Translate

08 janeiro 2025

Anúncio de Zuckerberg revela tanto o histórico do FB como os que a ele deram ordens para implementação da censura

        Um resultado da vitória de Donald Trump é que os CEOs empresariais estão repensando sua obediência à esquerda democrata. O exemplo mais recente é a decisão bem-vinda da Meta esta semana de abandonar seu regime de censura.


        Em um mea culpa histórico,  Mark Zuckerberg afirmou: "Chegamos a um ponto em que há muitos erros e muita censura. As eleições recentes impuseram um ponto de inflexão cultural para priorizar novamente o conteúdo dos usuários e suas liberdades de expressão."

        Priorizar novamente revela tanto o histórico do FB como os que a ele deram as ordens para implementação da censura. Vejamos. Em seus primeiros anos, o Facebook adotou uma abordagem não intervencionista para moderar o conteúdo. Mas após a eleição americana de 2016, os democratas, com viés de esquerda - os progressistas - criticaram a plataforma por não fazer mais para remover a desinformação russa, que eles alegaram ter ajudado Trump a vencer.

        O Facebook então estabeleceu um sistema opaco no qual checadores certificados, como veículos de comunicação e organizações sem fins lucrativos, verificavam os conteúdos das postagens. Aqueles classificados como enganosos ou falsos foram rebaixados nos feeds de usuários ou simplesmente recusados.

        Em 2019, Zuckerberg tentou acalmar as fúrias se comprometendo com a liberdade de expressão. "Cada vez mais, em todo o espectro, parece que há mais pessoas que priorizam obter os resultados políticos que desejam em vez de garantir que todos possam ser ouvidos", disse ele na Universidade de Georgetown. "Acredito que devemos continuar a defender a liberdade de expressão."

        Mas, à medida que os ventos em Washington sopravam para a esquerda, o mesmo acontecia com o discurso da plataforma. Após a revolta no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, a plataforma baniu o  Trump. Em seguida, suprimiu visões contrárias relacionadas à Covid que os democratas consideraram desinformação, muitas vezes sem explicação.

        Contudo, uma descoberta legal revelou como os executivos da Meta se curvaram às demandas de autoridades de Biden para censurar "desinformação". A Suprema Corte decidiu no ano passado que os demandantes não provaram que foram censurados em resposta direta à pressão do governo, mas o caso expôs o conluio entre a Administração Biden e a Big Tech.

         A censura progressiva estimulou Elon Musk a comprar o antigo Twitter para fornecer um fórum de liberdade de expressão. Musk eliminou os controles de discurso político da plataforma e implementou o sistema Community Notes no qual os usuários podem sinalizar postagens para fornecer mais contexto. Em outras palavras, combata o discurso ruim com mais discurso. Zuckerberg disse nesta terça-feira que encerrará sua verificação de conteúdos através de terceiros certificados  e adotará o sistema do X (antigo Twitter).

         Tais mudanças podem ser em parte motivadas pelo desejo de Zuckerberg se acertar com os republicanos que em breve controlarão Washington e evitarão a regulamentação. Mas Zuckerberg, sem dúvida, também está respondendo à mensagem que os eleitores enviaram ao eleger Trump: "Parem o imperialismo progressista".

Repercussão no Brasil 

         repercussão no Brasil foi imediata. A esquerda não resistiu e vestiu a carapuça imediatamente ao se manifestar que reagiria ao anúncio. Não quer aceitar a decisão do Zuckerberg, cuja metodologia até então vigente na Meta vinha sendo elogiada. As manifestações vieram do Palácio do Planalto, de parlamentares e da velha imprensa, conforme se pode ver através das imagens a seguir.

Manuela d'Ávila
















 

  
 










8 DE JANEIRO: PARA UMA NAU SEM RUMO, TODO VENTO É DESFAVORÁVEL

        Lula convocou os três chefes das FFAA (Marinha, Exército e Aeronáutica) para o ato comemorativo do 8 de janeiro, o dia da infâmia segundo a ex-ministra do STF Rosa Weber. O comparecimento dos três militares se traduz, dentre outros, em mais um ato de humilhação individual e institucional.


Subordinação não é subserviência 


        O governo Lula, cuja ilegitimidade se evidencia nas ruas, praças e em qualquer evento, sobrevive hoje pendurado num esforço persecutório de um Supremo Tribunal igualmente impopular. Para se manter vivo mantém-se apoiado num factóide denominado "combate à forças antidemocráticas", enquanto corroem, de fato, a democracia na República.

        Tal iniciativa é trauma psico-social da esquerda brasileira - fato presente em seus quadros.  O mantra do "golpismo" é mecanismo neurolinguístico, preso num ciclo transacional vicioso e repetitivo, que conduz a esquerda nacional inevitavelmente a atribuir a terceiros, seus constantes e episódicos fracassos. 

        É nesse contexto que surge a sintomática determinação do governo Lula, buscando reduzir ainda mais o moral dos militares a serviço das Forças Armadas do Brasil e o seu próprio orçamento. O Ministério da Defesa foi uma das pastas mais afetadas pelos cortes orçamentários realizados em 2024.

