"No governo federal, qualquer suspeito de estar pondo a mão na botija será imediatamente exonerado de sua função"
O governo federal demitiu Roberto Dias do cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde. O ato de demissão está publicado na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (30), sob orientação do presidente Bolsonaro que desde o início de seu governo tem afirmado que aquele que for pego com a mão na botija será imediatamente exonerado de sua função. Roberto Dias foi indicado a Mandetta, que o nomeou, pelo amigo e ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR).
Dias era responsável por todas as compras do Ministério da Saúde e foi acusado pelo representante da empresa Davati Medical Supply de pedir propina de US 1 por dose da vacina AstraZeneca, durante um jantar, em Brasília, como condição para fechar contrato.
Conforme ilustra a seguir e na imagem, o entendimento da AstraZeneca sobre a Davati Medical Supply "Aconselho, portanto, que as ofertas que a Davati está fazendo sejam consideradas suspeitas e que você não se envolva com elas. Se você pudesse compartilhar os documentos que possui da DAvati, eu ficaria muito grato em poder vê-los. Mais uma confirmo que de forma alguma a sua conexão com eles seria compartilhada por mim ou pela AZ."
Na mesma imagem, recomendo também a leitura do twitter do Kim. D. Paim questionando a Folha de SP, autora de matérias escandalosas, de primeira página sobre o assunto.
No Senado, o senador Randolfe Rodrigues, o vice-presidente da CPI da Covid-19, sim, ele mesmo, não só queria comprar a Covaxin, como queria comprar de qualquer jeito:
"Nós não podemos tratar tempos de guerra com os mesmos parâmetros de tempo de paz""Eu suplico à ANVISA...""A Covaxin por exemplo já disponibilizou 8 milhões de doses"
Aliás, sobre a Sputinik, técnicos da Organização Mundial de Saúde detectaram falhas "preocupantes" em inspeção numa das plantas de produção da vacina. Os problemas são semelhantes aos encontrados pela Anvisa, que também averiguou as práticas sanitárias do local. Técnicos envolvidos na avaliação da Sputnik disseram, reservadamente, que o conjunto de falhas é suficientemente grave - e impediria, hoje, a aprovação da vacina para distribuição via Covax Facility. "Estamos falando de problemas sérios de segurança na produção de ao menos parte das vacinas", afirmaram. Recentemente, a Anvisa aprovou o uso limitado e repleto de restrições da Sputnik no Brasil, enquanto aguarda mais informações dos russos - e da própria OMS.
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