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20 janeiro 2023

QUEM SALVARÁ O BRASIL?

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Em recente entrevista Lula declarou que não gosta do Banco Central autônomo. E não gosta porque, para o lulopetismo clássico, o governo deve mandar na autoridade monetária para definir, conforme critérios políticos, quais devem ser os juros básicos da economia.

Lula sugeriu que, se autonomia fosse eficiente, a inflação não estaria tão alta, ignorando o fato, óbvio, de que a inflação só não está mais alta porque o BC tomou as providências necessárias.

Esse receituário heterodoxo foi testado e reprovado no governo de Dilma. A combinação entre juros em patamares artificialmente baixos e os efeitos de uma política fiscal expansionista mergulharam o País em uma profunda crise econômica até hoje não totalmente superada.

Os brasileiros e o próprio Lula lembram do que ocorreu durante o governo de seu poste, Dilma Rousseff, que, sob critérios políticos, forçou o BC a estabelecer uma queda dos juros logo no início de seu primeiro mandato, em 2011, a título de impulsionar o crescimento do País, cujos resultados foram inflação descontrolada, instabilidade econômica e recessão.

As declarações de Lula são ridículas e só demonstram, explicitamente, que Lula e sua equipe continuam incapazes de compreender que, sem autonomia, o Banco Central depende da boa vontade do governante para fazer seu trabalho de preservação do poder de compra da moeda.

Mas Lula e o PT são teimosos

Ao longo de sua história, o PT sempre defendeu que o combate à inflação deve ser realizado por meio do controle de preços de combustíveis, incentivos setoriais e uma política cambial que reduza a volatilidade da moeda.

Em 1986, Aloizio Mercadante foi escalado pelo PT para defender o Plano Cruzado, que estabelecia o congelamento de preços. Fantasiado de “fiscal do Sarney”, o petista fez elogios à medida econômica, que confirmou ser um inevitável fracasso meses depois. O vídeo antigo voltou a circular nas redes sociais nesta semana, depois de ser o indicado para a presidência do BNDES.

Além da indicação de Mercadante, o time econômico de Lula ainda tem o Haddad e as recém indicadas para as presidências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, cujos vídeos com seus discursos de posse - todos de "altíssimo nível" - já indicaram o rápido desastre do novo governo petista. Tal avaliação se aplica aos demais indicados para o primeiro e segundo escalões do novo governo.

Quem salvará o Brasil?



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