        Triste, muito triste mesmo é ver o barco dos militares navegar em direção aos rochedos... ignorando o farol da história. Como dizia Sêneca: "para uma nau sem rumo, todo vento é desfavorável".

07 janeiro 2025

Frase do dia!

“Vamos nos livrar da checagem de fatos. Os checadores são muito enviesados politicamente e destruíram mais verdade do que criaram, especialmente nos EUA.”, Mark Zuckerberg.

 


        Todo esse pessoal das agências de "fact-checking" perderá as tetas das grandes empresas de tecnologia, e dependerá completamente das tetas estatais, depois desse anúncio do Zuckerberg.

        Mark Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos no Facebook e Instagram, encerrando uma política que vinha sendo criticada por muitos como um instrumento de censura e controle ideológico.

        Essa mudança abre caminho para um ambiente digital mais equilibrado e plural, onde a liberdade de expressão ganha destaque, e os cidadãos podem formar suas próprias opiniões sem intervenções excessivas.

        Zuckerberg foi mais longe e sentenciou: 'América Latina tem tribunais secretos de censura'. O dono do Facebook e do Instagram também criticou medidas tomadas por China e União Europeia

        Nesse histórico anúncio de meia-volta — com mea culpa — do Zuckerberg sobre moderação de conteúdo, ele admitiu também que havia censura de propósito, além de erros de algoritmo. Admitiu que a censura ocorria também por conta e ordem dos governos.

Reações no Brasil

        Diversos brasileiros já se manifestaram sobre o  fato. Obviamente, os defensores da liberdade de expressão no Brasil aplaudiram e cumprimentaram a decisão de Zuckerberg.

        No sentido inverso, o governo Lula chama fim da checagem na Meta de 'convite à extrema direita'. Foi o que disse o secretário da Secom do governo Lula (PT), criticando a decisão da Meta.


        Ao governo se juntou sua empresa de comunicação oficial e o porta voz do Partido Comunista do Brasil, entre outros.






A NVIDIA acaba de abalar o mundo da IA ​​no CES2025


        Durante sua apresentação no Consumer Electronics Show (CES2025), em Las Vegas, o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, ACABOU de anunciar avanços de cair o queixo.

Aqui estão os 15 principais destaques: 👇

1. Projeto Digits: o mais recente supercomputador de IA da NVIDIA Apresenta uma inovação emocionante com o novo NVIDIA GB10 Superchip, oferecendo um supercomputador de IA compacto que lida com eficiência com modelos de 200B-parameter. O Project DIGITS da NVIDIA é uma potência que você pode segurar na palma da mão. Com duas unidades Project DIGITS, os desenvolvedores podem trabalhar facilmente com modelos de IA de até 405B-parameter de tamanho. Disponível em maio.


2. NVIDIA aprimora solução de três computadores para mobilidade autônoma. Com modelos da Cosmos World Foundation. Ao integrar o Cosmos em sua solução de três computadores, a NVIDIA capacita os desenvolvedores com um volante de dados que transforma milhares de quilômetros do mundo real em bilhões de quilômetros virtuais, aumentando significativamente a qualidade dos dados de treinamento.


3. NVIDIA Blueprint para pesquisa e sumarização de vídeo O inovador NVIDIA AI Blueprint para pesquisa e sumarização de vídeo oferece recursos dinâmicos de IA, como raciocínio de cadeia de pensamento, planejamento de tarefas e chamada de ferramentas. Esses recursos capacitam os desenvolvedores a criar agentes visuais poderosos e versáteis de forma eficiente, abordando uma ampla gama de desafios.


4. Aurora e Continental estão implantando caminhões autônomos em grande escala, equipados com NVIDIA DRIVE


5. DIRIJA Thor O NVIDIA DRIVE Thor é um computador avançado projetado para aumentar a segurança de veículos autônomos, construído na arquitetura de ponta NVIDIA Blackwell.


6. DIRIJA Orin NVIDIA DRIVE Orin, o melhor computador automotivo, aprimora a produção com 254 trilhões de operações por segundo para decisões de direção seguras e em tempo real. Durante o CES2025, a NVIDIA anunciou que a Toyota, a Aurora e a Continental se juntaram à conceituada lista de líderes globais em mobilidade que desenvolvem e constroem ativamente suas frotas de veículos comerciais e de consumo usando a computação acelerada e a IA da NVIDIA.


7. CONDUZA Hyperion NVIDIA DRIVE AGX Hyperion é uma plataforma abrangente de desenvolvimento de direção autônoma, que possibilita a criação de veículos comerciais e de passageiros de última geração.


8. Os Blueprints da NVIDIA para Agentic AI capacitam os desenvolvedores a criar e implantar agentes de IA personalizados que se destacam no raciocínio, no planejamento e na tomada de ações. Esses projetos inovadores apresentam microsserviços NVIDIA NIM, NVIDIA NeMo e estruturas de IA de agentes de provedores líderes.


9. “O momento ChatGPT para robótica está chegando. Como modelos LLL
Like Large Language) , modelos de fundação mundial são fundamentais para o avanço do desenvolvimento de robôs e AV, mas nem todos os desenvolvedores têm a expertise e os recursos para treinar os seus próprios”, disse Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA. “Criamos o Cosmos para democratizar a IA física e colocar a robótica geral ao alcance de todos os desenvolvedores”, disse ele.


