro com as ações de repressão e com os tratamentos dos adictos. 

A isca lançada pelos cubanos foi a possibilidade de empregar todo o seu aparato militar para acobertar as rotas de tráfico. Quando apertou as mãos de Pablo Escobar, os cubanos haviam aceitado receber 1 milhão de dólares por dia para que o Cartel de Medellín pudesse usar livremente o espaço aéreo, as águas, os portos e aeroportos e montar um entreposto para estocagem de cocaína.

Hoje (30/05) ocorre uma reunião, em Brasília, com o objetivo de se convencer os presidentes dos países da América Latina a restaurarem a falida Unasul, para torná-la um centro aglutinador de ações diplomáticas do continente.

Mas não é segredo para ninguém que quase todos os países visitantes se encontram no fundo do poço em consequência do modelo econômico bolivariano do finado Hugo Chavez secundado pelo cubano, símbolo maior do retrocesso que ainda permanece no mundo, incluindo a prisão e morte de presos políticos. O Brasil já não é mais exceção. No momento já são vários brasileiros que se encontram na condição de preso político. Nos encontramos também numa ditadura. 

Também não é mais segredo para o mundo que o Brasil segue firme em sua postura de se tornar um párea internacional, aliando-se aos principais regimes totalitários, assassinos e criminosos do mundo. Hoje está sendo dado mais um passo nesse sentido.


PS.: Participam da reunião os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela). A presidente do Peru, Dina Boluarte, está impedida de deixar seu país e não pôde comparecer ao encontro.


Um comentário:

  1. O caminho já está aberto e pavimentado aqui no Brasil. O Ministro da Justiça visita morro dominado pelo tráfico abertamente sem esquema de segurança.

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