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07 janeiro 2022

CARIOCA PERDE MAIS UM ITEM DE SUA LIBERDADE

O prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, sancionou a lei que proíbe comercialização, publicação, distribuição e circulação do livro “Minha Luta” (Mein Kampf em alemão) de autoria de Adolf Hitler. A proibição abrange ainda circulação digital da obra.

Caso haja descumprimento da lei, a prefeitura avisa que será feita apreensão de material, advertência e multa.

Vamos dizer o óbvio: a decisão do prefeito não é apenas intelectualmente aberrante; é inútil. O livro de Hitler está disponível em dezenas ou centenas de sites. Se existem interessados em ler a obra, basta ligar o computador.

"Minha Luta" pode ser um livro "infame". Mas ele é, antes de tudo, um documento histórico. Escrito na prisão de Landsberg, depois do "putsch" fracassado dos nazistas contra o governo da Baviera em 8 de novembro de1923, o livro constitui o único texto "sistemático" da mundividência de Hitler.

A decisão do prefeito do Rio de Janeiro é um insulto à inteligência dos cariocas e um atestado do atraso intelectual dele próprio e da Câmara de Vereadores.

DITADORES NUNCA IRÃO LUTAR POR LIBERDADE

Infelizmente, isto não é passado. Em pleno século XXI tais procedimentos ainda existem nos países totalitários. Obviamente, não são mais em países nazistas ou fascistas, cujos sistemas, acertadamente, foram mundialmente extirpados. Por bobeada sobrou o comunismo.

Em Cuba e na China, por exemplo, além dos livros que foram/continuam sendo destruídos, os respectivos autores ficaram proibidos de pisarem em seus solos.

Recentemente, a China promoveu a queima de livros considerados “ilegais” ou impróprios”. Eram livros religiosos ou que de alguma forma continham críticas ao Partido Comunista. E não se trata de um ato tresloucado de comunistas exaltados numa província remota e atrasada. Não, a queima seguiu orientações do governo ditatorial.

É por esse caminho que as lideranças do Rio de Janeiro querem seguir?  Tenho certeza que estarão em sentido contrário aos desejos dos cariocas.



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