10. NVIDIA Isaac GR00T Blueprint para desenvolvimento de robótica humanoide NVIDIA Isaac GR00T permite que você capture dados valiosos de demonstrações humanas, aprimorando o treinamento de políticas de robôs.


11. Projeto NVIDIA 'Mega' Omniverse O NVIDIA Omniverse simula instalações para desenvolver, testar e otimizar grandes frotas de robôs em um gêmeo digital, aumentando a prontidão no mundo real. “A IA física revolucionará as indústrias de manufatura e logística de US$ 50 trilhões. Tudo que se move — de carros e caminhões a fábricas e armazéns — será robótico e incorporado pela IA”, disse Jensen Huang.


12. Modelos NVIDIA Nemotron Os microsserviços NVIDIA NIM habilitam agentes de IA em qualquer sistema acelerado usando modelos de linguagem Llama Nemotron e modelos de visão Cosmos Nemotron para desempenho excepcional.


13. Omniverse Sensor RTX Construindo máquinas autônomas mais inteligentes: NVIDIA anunciou acesso antecipado para Omniverse Sensor RTX A Foretellix utiliza as APIs Omniverse Sensor RTX para aprimorar a simulação em nível de objeto em uma simulação de sensor altamente precisa. Isso permite que os desenvolvedores treinem e testem veículos autônomos de forma eficaz, com a precisão e a escala essenciais para uma implantação bem-sucedida.


14. Modelos de fundação de IA para PCs de IA RTX Os microsserviços NVIDIA NIM facilitam o acesso e a implantação dos modelos de IA generativa mais recentes. Os NVIDIA AI Blueprints, desenvolvidos em microsserviços NIM, oferecem fluxos de trabalho de referência pré-configurados para humanos digitais, criação de conteúdo e muito mais.


15. Obtenha o desempenho da RTX 4090 por apenas US$ 549 com a nova RTX 5070 💻



🚨🇭🇺🇪🇺 GEORGE SOROS, O BILIONÁRIO POR TRÁS DA CRISE DOS MIGRANTES DA UE

George Soros

        O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, expôs como Soros disse à UE que ela deveria aceitar milhões de migrantes:

        “O Sr. George Soros publicou seu plano em inglês na publicação Project Syndicate em 2015.         Ele disse muito claramente que, citando novamente, a UE tem que aceitar pelo menos um milhão de requerentes de asilo anualmente.         Então é por isso que a história não é apenas sobre migração, mas sobre como esta União Europeia está funcionando e como George Soros foi capaz de capturar as principais posições dentro de muitas instituições da União Europeia, comprando parlamentares e outros líderes para executar o plano.”



        Em comentário nas redes sociais Elon Musk afirmou:

"Soros realmente era um gênio em arbitragem, tanto financeira quanto política.

Ele também descobriu como pegar uma pequena quantia de financiamento privado e transformá-la em um grande financiamento governamental.

Brilhante.

Eu só queria que ele amasse, em vez de odiar, a humanidade."

 *. *. *

         Em 2004, nos EUA, ao formar o Partido das Sombras, Soros forneceu aos democratas uma fonte alternativa de financiamento - uma que ele e as instituições que criou controlavam. Ele estava em condições de definir a agenda do partido e também de expurgar a pequena minoria de remanescentes moderados e planejar a próxima eleição para determinar o futuro presidente americano, tema este tratado neste post.

06 janeiro 2025

Afinal, quem ataca a democracia?

        Diante da impossibilidade de negar os cada vez mais evidentes abusos de autoridade e a perseguição política contra a direita, ao arrepio das leis, resta aos defensores do estado de exceção em curso a justificativa de sua instalação pela suposta necessidade de "defender a democracia".

