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31 março 2024

Crianças com idade de 15 a 16 anos indo pra guerra

 




 

Fatos dessa natureza nos faz lembrar dos anos 60 em que se viveu a guerra do Vietnã. Naquela época, a União Soviética estava em ascensão e a Guerra do Vietnã dilacerava a política e a economia americana, motivos dos vários protestos estudantis de 1968, no mundo inteiro, que questionavam a diplomacia de várias nações. 

Continuou assim até que se estabelecesse  o primeiro Tratado de Limitação de Armas Estratégicas e o Tratado de Mísseis Antibalísticos entre os EUA e a União Soviética, reduzindo significativamente a corrida armamentista entre Washington e Moscou. 

Na sequência, os EUA ratificaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em 1970 e em 27 de janeiro de 1973 foram concluídas as negociações dos Acordos de Paz de Paris, que puseram fim a guerra entre os países envolvidos. Ainda como decorrência dessa guerra,  em 1975 foi aprovada a Convenção Internacional que proíbe o uso de armas biológicas. 

O mundo de hoje

Na última quinta-feira (28), a Rússia usou o poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com um painel de especialistas que tem monitorado os esforços da Coreia do Norte para escapar de sanções sobre o seu programa nuclear. A aliança contraria um interesse histórico que unia o país europeu aos Estados Unidos ao longo de décadas. Antes, as críticas sobradas da Rússia ao programa nuclear do país asiático, chegaram a nomeá-lo de "ameaça à segurança global". 

Agora, entretanto, de acordo com a análise feita pelo jornal americano "The New York Times", a mudança comportamental evidencia como a Rússia está fornecendo combustível e outros bens à Coreia do Norte, provavelmente, segundo a análise, em troca dos projéteis de artilharia e mísseis que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está enviando para a Rússia usar contra a Ucrânia. Segundo a análise, a Rússia ajuda a Coreia do Norte a fugir das sanções e não se preocupa em pressionar o Irã a desacelerar sua acumulação de urânio enriquecido, o passo crítico necessário se o país algum dia decidir construir armas nucleares.

Também lembra os conflitos asiáticos a última decisão do presidente americano. Embora a manchete de ajuda humanitária possa ser acolhida com aplausos, a sua implementação segue um caminho similar ao envolvimento dos EUA na guerra do Vietnã.

Trata-se da decisão do presidente Biden de instalar um cais flutuante ao largo da costa de Gaza como parte de uma ampla iniciativa internacional para alimentar os palestinos famintos, mas colocando em perigo os militares dos EUA que devem construir, operar e defender a estrutura de ataques. Segundo dizem especialistas militares, um risco com enorme consequências para os EUA e o resto do mundo.

A proximidade constante dos americanos com os combates e a intensa raiva dos Estados Unidos pelo seu apoio a Israel tornarão o cais um alvo atraente para o Hamas ou outro grupo militante da região - muitos dos quais recebem armas e orientação militar do Irã. Os céticos da operação alertam: disparos de foguetes, drones de ataque e mergulhadores ou lanchas transportando explosivos representarão uma ameaça.

Embora seja considerado um “objetivo digno” para os EUA reduzir o sofrimento civil em Gaza,  questiona-se também se os militares americanos são a "entidade" adequada para estar envolvida.

“Se uma bomba explodir naquele cais, o público americano, em primeiro lugar, perguntará: ‘O que diabos eles estavam fazendo lá? ”

“Sabemos que tais missões nunca são isentas de riscos. Isso é particularmente verdade numa zona de guerra como Gaza mas sabemos que os nossos líderes militares farão todos os esforços para garantir a sua segurança enquanto constroem e operam este cais”, disse porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Aqueles que defenderam o plano disseram que o risco é real, mas administrável, e que os Estados Unidos estão a demonstrar liderança ao procurar novas formas de alimentar os palestinianos encurralados pelos combates.

Vários, no entanto, citaram os mortíferos atentados terroristas em Beirute em 1983 que deixou 241 militares mortos, e durante a evacuação do Afeganistão pelos EUA, em 2021, que matou 13 soldados norte-americanos ao lado de cerca de 170 afegãos, como exemplos da imensa dificuldade em proteger os militares dos EUA durante estadias prolongadas em condições vulneráveis.

A operação no cais liderada pelo Exército envolverá cerca de 1.000 soldados dos EUA e quatro navios do Exército que partiram do sudeste da Virgínia em 12 de março. 

Após um trânsito estimado de 30 dias, os navios deverão atracar no mar, onde os soldados construirão o cais flutuante e uma ponte de duas pistas de 550 m que se estenderá desde a borda do Mar Mediterrâneo até a cabeça de praia.

Todas as entregas serão preparadas e inspecionadas em Chipre antes de serem embarcadas nos navios que as transportam até o cais. O pessoal dos EUA transportará suprimentos para a ponte, mas não sairá dela, disseram autoridades de defesa. O Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, expressou apoio ao plano marítimo, dizendo que as forças israelenses garantirão que a ajuda chegue a quem deveria.

Entretanto, não custa lembrar também que, há poucos dias, Israel acusou a agência das Nações Unidas responsável pela distribuição da maior parte da ajuda dentro do enclave de desviar suprimentos para o Hamas.

Tornou-se urgente, já passou da hora de se negociar um cessar fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Os exemplos citados, o vídeo acima e as imagens que se seguem mostram que o caminho a ser percorrido é bastante extenso e demorado mas vale a pena.



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