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02 novembro 2025

Seja marginal, seja herói!


    A imagem acima circula nas redes sociais com a seguinte descrição: "Líder do CV do Ceará q foi morto no RJ😱😡🤦🏽‍♂️🤔 Sabem com quem ele está na foto? Governador do Ceará - Elmano de Freitas e Ministro da Educação do Lula - Camilo Santana".

    Eles, os políticos e os bandidos da foto, não estão sozinhos. Quando Lula disse que traficantes são vítimas dos usuários, não foi ato falho. Desde sempre, os ideólogos progressistas absolvem o criminoso e culpam a sociedade. Para Lula e a esquerda, o crime, numa sociedade capitalista, é mero subproduto do meio, um reflexo das desigualdades. A culpa, portanto, é da sociedade.

    A responsabilização do indivíduo é tratada, segundo a esquerda, como opressão burguesa, e a indulgência, como virtude. O progressismo cultiva o marginal como símbolo de “autenticidade social”, enquanto humilha o cidadão comum, que paga impostos e respeita a lei, como hipócrita e alienado. O delinquente virou personagem de “resistência”; o trabalhador, engrenagem da máquina de opressão.

    Os ideólogos que povoam o governo alternam garantismo e punitivismo ao sabor da conveniência política: rigor contra adversários, indulgência com aliados. É a ética dos “companheiros” travestida de teoria crítica. Os mesmos militantes que celebram terroristas e ditadores recriminam a punição a delinquentes como “violência estatal”. Entre o sentimentalismo e o cinismo, derramam lágrimas para bandidos e fazem selfies com tiranos.

    O Comando Vermelho herdou mais que seu nome das milícias marxistas dos anos 1970. Elas lhe ensinaram não só táticas de guerrilha urbana, mas o léxico da guerra cultural. “Paz, justiça e liberdade!”, rezava o lema da facção, enquanto a contracultura glamourizava a bandidagem: “Seja marginal, seja herói!”.

    Juízes progressistas libertam criminosos com dezenas de reincidências (alegando que o “Estado de Direito” não admite “futurologia”), desativam hospitais de custódia e despejam psicopatas em “ambientes comunitários”.

    Quando os valores morais se invertem, a sociedade perde o senso de bem comum, a autoridade da lei e a confiança na justiça — elementos indispensáveis à liberdade e à prosperidade.

“A liberdade política só se encontra nos governos moderados, e mesmo nesses, apenas quando não se abusa do poder.” Montesquieu, "O Espírito das Leis", 1748.

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