        Além da óbvia contradição, há também uma inverdade. O ovo da serpente, chocado com o Inquérito das "Fake News", não foi criado para "proteger a democracia", mas sim para silenciar e perseguir críticos dos ministros. Para quem já esqueceu, o inquérito foi instaurado logo após as críticas feitas por um ex-procurador da Lava Jato, que denunciava a manobra promovida pelo Supremo de direcionar os casos de corrupção desvendados pela operação à Justiça Eleitoral, ainda em março de 2019. Esse foi o início da virada contra a Lava Jato, que culminou em sua anulação nos anos seguintes. A indignação popular contra essa postura passou a ser manipulada pelo establishment como um "ataque à democracia" desde então.
        O primeiro ato do inquérito que teve maior repercussão na imprensa foi a censura da Revista Crusoé, que publicou uma revelação sobre uma oitiva de Marcelo Odebrecht, na qual ele mencionava o uso do termo "Amigo do Amigo do meu Pai" para se referir ao ministro Toffoli, sendo que "Amigo do meu Pai" era usado para se referir a Lula. A reportagem foi classificada como "fake news" pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, e retirada do ar. Os editores da revista foram convocados pela PF. Dada a repercussão negativa na imprensa em geral, a censura foi logo suspensa. A segunda decisão de maior vulto foi a anulação de um procedimento investigatório na Receita Federal que tinha como alvo alguns ministros, seus familiares e outras autoridades. Novamente, houve críticas, mas a decisão foi mantida.         Até mesmo líderes da esquerda criticaram o inquérito. Randolfe Rodrigues chegou a pedir o impeachment dos ministros Toffoli e Moraes devido à abertura do procedimento. Rachel Dodge, procuradora-geral à época, qualificou o procedimento como um "tribunal de exceção" e pediu seu arquivamento, o que seria suficiente para enterrá-lo, caso a Constituição ainda estivesse em vigor. Tudo mudou quando o inquérito passou a perseguir a direita "bolsonarista", após a caça às bruxas promovida pela CPI das "Fake News", na esteira de uma briga interna do PSL, em que a CPI foi utilizada como uma ferramenta para atacar Bolsonaro e seus apoiadores. O inquérito passou a ser apoiado pela imprensa e por outros aparatos da esquerda, além de outros integrantes do establishment que haviam sido expostos pela Lava Jato.         Na verdade, o establishment brasileiro entendeu que o "bolsonarismo" foi resultado da profunda indignação popular gerada pelas revelações da Lava Jato e que precisava ser desbaratado, pois representava sua maior ameaça existencial. Essa é a força motriz de tudo que aconteceu nos últimos cinco anos no Brasil. O truque utilizado para justificar a "defesa da democracia" é confundir o establishment exposto pela Lava Jato com as instituições ocupadas por eles.         Tirando um ou outro gato pingado, ninguém na direita quer ditadura ou derrubar instituições. Ao contrário, a defesa é pela recuperação dessas instituições. Perseguir a direita ao arrepio das leis, tirar Lula da prisão e colocá-lo na presidência fez parte desse processo. O problema é que existe um número muito grande de brasileiros que são conservadores e que apenas se identificam como "bolsonaristas" pelas circunstâncias. Eliminar o "bolsonarismo" não mudará essa realidade. Portanto, não se trata da eliminação de um fenômeno político recente, mas da criminalização de pelo menos metade do país, provavelmente mais do que isso.         Eis a hesitação do establishment: seguir em frente com a perseguição, aprofundando a repressão e instalando um estado de exceção escancarado, ou dar passos para trás, buscando algum tipo de composição menos autoritária. A esquerda é entusiasta da primeira hipótese e opera com todas as suas forças para implementá-la, mas esse não parece ser o desejo de outros grupos que formam o atual consórcio de poder. Isso explica as revelações recentes da Folha de São Paulo.

        O fim desses inquéritos persecutórios, a anulação das condenações deles resultantes, e o afastamento de quem cometeu essas arbitrariedades são os passos necessários para restabelecer o Estado de Direito. Para os entusiastas da repressão, a história oferece uma lição: ninguém estará seguro numa ditadura, muito menos aqueles que ajudaram a colocá-la de pé.

        Um olhar para o passado evoca paralelos históricos com a Revolução Francesa, especialmente com o período do Termidor, que marcou a queda de Robespierre, ocorrida em meados de 1794. Termidor foi o nome dado ao décimo primeiro mês do calendário revolucionário francês.

        Robespierre durante o Reinado do Terror acumulou poder até se tornar uma figura central de controvérsia e repressão. Contudo, posteriormente, foi a própria estrutura revolucionária que se voltou contra Robespierre, levando à sua queda e marcando o fim de um período de excessos.

        A situação atual no Brasil não está distante de um momento de inflexão. Há diversos sinais nesse sentido, aqui e no exterior. As pressões têm crescido substantivamente e já se registram, em órgãos oficiais e na imprensa, diversas denúncias contra Alexandre de Moraes e o próprio STF. Isto sinaliza uma possível mudança nas forças políticas e institucionais de nosso País, sugerindo que o poder, quando excessivo, inevitavelmente encontrará resistência.


    

O ELO ENTRE SOCIALISMO E INANIÇÃO

 “O histórico de desastres do socialismo é tão óbvio, que somente um intelectual poderia ignorá-lo”, disse Thomas Sowell

        
A história da fome na China sob a ditadura de Mao Tsé-Tung, em que famintos chineses tiveram de comer seus próprios filhos, é relativamente bem conhecida. Mas bem menos divulgada é a dantesca inanição que acometeu os ucranianos na década de 1930 sob a ditadura de Stálin, cujo Holodomor provocou 14,5 milhões de mortes. E ainda menos comentado é o extermínio de quase 40% da população do Camboja pelo Khmer Vermelho de Pol-Pot, que assassinava crianças com baionetas.

        O socialismo é, sempre e em todo lugar, um veneno econômico, independentemente de qual seja a forma de governo.  Não importa se o governo é uma ditadura ou se foi eleito democraticamente: socialismo é socialismo. A imposição de um "plano" social, ou de um conjunto de "planos sociais", para toda a sociedade — sendo essa a característica que define todas as variedades de socialismo — terá sempre os mesmos efeitos, não importa se forem instituídas por uma democracia ou por uma ditadura.  

       Toda a história comprova que os efeitos do socialismo são, sempre e em todo lugar, empobrecimento maciço, destruição das liberdades civis, governos tirânicos, população inteiramente dependente das migalhas do estado para a sobrevivência, e enriquecimento da classe governante.  Todos os indivíduos se tornam igualmente pobres, ao passo que a elite política segue vivendo nababescamente.  Foi assim na União Soviética, é assim no socialismo africano, no socialismo latino-americano, e em qualquer outro tipo de socialismo. O socialismo é, sempre e em todo lugar, um veneno econômico por causa de várias razões fundamentais.  

        Para começar, o socialismo destrói os incentivos para se trabalhar e prosperar. Adicionalmente, ele também se baseia na obtusa — e risível — ideia de que alguns poucos políticos são iluminados e oniscientes ao ponto de possuir exatamente todo o conhecimento que está disperso na sociedade entre milhões de consumidores, empreendedores, trabalhadores, administradores, gerentes, investidores e demais pessoas que participam da economia e que tomam decisões econômicas diariamente.  Para o socialismo, esta casta política onisciente não apenas detém todo este conhecimento disperso na sociedade, como também sabe perfeitamente como utilizá-lo de modo a satisfazer todas as demandas da sociedade. Para completar, o socialismo afirma que é perfeitamente possível tomar decisões econômicas racionais sem que haja propriedade privada dos meios de produção, preços livremente determinados pelo mercado (interação entre oferta e demanda), e um mecanismo de mercado que recompense com lucros aqueles que souberam servir aos consumidores e com prejuízos aqueles que falharam nesta empreitada.

    Ao ignorar essas três realidades básicas, o socialismo consegue gerar sofrimento humano em escala inimaginável. Na mais branda das hipóteses, o socialismo transforma as pessoas em crianças mimadas, as quais estão constantemente exigindo mais benesses gratuitas à custa ... delas próprias.  No entanto, na mais brutal — e mais realista — das hipóteses, o socialismo se torna um pesadelo totalitário em que todos os dissidentes são perseguidos e assassinados aos milhões, como ocorreu em todos os exemplos de socialismo implantado ao redor do mundo no século XX.


05 janeiro 2025

A cegueira do Estado em relação ao crime organizado

        Segundo Aristóteles, a finalidade do Estado é a mais elevada que se possa conceber, uma vez que o Estado é a mais perfeita expressão da tendência social. Essa finalidade não pode ser a simples satisfação de necessidades físicas, nem a aquisição de riqueza, nem o comércio, nem mesmo a proteção dos cidadãos pelas leis. Essa finalidade deve ser a felicidade dos cidadãos.

        Contudo, um Estado começa a ser insignificante quando não assume os problemas subjacentes que afligem a sociedade, os seus cidadãos. Muitas vezes isto ocorre ao se desviar a atenção para questões menos importantes, mas que despertam o interesse público. A frivolidade consiste, expressamente, em não querer ver as coisas como são, mas dar a impressão de que são.

        Por exemplo, juntamente com as celebrações do Ano Novo e tudo o que isso significa, uma questão que se torna especialmente relevante é quantos fins de semana prolongados haverá este ano. Esta banalidade ocorre no meio de centenas de pessoas mortas a tiros nas ruas, milhares de pessoas atoladas na pobreza e num sentimento geral de desamparo que deixa toda a sociedade em estado de alerta.

        Uma das grandes questões no Brasil é o crime organizado que atinge vastos setores da população na forma de extorsão, usura, tráfico de drogas e de pessoas e tantos males que prejudicam muitas pessoas inocentes e o tecido social. Uma outra questão é que o Estado, com raras exceções, o Rio não é uma delas, não tem conseguido ver com clareza esta situação que, segundo os dados disponíveis, vai de mal a pior. E parece que só se contentam com uma ou outra conquista policial que costuma aparecer com grandes manchetes nos noticiários. A questão subjacente é que enfrentamos uma emergência nacional que requer outros métodos para a resolver. Face à realidade que nos aflige, as atuais políticas públicas de enfrentamento ao crime organizado, e tudo o que isso implica, são insuficientes.

        Isso gera na população um sentimento de desamparo que paralisa a vida dos brasileiros e de centenas de milhares de trabalhadores. Esta situação requer métodos de diagnóstico e métodos de ação  mais eficazes ao nível do inimigo que está a ser enfrentado em todo o Brasil. E isto deve ser agora porque esta é uma batalha que o País está a perder. Na verdade, os crimes traiçoeiros que vemos todos os dias, neste momento, parecem ser apenas mais uma notícia. Esse fato, além de causar mortes, dor e sofrimento, traz consigo diversos problemas. A primeira é que a população começa a sentir um sentimento de orfandade muito grande, dado que quem tem o dever de cuidar deles não o faz. Aqueles que têm recursos econômicos procurarão meios para se protegerem e/ou deixarem o País, mas os mais pobres serão os mais prejudicados porque não têm esses recursos. O que é pior, as pessoas e as comunidades começarão a defender-se e a fazer justiça para si: já estamos a assistir à autoproteção e as consequências serão desastrosas.

        Além disso, a democracia começou a enfraquecer porque, como já se viu a corrupção já penetrou na sociedade e corroendo todas as entidades encarregadas de atacá-la. Um futuro pra lá de sombrio. Desconfiar das instituições que têm o mandato constitucional de nos defender seria um grande enfraquecimento do Estado de Direito que nos rege e que nos permite cumprir os nossos deveres, mas também faz valer os nossos direitos.

        Seria desejável, se não imperativo, que todas as forças do País se unissem de forma clara e inequívoca para pôr fim ao crime organizado. É um dever moral porque o que está em jogo é o futuro da Nação. Isto envolve muita coragem e decisões complexas, mas que devem ser executadas. É hora de colocar na agenda de todos, sem exceção, devolver a tranquilidade à população. Não será possível que nas próximas eleições o comando seja entregue a alguém que viola sistematicamente a felicidade e direitos dos cidadãos brasileiros.

04 janeiro 2025

O feto e os likes: como as redes sociais estão destruindo nossa saúde mental

É hora de repensarmos nosso uso exagerado das redes sociais.

Hoje, 4 de janeiro, o influenciador Thiago Nigro, conhecido como Primo Rico, gerou uma onda de indignação ao publicar nas redes sociais uma foto do feto expelido por sua esposa, Maíra Cardi, após um aborto espontâneo. O público, que já estava chocado com o vídeo postado anteriormente, no qual Maíra registrava o momento em que soube do aborto, ficou ainda mais perplexo com o quanto o casal está disposto a se expor por likes. O caso rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, dominando as primeiras posições dos trending topics no X (antigo Twitter).


Longe de querer julgar o casal, que passa por um momento extremamente doloroso — cada um lida com o luto de forma diferente —, proponho aqui uma reflexão sobre o uso das redes sociais. Não apenas sobre o vício e os limites da exposição pessoal online, mas também sobre o que consumimos e incentivamos com nossos cliques e compartilhamentos.

As redes sociais, por si só, não são intrinsecamente ruins. Elas conectam pessoas, democratizam o acesso à informação e criam oportunidades econômicas. No entanto, elas representam um fenômeno novo demais, e ainda não sabemos como lidar com seus impactos. Na história da humanidade, tivemos diversas revoluções tecnológicas que alteraram drasticamente as relações sociais: o telégrafo, o rádio, a televisão. Cada uma trouxe mudanças profundas, mas as transformações atuais ocorrem numa velocidade sem precedentes. Estamos no epicentro de uma revolução social que aconteceu rápida e silenciosamente, e tivemos pouco tempo para nos adaptar ou ajustar nossa conduta.

O problema maior é que, estando dentro desse momento, não conseguimos perceber o impacto total. Podemos sentir que há algo errado, mas enxergar o quadro completo é difícil. Estamos tão imersos no presente que ignoramos os danos que podem surgir no futuro.

Já parou para pensar quanto tempo perdemos nas redes sociais? Gastamos horas debatendo com estranhos na internet, muitas vezes em discussões fúteis, como defender político A ou B, ou rolando feeds intermináveis de conteúdos irrelevantes. Esse comportamento alimenta um ciclo de recompensas instantâneas, com a liberação de dopamina no cérebro. É prazeroso, mas custa caro. Estamos nos transformando em zumbis digitais, sempre em busca da próxima notificação, curtida ou comentário.

A destruição silenciosa da saúde mental

Estudos recentes associam o uso excessivo de redes sociais a sintomas de ansiedade, insônia, depressão e baixa autoestima. Passamos tanto tempo tentando nos conectar virtualmente que nos desconectamos de nós mesmos e das pessoas ao nosso redor. Nossa saúde mental está em declínio, e o pior é que muitos sequer percebem que estão adoecendo.

O brasileiro é o vice-campeão mundial no tempo gasto em redes sociais. Passamos, em média, mais de nove horas por dia conectados. Agora, pare e reflita: o que você poderia fazer diariamente com esse tempo? Dá para cursar uma faculdade, malhar na academia, passar mais tempo com a família, desenvolver novos hobbies ou até mesmo ter um segundo emprego. Mas estamos presos nesse vício, e a maioria de nós não percebe.

Se para os adultos os efeitos já são devastadores, imagine para crianças e adolescentes. Enquanto gerações anteriores cresceram brincando nas ruas, socializando com amigos e explorando o mundo real, as crianças de hoje estão confinadas dentro de casa, em parte devido à violência urbana e à falta de segurança. Para muitos pais, deixar os filhos imersos na internet parece uma solução prática, mas essa falsa sensação de segurança esconde um problema ainda maior.

As crianças estão perdendo a capacidade de brincar e interagir socialmente. Em festas, é comum vê-las presas a telas, cada uma isolada em seu próprio mundo digital. Estão sendo educadas por algoritmos e crescendo sem saber o que é a vida fora do ambiente virtual. Isso é perigoso, pois os efeitos colaterais desse comportamento ainda não são completamente conhecidos. No curto prazo, já observamos aumento nos índices de ansiedade, déficit de atenção, dificuldades de socialização e comportamentos compulsivos. Crianças doentes tornam-se adultos igualmente doentes. E esses futuros adultos precisarão lidar com os mesmos problemas, ou até piores, ao criar seus próprios filhos.

Monetização da hiperexposição

Outro problema é a hiperexposição. Queremos compartilhar tudo nas redes sociais: desde momentos triviais do dia a dia até questões profundamente pessoais. Hoje, muitos querem ser influenciadores digitais, o que implica em assumir o papel de “blogueirinho” e publicar dezenas de stories diários como parte de uma rotina incessante de exposição. Porém, essa prática traz riscos consideráveis. Além de comprometer nossa privacidade e abrir brechas para golpes e crimes, vivemos uma cultura onde a validação externa, medida em likes e seguidores, se torna uma obsessão.

Crianças, cujas vidas muitas vezes são compartilhadas sem critério pelos próprios pais, tornam-se alvos fáceis para pedófilos. Idosos, cada vez mais conectados, também se tornam vulneráveis a golpes financeiros e fraudes, devido à falta de familiaridade com os mecanismos de segurança digital. Nossa exposição contínua cria oportunidades para invasões de privacidade, chantagens e outros crimes.

No caso de Thiago Nigro e Maíra Cardi, temos um exemplo extremo de monetização da hiperexposição. Eles transformaram sua vida pessoal em um produto de consumo para milhões de seguidores. Embora o casal ganhe muito dinheiro com essa prática, é necessário questionar: a que preço? Alguns momentos exigem privacidade e cuidado com as próprias feridas. O público pode ser implacável, e os comentários maldosos que o casal recebeu após as publicações são um reflexo disso. A falta de limites entre o público e o privado pode transformar um momento de luto em espetáculo, expondo a dor a um julgamento coletivo.

O bizarro como forma de monetização

Outro fenômeno alarmante nas redes sociais é como o conteúdo bizarro se torna viral. Casos chocantes, como o do feto expelido por Maíra Cardi, chamam atenção e acabam alimentando a monetização por meio da indignação coletiva. Não estou dizendo que Thiago Nigro e Maíra Cardi fizeram isso intencionalmente, mas esse padrão é recorrente. O choque vende, e a viralização se dá muitas vezes pela combinação de curiosidade mórbida e compartilhamentos indignados.

Isso lembra muito os antigos circos dos horrores, também chamados de shows de aberrações, onde pessoas consideradas bizarras ou deficientes eram exploradas como atrações. Hoje, algo semelhante acontece nas redes sociais, mas de forma digital. Influenciadores como Thais Carla, conhecida como a “obesa profissional”, têm suas imagens exploradas justamente pelo caráter peculiar de sua condição. O conteúdo dela atrai tanto pessoas que consomem para rir quanto aquelas que o fazem para se sentir moralmente superiores ou validar suas próprias posições.

Casos como o de Thais Carla não são isolados. Lembro, por exemplo, da youtuber Alexandra Gurgel do canal "Alexandrismos" (calma PF, não tem relação com o Alexandre de Moraes), que também era conhecida por explorar sua obesidade como conteúdo. Quando resolveu emagrecer e cuidar da saúde, foi cancelada por parte da militância, acusada de traição e hipocrisia. A cantora Adele e a atriz Rebel Wilson enfrentaram reações semelhantes ao emagrecerem.

Existem ainda outros exemplos, como o da transsexual e deficiente Leandrinha Du Art e do influenciador gordo Zé Bertoldo. Não estou dizendo que eles devem se esconder ou evitar aparecer nas redes sociais. O ponto é que o conteúdo que produzem muitas vezes se baseia na autodepreciação e na exploração de condições de saúde, algo que acaba se tornando uma espécie de “mercadoria” no circo dos horrores digital. E nós, como público, compramos esse produto.

Andressa Urach é um caso ainda mais emblemático. Ela constantemente retorna aos holofotes por se envolver em situações cada vez mais chocantes. Sua trajetória inclui desde declarações controversas até casos extremos, como ser filmada pelo próprio filho enquanto transava com anões ou gravar conteúdos pornográficos com a namorada do filho. Enquanto continuarmos dando atenção a isso — seja por curiosidade, repúdio ou indignação —, ela e outros que seguem essa lógica continuarão a monetizar suas ações. Está ganhando dinheiro? Sim, muito. Mas a que preço?

O público, ao interagir e compartilhar, muitas vezes não percebe que alimenta esse ciclo. O bizarro se tornou uma forma eficiente de chamar atenção e gerar renda, mas isso acontece à custa da dignidade e da saúde emocional de quem o produz. Precisamos questionar não apenas quem cria esse conteúdo, mas também nosso papel como consumidores e o impacto que isso tem na cultura digital como um todo.

Clickbait e sensacionalismo

A imprensa e os portais de notícias também são parte desse problema. A busca incessante por cliques transforma manchetes em armadilhas de clickbait, apelando para o sensacionalismo. Isso não apenas contribui para a ansiedade coletiva, mas também reforça o ciclo de consumo de informações superficiais. Não, você não precisa saber que um trem descarrilhou em Bangladesh matando 15 pessoas — a menos que more em Bangladesh ou conheça alguém envolvido. A enxurrada de notícias irrelevantes e alarmistas não apenas distrai, mas desgasta mentalmente.

Nós do A Investigação buscamos romper com esse ciclo. Em vez de reportagens e publicações sensacionalistas, optamos por análises ponderadas e detalhadas, focadas em reflexões mais longas. Nossa missão é informar com profundidade e responsabilidade, sem explorar as emoções e as esperanças da população de maneira leviana. Ainda que essa abordagem resulte em menos retorno financeiro, sabemos que estamos contribuindo para um jornalismo mais ético e que podemos dormir tranquilos à noite, conscientes de que buscamos a verdade acima do lucro fácil.

Alcançando o equilíbrio

Pode parecer paradoxal você estar lendo este texto, produzido por alguém que trabalha com a internet e depende das redes sociais para divulgar seu trabalho. Mas as redes sociais não precisam ser vilãs. O problema não está na ferramenta em si, mas em como a utilizamos. O primeiro passo é reconhecermos que temos um problema. Só então poderemos começar a tratá-lo.

Não estamos pedindo censura ou regulação estatal das redes sociais. Pelo contrário, acreditamos que cabe à população aprender a lidar com essas ferramentas de maneira mais saudável e consciente. A solução não virá de uma intervenção externa, mas de uma mudança cultural que comece com cada indivíduo.

Podemos, por exemplo, reduzir o número de plataformas que usamos diariamente, impor limites de tempo e investir em atividades offline que nos conectem de verdade com o mundo ao nosso redor. Isso inclui substituir parte do tempo gasto nas redes sociais por momentos dedicados a hobbies, estudos, exercícios físicos ou interações presenciais.

Aqui vão mais algumas ações práticas que podem ajudar:

  • Desative notificações desnecessárias. Isso reduz a ansiedade de verificar o celular constantemente;

  • Estabeleça horários específicos para usar as redes sociais. Por exemplo, apenas 30 minutos à noite;

  • Use ferramentas de monitoramento de tempo. Aplicativos como Digital Wellbeing podem ajudar a controlar o uso excessivo;

  • Defina espaços livres de tecnologia. Como o quarto ou a mesa de jantar, para garantir interações mais significativas;

  • Participe de atividades offline regularmente. Pode ser um esporte, voluntariado ou até mesmo um grupo de leitura.

Mais importante ainda, precisamos refletir sobre o que consumimos e sobre o tipo de atenção que damos a conteúdos que, no fundo, só alimentam um ciclo nocivo para todos. Cada curtida, compartilhamento ou comentário em conteúdos sensacionalistas ou autodepreciativos fortalece esse sistema, transformando nossa indignação em combustível para a perpetuação do problema.

O caminho para um uso saudável das redes sociais pode ser desafiador, mas é necessário. Equilíbrio e consciência são as chaves para retomarmos o controle de nossas vidas e, principalmente, para preservarmos nossa saúde mental e nossos valores enquanto sociedade. 

Enfim, que tal sair da internet e ir curtir o mundo real?


*. *. *

        Esse texto de David Agape nos obriga a divulgar novamente o que já foi escrito sobre o mesmo tema por Jaron Lanier, cientista, músico e escritor, mais conhecido pelo trabalho em realidade virtual e sua defesa do humanismo e da economia sustentável no contexto digital. Autor de diversos livros de crítica sobre a Era Digital, lançou em 2018 seu quarto livro, no qual denuncia o Vale do Silício de um modo geral, e o Facebook, em particular, como uma verdadeira máquina de fazer cabeças.

        Um breve resumo do livro pode ser lido neste link. Aqui se reproduz apenas os argumentos apresentados  por Lanier para que as pessoas excluam suas contas das redes sociais.

DEZ ARGUMENTOS PARA VOCÊ DELETAR AGORA SUAS REDES SOCIAIS, frase esta que dá o título ao seu livro e, nele, os argumentos são explicados com detalhes. Vale a pena a sua leitura. A seguir os dez argumentos.

Argumento UM  
VOCÊ ESTÁ PERDENDO SEU LIVRE-ARBÍTRIO

Argumento DOIS  
LARGAR AS REDES SOCIAIS É A MANEIRA MAIS CERTEIRA DE RESISTIR À INSANIDADE DOS NOSSOS TEMPOS

Argumento TRÊS  
AS REDES SOCIAIS ESTÃO TORNANDO VOCÊ UM BABACA

Argumento QUATRO 
AS REDES SOCIAIS MINAM A VERDADE

Argumento CINCO
AS REDES SOCIAIS TRANSFORMARAM O QUE VOCÊ DIZ EM ALGO SEM SENTIDO

Argumento SEIS
AS REDES SOCIAIS DESTROEM SUA CAPACIDADE DE EMPATIA

Argumento SETE
AS REDES SOCIAIS DEIXAM VOCÊ INFELIZ

Argumento OITO
 AS REDES SOCIAIS NÃO QUEREM QUE VOCÊ TENHA DIGNIDADE ECONÔMICA

Argumento NOVE
 AS REDES SOCIAIS TORNAM A POLÍTICA IMPOSSÍVEL

Argumento DEZ
 AS REDES SOCIAIS ODEIAM SUA ALMA

*. *. *